domingo, 26 de julho de 2015

HISTÓRIA DOS CALENDÁRIOS LUNARES

A palavra "calendário" vem do latim calendae ou kalendae, que era o nome do primeiro dia de cada mês Romano. As palavras-raiz em Indo-europeu para "Lua", "Mente" e "Mês" são mati-b, manas, mana ou men; todas elas têm significado relacionado ao sangue menstrual das mulheres e da Deusa. Em grego, mene significa Lua, enquanto em latim a palavra para Lua era mensis ou mensura. As mesmas palavras-raiz deram origem às palavras medida e mensura. Mesmo hoje há no idioma inglês e em outros idiomas um resquício da Lua em nosso calendário atual na palavra Monday, ou Moon Day. A palavra "criar" deriva da palavra "crescente", ou Lua Nova em inglês. Esta palavra sobrevive no francês moderno através da palavra "croissant", ou pão crescente.
Calendários são utilizados para estabelecer datas, tanto seculares quanto religiosas. Elas auxiliam a determinação dos Solstícios, Equinócios, eclipses do Sol e da Lua, etc. São também uma forma de dividir o ano em estações. Os mais antigos calendários eram baseados na Lua, portanto lunares.
O calendário solar atualmente utilizado pela maior parte do mundo é uma inovação relativamente moderna, se comparado ao tempo de existência dos humanos neste planeta. Existem muitos achados arqueológicos e documentos históricos que revelam que as primeiras culturas centravam suas vidas ao redor da Lua e de suas fases. Algumas datas ainda são determinadas pelas fases da Lua. Algumas poucas culturas chegam a manter o uso de calendários lunares.
Os egípcios primitivos possuíam um calendário lunar, na verdade, o hieróglifo que descreve "Mês" é uma lua crescente. Por volta de 4236 a.C, eles criaram seu calendário solar, que consistia de doze meses de trinta dias cada. Suas semanas possuíam dez dias cada. Ao final do ultimo mês, eles acrescentavam cinco dias adicionais, conhecidos como os aniversários de deidades especiais. Tal calendário foi elaborado com base nas observações do surgimento de Sirius (ou Sothis, a Estrela Cão).
Os primeiros calendários da Caldeia, Babilônia, Mesopotâmia, Grécia, Roma e dos clãs Celtas também eram lunares. Sacerdotes babilônios pregavam que o deus Marduk contava os dias sagrados e as estações do ano através dos movimentos da Lua. Os "adoradores da Lua" caldeus acreditavam que o movimento da Lua através dos signos zodiacais determinava o destino de uma pessoa. As palavras em gaélico para "menstruação" e "calendário" são quase idênticas: miosach e miosachan.
A Lua nunca apresenta a mesma forma ou tamanho à Terra e seus habitantes. Ela altera Sua forma à medida que completa um ciclo de crescente, passando pelas outras fases e retornando à crescente, em aproximadamente 29 1/2 dias. Algumas vezes a Lua aparenta ser maior do que em outras. Isso se deve à forma elíptica de sua orbita em torno da Terra. Quando se aproxima o máximo da Terra (no perigeu), Ela parece ser cerca de quinze vezes maior do que quando está em seu ponto mais distante (no apogeu).  Em termos mágicos, a Lua é cerca de 25% mais poderosa no perigeu do que no apogeu. É um período no qual as marés são muito mais altas que o normal devido ao aumento da influencia da Lua sobre a Terra. Teoricamente, o poder magico disponível tende a aumentar também.
Além disso, devido à variação do ângulo da Lua em seu zênite, por vezes Ela atinge pontos mais altos na abobada celeste do que em outras. Isso ocorre porque a órbita da Lua não coincide exatamente com o equador. O bom senso mágico atesta que, quanto mais alto a Lua sobe, mais diretamente seus raios e seu poder atingem a Terra e, por consequência, há mais energia disponível para a realização de rituais e encantamentos. A maior parte dessa energia é desperdiçada, pois a vasta maioria das pessoas luta contra o fluxo psíquico ao invés de utilizá-lo em seu beneficio.
À medida que a Lua se move através do ano cíclico, Sua energia também vai sutilmente se alterando, pois Ela sofre influencia do Sol e dos ângulos que Ela faz entre o Sol e a Terra. Para utilizar a energia da Lua em todo o seu poder através do ano, devemos ter ciência não apenas de suas fases, mas também das estações em si.

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