domingo, 14 de abril de 2013

12 DE ABRIL

 Na antiga Roma, começava neste dia Cereália, o festival anual para garantir a fertilidade da terra, dedicado às deusas Ceres e Ops. Durante oito dias, as pessoas celebravam as deusas com oferendas de grãos e frutos, cânticos, danças e procissões com tochas.

Celebração de Chu-Si Niu, a deusa padroeira dos partos, em Taiwan. As mulheres grávidas vão para os templos pedir bençãos para seus filhos, levando oferendas de flores.

Na antiga Grécia honrava-se, neste dia, Ilithya ou Eileithya, antiga deusa pré-helênica, precursora de Ártemis, padroeira dos partos e parteira de todos os deuses. Posteriormente, os romanos usaram seu nome como adjetivo para Juno e Lucina em suas atribuições como deusas dos partos. Em Roma, homenageava-se Vagitanus, a deusa que induzia o primeiro grito dos recém-nascidos.

11 DE ABRIL

Na antiga Pérsia, celebrava-se neste dia Kista, a deusa do conhecimento e da sabedoria. Kista era também a protetora dos seres humanos e a provedora dos alimentos. Ela era invocada e reverenciada juntamente com Daena, também uma deusa protetora das mulheres, guardiã da justiça e condutora das almas.

Na Mesopotâmia, homenageava-se Anat, a senhora da vida e da morte, deusa da guerra associada com a violência e intensa sexualidade. Anat tinha quatro aspectos separados: guerreira, virgem, mãe e libertina. De mãe criadora podia, no entanto, tornar-se uma vingadora cruel. Apesar de ter sido a amante de todos os deuses, preservava sua virgindade. Seu culto foi absorvido pelo da deusa Asherah, mas seguidores fiéis levaram-no até o Egito, onde Anat continuou a ser cultuada com os nomes de Anthyt, Anaitis, Antaeus e Anta.

Na Armênia, celebração de Anahit, a deusa do amor e da Lua, considerada mãe, protetora e benfeitora.

Festa de Elaphebolia, na Grécia, celebrando Ártemis em seu aspecto de deusa da caça e senhora dos animais selvagens. Ofereciam-se bolos em forma de cervos, os animais totêmicos da deusa, pedindo-se proteção aos caçadores.

Em Roma, neste dia, colocavam-se coroas de louro ou murta na cabeça das crianças pedindo-se a benção da deusa Diana contra o mau-olhado e as doenças.

Festival chinês Tuan Yang Chieh, com procissões de barcos decorados com imagens de dragões. Flores eram oferecidas aos Dragões das Águas, pedindo sua proteção aos barcos e aos navegadores.

10 DE ABRIL

Dia de Bau, na Babilônia, a deusa do céu, da Terra e do mundo subterrâneo, mãe de Ea, o deus das águas.
Nos tempos muito antigos, Bau era a Mãe Primordial na Babilônia e na Fenicia, criadora de todos os seres vivos. Mais tarde, foi fragmentada em outras deusas, das quais apenas a deusa Gula continuou sendo cultuada como Deusa Mãe, detentora do poder de sustentar a vida, provocar ou curar doenças.

Terminam as festas de Megalésia, dedicadas à deusa Cibele, celebradas com corridas de cavalos.

No folclore celta acreditava-se que, neste dia, o Sol "dançava" nos primeiros momentos da alvorada. Na Irlanda, as pessoas acordam cedo para ver os primeiros raios do Sol "dançando" sobre a superfície da água (nos rios e lagos ou, ainda, em uma vasilha com água), buscando ver nestes reflexos algum presságio para suas vidas.

9 DE ABRIL

Celebração da deusa celta da guerra Andrasta, a Invencível. Conduzidas pela valente Rainha Boudica, devota de Andrasta, nesta data comemora-se também a vitória das mulheres saxãs, em 1002 a.C., sobre os daneses, que já haviam vencido o exercito saxão.

Em Roma celebrava-se, neste dia, Bellona, a deusa da guerra, da estratégia e da soberania territorial. Foi precursora do deus Marte e era invocada antes de uma batalha para decidir as táticas de guerra ou estratégia das negociações. Originariamente, a deusa da guerra da Capadócia era Mah; ao ser assimilada ao culto da deusa Bellona, passou a ser chamada de Mah Bellona.

Inspirada por estas deusas, rememore e celebre suas vitórias ao vencer as oposições e limitações, superando, assim, os obstáculos encontrados em sua realização como mulher, seja no campo profissional, seja na sua expressão pessoal.

8 DE ABRIL

Mounychia, celebração da deusa lunar Ártemis, na Grécia, com danças e oferendas de bolos em forma de meia-lua cercados de lamparinas acesas. Agradecia-se à deusa pela luz da Lua e pela proteção e cura das mulheres e crianças.

Em Roma, celebrava-se a deusa lunar Titânia, um aspecto da deusa Diana e Tanit, em Cartagena, a deusa da Lua crescente e da noite.

Os países eslavos homenageavam Hovava, Teleze-awa e Vyestitsa, deusas lunares correspondentes às três fases da Lua.

Aproveite a data e prepare alguns biscoitos em forma de meia-lua. Convide algumas amigas e celebrem sua conexão com a Lua, compartilhando seus anseios, buscas e realizações como mulheres e filhas da Deusa.

No Japão, Hina Matsuri, o festival das flores de pessegueiro. Os ancestrais são reverenciados nos altares das casas e dos templos com oferendas de flores, arroz e saquê (licor de arroz). Os participantes são purificados pelos sacerdotes enquanto recitam poesias, cantam músicas, dançam e colocam as oferendas nos santuários repetindo orações. Ao final da cerimônia, as pessoas se divertem, festejando e dançando.

7 DE ABRIL

Neste dia, nos países eslavos, reverenciavam-se os espíritos benevolentes que moravam nas grutas, florestas, campos, jardins ou nas casas. Chamados de Divja Davojke, eles ajudavam as mulheres em suas tarefas caseiras: limpar, cozinhar, moer os grãos ou fiar a lã. Por serem auxiliares preciosos que trabalhavam rápido e sem se cansar jamais, eles eram reconhecidos como protetores, tendo seus lugares prediletos respeitados e reverenciados, periodicamente, com oferendas de pão, mel, queijo, bolo de fubá, lã, moedas e vinho.

Celebração de Blajini na Romênia. Blajini significa seres meigos e, neste dia, eram feitas oferendas de pão fresco e vinho para os seres da natureza e para os espíritos ancestrais.

Celebração da deusa hitita Kait, a guardiã das colheitas e padroeira da agricultura e de Kadi, a deusa assíria da terra e da justiça, invocada em todos os juramentos e contratos.

Dia Mundial da Saúde: ore pela saúde de todos e pela cura das doenças crônicas e letais, pedindo aos anjos da cura e aos seres espirituais que inspirem e iluminem a mente dos cientistas e pesquisadores.

sábado, 13 de abril de 2013

6 DE ABRIL

Celebração de Tara, a deusa hindu das estrelas, uma das manifestações de Kali como senhora do tempo. Seu simbolo - a estrela - é visto como um elemento de auto-combustão perpétua; por isso, Tara representa a fome insaciável (espiritual e física) que promove toda  a vida. Nesta representação, Tara é a deusa do auto-domínio, sendo invocada por seus 108 nomes com um rosário de 108 contas. Ela aparece ou como adolescente ou como barqueira, levando os homens do mundo da ilusão ao do conhecimento. Tara tem cinco manifestações, cada uma com cor e nome específicos - branca, verde, azul, amarela e vermelha - sempre representando a Mãe Divina.

Festival Ching Ming, dedicado à deusa Kwan Yin ou Guanyin, a mãe da bondade, compaixão, saúde, cura e bem-estar. Preocupada com o bem da humanidade, Kwan Yin abriu mão de sua condição de bodhisattva (ser iluminado) para permanecer na Terra até a iluminação de todos os seres humanos.

No França, festival da primavera dedicado às crianças. As pessoas colocavam barquinhos de madeira com velas acesas nos rios para celebrar a vida renovada, pedindo às divindades um rumo certo para seu destino e proteção para seus filhos.

5 DE ABRIL

No Japão, dia de se reverenciar a deusa Kwannon, equivalente da deusa chinesa Kwan Yin, com oferendas de flores, velas violetas e incenso de lótus em homenagem aos ancestrais. Para invocar suas bençãos de proteção, cura, amor e sabedoria, escreviam-se pedidos em rolos de papel de arroz, colocando-os nos altares de seus templos.

Em Roma, festa da deusa Fortuna, senhora da boa sorte e da abundância, padroeira dos jogadores, invocada por eles antes de apostarem.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

4 DE ABRIL

Começo de Megalésia, o antigo festival romano de Cibele, a Magna Mater, a Grande Mãe e Mãe Terra, a deusa da vegetação e da fertilidade. Seu culto originou-se na Frigia, na Anatólia, atravessando o Mediterrâneo até chegar em Roma. Cibele era representada como uma mulher madura, de seios volumosos, coroada de flores e espigas de cereais, vestida com uma túnica multicolorida e carregando um molho de chaves na mão. Às vezes, aparecia cercada de leões ou segurando nas mãos várias serpentes. Segundo a lenda, ela apaixonou-se por um jovem - Attis - que a traiu. Ao saber disso, ela o castigou, enlouquecendo-o. Em uma das suas crises de loucura, Attis castrou-se e sangrou até morrer. Cibele, condoída com sua morte, transformou-o em um pinheiro e de seu sangue nasceram violetas. Anualmente, ao chegar a primavera, Attis renascia e Cibele, feliz com seu retorno, fertilizava a Terra, enchendo-a de folhas e flores.

O templo de Cibele, em Roma, foi transformado pela Igreja Católica na atual Basílica de São Pedro, no século IV, quando uma seita de cristãos montanheses, que ainda veneravam Cibele e admitiam mulheres como sacerdotes, foi declarada herética, sendo abolida e seus seguidores queimados vivos.

3 DE ABRIL

Nascimento de Buda, o príncipe Sidarta Gautama que, depois de iluminado, fundou o budismo baseado em quatro famosas verdades:
1- a existência da dor;
2- a causa da existência da dor;
3- a destruição da causa da existência da dor e
4- o caminho que leva à destruição da causa do sofrimento

Festa romana de Florália, dedicada a Flora, a deusa das sementes, das flores e dos frutos.

Em Roma, celebração da deusa Prosérpina em seu aspecto de donzela da primavera e regente da vegetação.

Festa da deusa hindu Mulaprakriti, a Mãe Primordial, manifestada em seus três aspectos como Shakti, Prakriti e Maya.

Na antiga Pérsia, neste dia, ofereciam-se cestas com sementes germinadas às Divindades das Águas, jogando-as nos rios na esperança de que os azares e as mazelas do ano anterior fossem levadas água abaixo.

terça-feira, 2 de abril de 2013

2 DE ABRIL

Antigas celebrações celtas para as divindades solares - as deusas Aine e Brighid e os deuses Bel e Lleu -, cujos símbolos eram a suástica ou a cruz solar, o triskelion (símbolo da tríade) e os círculos, representando o ciclo solar, a renovação da vida e o poder de transmutação. Neste dia, "descarregavam-se" os resíduos do inverno queimando, em fogueiras feitas com madeiras sagradas, bonecos de palha representando o inverno e a morte ou afogando-os nos rios consagrados a estas divindades.

Festa de A-Ma, em Macau, reverenciando a deusa lunar portuguesa protetora dos pescadores, invocada para garantir a boa pesca.

Celebração na antiga Escandinavia de Vovó Amma, a deusa protetora dos marinheiros vikings e de suas famílias.

Dia da "Batalha das Flores", na França, quando as pessoas andavam com cestos de flores, jogando-as para o alvo de suas conquistas.

No Ruz, o Ano Novo Zoroastriano celebra Ahura Mazda, o deus da sabedoria, da renovação da vida e dos bons influxos para o ano que se inicia. As pessoas vestiam roupas novas e trocavam presentes entre si, festejando ao redor de fogueiras com comidas tradicionais. As crianças recebiam moedas, ovos pintados, nozes e doces.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

1º DE ABRIL

Festival romano Venerália, dedicado à deusa Vênus, padroeira da beleza e do amor, As mulheres lavavam suas estatuas e adornavam-nas com jóias e flores, queimando incenso e orando para ter alegrias e boa sorte no amor.

Celebrações greco-romanas, apenas para as mulheres, dedicadas às deusas Fortuna Virilis e Concórdia. Invocavam-se as bençãos das deusas para ter sorte no amor, melhorar a relação com os homens e garantir a harmonia nas famílias.

Na Irlanda, celebrava-se neste dia Blathnat, a "pequena flor", antiga deusa da sexualidade e da morte, versão da deusa galesa Blodewedd.

Comemoração da deusa lunar Hathor, no Egito.

Celebração da deusa da morte e transmutação Kali, na Índia.

Dia dos Bobos na Europa e nos países colonizados pelos europeus. Segundo os historiadores, o Dia dos Bobos teve origem na mudança do calendário, quando o Ano Novo foi transferido de 21 de Março, no equinócio da primavera, para 1º de Janeiro. Muitas pessoas não gostaram dessa mudança, recusando-se a aceitá-la. Em conseqüência, sua teimosia passou a ser motivo de brincadeiras e piadas para os outros.

Os franceses chamam o 1º de Abril de "Dia dos Peixes", devido ao aumento dos peixes pescados nessa época do ano e dos incautos fisgados pelas "peças" dos amigos.

Nos países nórdicos, o Dia da Mentira e dos Bobos é regido pelo deus trapaceiro Loki. Neste dia, é permitido fazer brincadeiras e "pregar peças" nos desavisados até o meio-dia. Esse costume originou-se nos tempos antigos, quando era permitida a saída dos pacientes internados em hospícios ou manicômios, deixando-os soltos nas ruas durante um dia por ano para a diversão sádica daqueles considerados "normais".

ABRIL

Originariamente inspirado em Afrodite, a deusa grega da vida e do amor, o nome deste mês foi posteriormente adaptado pelos romanos para Aprilis, "o tempo das flores e folhas em botão". A palavra "aperire" significava abrir, lembrando o atributo menos conhecido desta deusa: o de guardiã do portal da vida. Ela era representada nua, com as mãos apontando para seus órgãos genitais, a passagem que permite à alma "abrir a porta da vida".

Abril é o mês de abertura no hemisfério nórdico: abertura da terra, para receber as sementes; das sementes, que germinam e dos botões, que se abrem em flor.

O nome anglo-saxão deste mês era Easter Monath, que até hoje é mantido na palavra Easter (Páscoa). Reverenciava-se a deusa da primavera e da fertilidade Eostre, assemelhada a Afrodite. Na Irlanda, este mês era chamado Aibreau e na tradição Asatru (nórdica), Ostara.

No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Huathe, a árvore sagrada é o espinheiro e o lema é "juntar forças para ir adiante".

A pedra sagrada deste mês é o diamante e as divindades regentes são as deusas Afrodite, Flora, Perséfone, Cibele, Kwan Yin, Ártemis, Bau, Anahit, Coatlicue, Mayahuel, Bast, Hathor, Ishtar e o Deus Verde da vegetação.

Os povos nativos tinham vários nomes para este mês: Lua da Semente, Lua do Plantio, Lua das Árvores em Botão, Lua do Semeador, Lua da Lebre, Lua da Relva Verde, Lua das Árvores que Crescem, Lua Cor-de-Rosa, Mês do Crescimento.

Neste mês, havia inúmeras celebrações e comemorações nas tradições e culturas antigas.

Em Roma, a Festa de Megalésia festejava Cibele, a deusa da terra, cujo culto veio da Asia Menor, onde era venerada como a Grande Mãe. O Festival romano de Florália celebrava a deusa das flores e da alegria Flora, enquanto o Festival Cereália comemorava o retorno da deusa Prosérpina do mundo subterrâneo e a alegria de sua mãe, Ceres, enchendo a Terra de folhas e flores. As mulheres romanas homenageavam a deusa Fortuna Virilis para ter sorte no amor.

Em Canaã e na Fenícia, reverenciava-se a deusa lunar ornada de chifres Anahita ou Anat e Anait, enquanto nos países celtas celebravam-se as deusas solares Aine e Brighid.

Atualmente, o Festival Japonês das Flores festeja o nascimento de Buda mas, na tradição shintoísta, cultuavam-se os ancestrais, adornando suas lapides com flores.

Nos países nórdicos, 1º de abril é dedicado ao deus trapaceiro Loki e é considerado o Dia da Mentira e dos Bobos. Em vários países, O Dia do Bobo permite brincadeiras e piadas, em lembrança da mudança do calendário e da saída dos pacientes internados em hospícios para desfrutarem de liberdade.

No Egito, comemorava-se Bast, a deusa solar com cabeça de gato. No hemisfério sul, os incas tinham o Festival Camay Inca Raymi.

A última noite deste mês é uma data muito importante na tradição Wicca: celebra-se o Sabbat Beltaine, reencenando o casamento sagrado da Deusa da Terra com o Deus da Vegetação.

Mesmo estando no hemisfério sul, em um país tropical com estações invertidas, você pode usar a antiga egrégora deste mês para avaliar e renovar as sementes de seus projetos e empreendimentos. Cuide de seu jardim (exterior ou interior), abra as portas para o florescimento, celebre a beleza e o amor, inicie uma nova etapa para o seu crescimento.