sábado, 31 de dezembro de 2011

OS ECLIPSES

Os eclipses lunares ocorrem durante a lua cheia, quando a Terra fica no alinhamento entre a Lua e o Sol. Há, aproximadamente, dois ou quatro eclipses por ano, a maioria sendo parcial.
O eclipse solar ocorre apenas durante a lua nova, quando o Sol fica eclipsado pela Lua, levando a seu escurecimento parcial ou total, dependendo do grau do eclipse.
Os povos antigos observavam com muito respeito e temor esses fenômenos celestes inexplicáveis. Usavam cantos, danças, oferendas e orações para evitar o "desaparecimento" dos astros.
Atualmente, leva-se em consideração a colocação do eclipse no mapa astrológico de uma pessoa, pois a casa zodiacal afetada será um foco especial de concentração energética por meses ou até mesmo por um ano depois do eclipse, dependendo dos aspectos. Se o eclipse solar acontecer no dia de seu aniversário, suas influencias serão aumentadas, exigindo um trabalho de fortalecimento pessoal, principalmente para aumentar sua autoestima e autoconfiança.
Os eclipses lunares anuais caem, geralmente, nos mesmos signos zodiacais, ocorrendo, portanto, nas mesmas casas do mapa natal. Evidencia-se, assim, a necessidade de trabalho interior para equilibrar e integrar os assuntos das áreas afetadas pelos próximos três a nove meses. Os eclipses "regridem" nos signos zodiacais, na velocidade de um signo ou uma casa, por ano. Portanto, ao longo de doze anos, o sombreamento da Lua pela Terra acontecerá em todos os signos e em todas as casas zodiacais dos mapas individuais.
Em termos de magia, um eclipse marca um ponto intermediário muito poderoso, uma transição entre o claro e o escuro, entre o dia e a noite, entre a luz e a escuridão.
Realizar encantamentos e rituais durante um eclipse aumenta sua potência e a responsabilidade de quem os faz. Para direcionar de forma competente as energias, é necessário um mínimo de conhecimento astrológico, principalmente dos aspectos formados no mapa natal individual.
Sugiro criar um ritual pessoal, tentando se "comunicar" com os planetas envolvidos e reconhecer sua atuação em sia vida. Peça aos anjos ou mestres planetários e ao seu mentor espiritual, idéias e orientações para seu crescimento. Use as palavras-chaves e/ou atributos dos planetas, invoque as divindades a eles relacionadas e deixe-se guiar por sua intuição e sabedoria para encontrar uma maneira simples e prática de expressar as energias do eclipse. Lembre-se de que o "reaparecimento" do astro após o eclipse, simboliza o início de um novo ciclo ou uma nova fase em sua vida, podendo ser celebrada e afirmada ritualisticamente.

FONTE: O Anuário da Grande Mãe - Mirella Faur / Editora Gaia
A LUA VERMELHA DA MENSTRUAÇÃO

Na antiguidade, o ciclo menstrual da mulher seguia as fases da lua com tanta precisão que a gestação era contada por luas. Com o passar dos tempos, a mulher foi se distanciando dessa sintonia e foi perdendo, assim, o contato com seu próprio ritmo e seu corpo, fato que teve como consequência vários desequilíbrios hormonais, emocionais e psíquicos.
Para restabelecer essa sincronicidade natural, tão necessária e salutar, a mulher deve se reconectar à Lua, observando a relação entre as fases lunares e seu ciclo menstrual. Compreendendo o ciclo da lua e a relação com seu ritmo biológico, a mulher contemporânea poderá "cooperar" com seu corpo, fluindo com os ciclos naturais, curando seus desequilíbrios e fortalecendo sua psique.
Para compreender melhor a energia de seu ciclo menstrual, cada mulher deve criar um "Diário da Lua Vermelha", anotando no calendário o início de sua menstruação, a fase da lua, suas mudanças de humor, disposição, nível energético, comportamento social e sexual, preferências, sonhos e outras observações que queira.
Para tirar conclusões sobre o padrão de sua Lua Vermelha, faça essas anotações durante pelo menos três meses, preferencialmente por seis. Após esse tempo, compare as anotações mensais e resuma-as, criando assim, um guia pessoal de seu ciclo menstrual, baseado no padrão lunar. Observe a repetição de emoções, sintonias, percepções e sonhos, fato que vai lhe permitir estar mais consciente de suas reações, podendo evitar, prever ou controlar situações desagradáveis ou desgastantes.
Do ponto de vista mágico, há dois tipos de ciclos menstruais, determinados em função da fase lunar em que ocorre a menstruação.
Quando a ovulação coincide com a lua cheia e a menstruação com a lua negra, a mulher pertence ao "Ciclo da Lua Branca".  Como o auge da fertilidade ocorre durante a lua cheia, esse tipo de mulher tem melhores condições energéticas para expressar suas energias criativas e nutridoras por meio da procriação.
Quando a ovulação coincide com a lua negra e a menstruação com a lua cheia, a mulher pertence ao "Ciclo da Lua Vermelha". Como o auge da fertilidade ocorre durante a fase escura da lua, há um desvio das energias criativa, que são direcionadas ao desenvolvimento interior, em vez do mundo material. Diferente do tipo "Lua Branca", que é considerada "a boa mãe", a mulher do ciclo "Lua Vermelha" é "bruxa, maga ou feiticeira", que sabe usar sua energia sexual para fins mágicos e não somente procriativos.
Ambos os ciclos são expressões da energia feminina, nenhum deles sendo melhor ou mais correto que o outro. Ao longo de sua vida, a mulher vai oscilar entre os Ciclos Branco e Vermelho, em função de seus objetivos, de suas emoções e ambições ou das circunstâncias ambientais e existenciais.
Além de registrar seus ritmos no "diário da Lua Vermelha", a mulher moderna pode reaprender a vivenciar a sacralidade de seu ciclo menstrual. Para isso, é necessário criar e defende um espaço e um tempo dedicado a si mesma. Sem poder seguir o exemplo de suas ancestrais, que se refugiavam nas "Tendas Lunares" para um tempo de contemplação e oração, a mulher moderna deve respeitar sua vulnerabilidade e sensibilidade aumentadas durante sua Lua. Ela pode diminuir seu ritmo, evitando sobrecargas ao se afastar de pessoas e ambientes "carregados", não se expondo ou se desgastando emocionalmente e procurando encontrar meios naturais para diminuir o desconforto o cansaço, a tensão ou a agitação.
Com determinação e boa vontade, mesmo no corre-corre cotidiano das afazeres e obrigações, é possível encontrar seu "tempo e espaço sagrados" para cuidar de sua mente, de seu corpo e de seu espírito. Meditações, "banhos de luz lunar", água lunarizada, contato com seu ventre, "viagens xamãnicas" com batidas de tambor, visualizações dos animais de poder, uso de florais ou elixires de gemas contribuem para o restabelecimento do padrão lunar rompido e perdido ao longo dos milênios de supremacia masculina e racional.
O mundo atual - em que a maior parte das mulheres trabalha - ainda tem uma orientação masculina. Para se afastar dessa influencia, a mulher moderna deve perscrutar seu interior e encontrar sua verdadeira natureza, refletindo-a em sua interação com o mundo externo.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A LUA VIOLETA DA REFLEXÃO

Da mesma maneira que existem duas luas cheias em um mesmo mês, também podem ocorrer duas luas novas. A segunda lua negra, correspondendo à fase de três dias que antecede a segunda lua nova dentro do mesmo mês, é muito pouco divulgada, sendo conhecida apenas por mensagens espirituais. Denomino esse raro fenômeno de Lua Violeta devido a suas qualidades purificadoras, alcançadas por meio de silencio e meditação.
A Lua Violeta é um momento misterioso e sagrado que deve ser dedicado à introspecção, à contemplação silenciosa e às reflexões. Deve ser feita uma reavaliação de sua escala de valores, de sua vida atual e de seu propósito nesta encarnação. Alcança-se, assim, uma compreensão maior, um conhecimento que brota de seu próprio Eu Divino.
Recomendo procurar levantar os véus sutis que encobrem as motivações ocultas da vida atual e o propósito maior da alma, somente após pedir a intercessão de seu Guardião e fazer uma invocação às Deusas do Destino. Com a ajuda de sua sacerdotisa interior, poder-se-á transpor o portal e entrar em contato com sua própria essência espiritual.
A LUA NEGRA DA TRANSMUTAÇÃO
 
 A fase lunar denominada Lua Negra acontece mensalmente, nos três dias que antecedem a lua nova. Durante este período, o fino disco da lua minguante diminui até desaparecer na escuridão da noite. Tendo em vista que a luz da lua é, na verdade, a luz solar refletida pelo disco lunar, poderíamos dizer que a lua negra "mostra" a verdadeira face oculta da lua.Durante essa fase de escuridão mensal, os povos antigos reverenciavam as Deusas Escuras, dedicando este tempo a rituais divinatórios, de cura e transmutação. Com o advento das sociedades patriarcais, os mistérios da Lua Negra tornaram-se sinônimo de terror e malefícios. Incapacitados de ver ou compreender o "desaparecimento" da Lua, surgiram lendas e superstições sobre os demônios ou forças malignas que "comiam" a Lua. Dessa maneira, a Lua Negra passou a representar o auge dos poderes destrutivos, vaticinando cataclismos naturais, como inundações, tempestades ou secas e humanos, como guerras, doenças e fome. A Lua Negra era tida como aziaga para qualquer empreendimento, por ser considerada a luz do momento em que os fantasmas e os espíritos malévolos perambulam sobre a Terra e as bruxas executam seus rituais de magia negra. Atribuía-se à Lua Negra a conexão com o mundo subterrâneo por ser regida por divindades em forma de serpente ou com serpentes nos cabelos.Na verdade, a Lua Negra facilita o acesso aos mundos e planos sutis e às profundezas de nossa psique. Por isso, atualmente é considerada uma fase favorável para trabalhos de transformação e renovação. Somente mergulhando no nosso lado escuro, desvendando os mistérios e as sombras de nosso inconsciente, poderemos achar os meios secretos para nossa renovação. A Lua Negra tem o poder de criar e de destruir, de curar e de regenerar e de descobrir e fluir com o ritmo das mudanças e dos ciclos naturais, dependendo da capacidade individual em reconhecer e integrar sua sombra.Ao entrar na fase da Lua  Negra, podemos presenciar a transição entre a destruição do velho e a criação do novo.  É, portanto, um período favorável para rituais de cura, renovação e regeneração. O processo de transformação destrói os padrões ultrapassados de condicionamento, comportamento e estruturação, liberando-nos daquilo que não serve mais, daquilo que é limitante, impedindo nossa expansão.Os objetivos dos rituais são variados e de acordo com as necessidades de cada um. Podemos citar a remoção de uma maldição, a correção de uma disfunção, o afastamento dos obstáculos ou das dificuldades na realização afetiva ou profissional, a limpeza de resíduos energéticos negativos de pessoas, objetos, ambientes, a preparação e imantação do espelho negro, entrando em contato com os ancestrais ou com as Deusas Escuras como Hecate, Medusa, Kali, Ereshkigal, Hel, Sekhmet, Sheelah Na Gig, Oyá e Cailleach. As palavras-chave para esses rituais são complementação, finalização, dissolução, introspecção, tradição, sabedoria, morte e transmutação.Os elementos ritualísticos são as velas pretas para afastar a negatividade, as brancas para os novos inícios e as vermelhas para a realização, correspondendo às três cores da Deusa e aos três estágios da condição feminina: idosa, jovem e adulta. Por ser a Anciã a Deusa regente desta lua, são oferecidos no altar, em vez de flores, um xale preto, galhos e folhagens secas, penas pretas, pêlo de cachorro preto ou lobo, teia ou a imagem de uma aranha, além de representações do poder transmutador da Serpente. os objetos mais importantes para o ritual da Lua Negra são o caldeirão - para queimar e transmutar as energias negativas e o espelho negro ou bola de cristal, além de tarot e runas para orientação e autoconhecimento. A meditação ao som de tambor ajuda a mergulhar no ventre escuro da Mãe Terra, trazendo mensagens e sugestões para a cura, a regeneração e a transformação.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A LUA ROSA DOS DESEJOS

 Na Antiga Tradição, acreditava-se que determinadas luas cheias eram imbuídas de uma energia especial para realizar desejos, projetos ou aspirações.
Essas luas, chamadas "Luas dos Desejos" ou "Lua dos Pedidos", são aqueles plenilúnios mais próximos dos quatro grandes Sabbbats celtas - Samhain,, em 31 de outubro, Imbolc, em 1º de fevereiro, Beltane, em 30 de abril e Lughnassadh, em 1º de agosto - com um intervalo de três meses entre si.
Muitos grupos e pessoas seguem essa prática sem conhecer sua origem ou significado, apenas continuando a tradição. Sua origem é longínqua, perdida na bruma dos tempos e a razão dessas datas é atribuída ao aumento do poder magnético e espiritual nos períodos de mudanças telúricas e cósmicas marcados por esses Sabbats.
Para acompanhar o fluxo energético desses plenilúnios, prepare uma lista com seus pedidos, esperanças, desejos, sonhos ou aspirações. com o dedo indicador umedecido em essência de jasmim, cânfora, salgueiro, artemísia ou sândalo, trace um pentagrama sobre o papel. Mentalize seu pedido e faça uma pequena oração, repetindo-a por três vezes. Dobre o papel e coloque-o em seu altar ou mesa de cabeceira, pondo sobre ele uma pedra da lua ou um cristal de rocha.
Repita esse pequeno ritual em cada mudança da fase lunar, a cada sete dias, aproximadamente, até a próxima Lua Rosa.
De acordo com seu merecimento ou necessidade cármica, em função da intensidade de seu desejo e intenção, seu pedido será atendido dentro de três luas cheias.