domingo, 31 de março de 2013

31 DE MARÇO

Na Ibéria, comemoração antiga de Dana, a divindade suprema do panteão celta, mãe dos deuses e dos homens, senhora da luz e do fogo. Ela garantia a seus fiéis a segurança material, a proteção e a justiça. Dana ou Danu, também era conhecida sob outros nomes: Almha, Becuma, Birog ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto. No norte da Espanha continuou a ser cultuada como Maria, a Señora de Amboto.

Na Irlanda, neste dia, celebrava-se a deusa da prosperidade e abundância Anu ou Danu, cujo local sagrado - "Paps of Anu" - reproduzia os fartos seios da deusa, na forma de duas colinas no condado de Kerry.

Os celtas acreditavam que dava azar emprestar ou pegar dinheiro emprestado neste dia por prejudicar os influxos de prosperidade. Uma simpatia mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.

Celebração da deusa lunar romana Luna, a senhora da Lua e regente dos meses. A ela era dedicada a regência dos meses e das estações, sendo também conhecida sob os nomes Diana, Selene ou Levanah.

Aproveite a data e faça uma meditação ao ar livre, "banhando-se" na luz prateada da Lua e pedindo à deusa Luna inspiração, intuição, criatividade e harmonia física, mental, emocional e espiritual. Asse alguns biscoitos em forma de meia-lua, coma alguns e ofereça treze deles à deusa Luna: treze é o número sagrado da Lua, representando a boa sorte, a realização e a prosperidade.

30 DE MARÇO

Comemoração de Melissa, a deusa grega das abelhas. Considerada um dos aspectos da deusa Afrodite, cujo fetiche era um favo de mel, seu nome era atribuído também às sacerdotisas das deusas Deméter e Ártemis. Segundo uma lenda, Melissa tinha sido uma princesa cretense que tinha alimentado Zeus, quando criança, com mel colhido das flores. Após sua morte, Zeus transformou Melissa em abelha, como gratidão por sua dedicação.

Celebração persa do Ano Novo, festejando o casamento sagrado da Deusa e do Deus e a criação da raça humana. Antigamente, neste dia, acendiam-se fogueiras e realizavam-se rituais de fertilidade utilizando ovos e espelhos.

Na Babilônia, festa para a deusa Bau, a Grande Mãe, senhora das águas primordiais e do espaço cósmico.

29 DE MARÇO

Delphinia ou Ártemis Soteira, celebração grega da deusa virgem lunar Ártemis, protetora dos recém-nascidos e dos animais.

Comemoração de Druantia, a deusa celta da fertilidade, da paixão e da sexualidade. Era tida como a Senhora das Arvores, sendo-lhe creditada a invenção do "Calendário das Arvores", o poder do conhecimento e da criatividade. Os Druidas, posteriormente, associaram este calendário ao alfabeto ogâmico, criado pelo deus Ogma, bardo da tribo dos seres sobrenaturais Tuatha de Danann detentor da eloqüência e inspiração artística.

Festival de Ishtar, a versão assíria da deusa suméria Inanna, contendo em si a complexidade das qualidades femininas: a alegre donzela, a mãe benevolente, a guerreira altiva, a amante instável, a conselheira sábia e a anciã severa.

Invoque a deusa Ishtar ao cair da noite, procurando conectar-se ao planeta Vênus. Medite sobre a forma como você está vivendo sua feminilidade. Reforce aqueles atributos que lhe são necessários em sua fase atual, preservando sempre sua independência e auto-suficiência.

sábado, 30 de março de 2013

28 DE MARÇO

Dia de Kwan Yin, na China e no Japão, a protetora dos lares e deusa da compaixão, da cura, da bondade e da felicidade. Kwan Yin é um "bodhisattwa" feminino, o equivalente chinês da Virgem Maria. Seu nome significa "aquela que ouve o choro do mundo", atendendo a cada oração que lhe é enviada. Ao pronunciar-se seu nome, alcança-se alívio para as dores físicas e morais. Seus seguidores não comem carne e não praticam nenhum ato de violência, vivendo de forma harmônica, fazendo caridade. As estátuas de Kwan Yin representam-na segurando galhos de salgueiro ou coberta de jóias; seus gestos são de generosidade e banimento dos medos e dificuldades. As pessoas usam suas estatuetas para meditação, repetindo constantemente seu nome para atrair seus dons de paz e compaixão.

Na Índia, celebração da deusa da sabedoria Sarasvati, a protetora dos nascimentos e das mulheres, senhora do conhecimento, da fertilidade e da prosperidade. Como padroeira de todas as artes, ela era reverenciada pelos artistas e poetas com oferendas de frutas, flores e incenso, pedindo-lhe o dom da criatividade e da eloqüência.

Antigamente na China, reverenciava-se também Tou Mou, a "Escrivã do Céu". Ela julgava todos os atos dos homens, registrando as datas importantes de suas vidas e anotando os reinos e as atribuições das divindades dos Nove Céus.

27 DE MARÇO

Festival de Gauri, a deusa hindu da abundância, padroeira dos casamentos. No Rajastão, as mulheres carregam suas estátuas para os rios, dançando ao seu redor e pedindo abundância nas colheitas. Sua cor sagrada é o amarelo do Sol, do trigo e do milho maduro. Acredita-se que, para atrair sua proteção e a boa sorte para os relacionamentos, devem lhe ser ofertados doces, comendo-se um deles ao deitar para atrair doçura em sua vida.

Antigamente, nos países do Mediterrâneo, homenageava-se Athana Lindia, deusa ancestral que representava a fertilidade das colheitas e a paz nas comunidades. Precursora de Deméter e Ceres, ela personificava a prosperidade cultural oriunda da segurança material. Suas esculturas era feitas com um tronco de árvore, realçando-se apenas sua cabeça - que era adornada com as insígnias de sua cidade natal - e seu pescoço, ao redor do qual eram colocadas várias guirlandas de espigas e de flores.

Celebração romana do deus do vinho e da fertilidade Liber Pater, com libações e ritos de passagem para a entrada dos rapazes na sociedade dos adultos, havendo a troca de suas túnicas púrpuras pelas brancas. É uma data propícia às reuniões e ritos de passagem masculinos.

26 DE MARÇO

Dia do Arado nos países nórdicos.

Celebração de Mati Syra Zemlja, a Mãe Terra dos países eslavos. Até este dia era proibido arar a terra, cavar buracos ou bater estacas, para não machucar o ventre grávido da Mãe Terra. Honrava-se a Grande Mãe como fonte de vida, de força, de poder e abundância, fazendo-se juramentos e promessas em seu nome. Nos casamentos colocava-se terra sobre a cabeça dos noivos que, em seguida, engoliam um pouco dela e faziam suas promessas. Para saber como seria a colheita, cavava-se um buraco e procurava-se ouvir o som da terra: o som cheio anunciava fartura; o som oco, perdas. Era considerado um sacrilégio cuspir na terra e, se alguém assim o fizesse, deveria pedir perdão imediatamente. Na Rússia, suas celebrações perduraram até meados do século XX.

Dia da Solidão na tradição Wicca e neopagã. Recomenda-se passar o dia ou parte dele, em isolamento, recolhimento e meditação, procurando o contato com o Eu Superior. Caminhe na mata ou à beira-mar, ouça a Natureza e sinta o contato com a Mãe Terra, percebendo sua pulsação sincronizada à batida de seu próprio coração.

domingo, 24 de março de 2013

25 DE MARÇO

Festa da Anunciação, celebrando a concepção de Jesus. Antigamente, considerava-se esta data como a Criação do Mundo e reverenciava-se a Deusa, a senhora da vida.

Fim do antigo festival romano da alegria Hilária. Comemorava-se o triunfo da luz sobre a escuridão e a alegria pleo renascimento da vegetação na primavera. No final das festividades, faziam-se lavagens ritualísticas das casas e dos templos.

Essa celebração tem origem em um antigo festival da Anatólia, dedicado à ressurreição de Attis, o amado da deusa Cibele.

Celebração, na Pérsia, da deusa da fortuna e prosperidade Ashisti Vanuhi, invocada por aqueles que estavam em dificuldades materiais.

Comemoração do deus Marte e de sua consorte, a deusa Néris.

24 DE MARÇO

Em Roma, comemoração da deusa Cibele, a Grande Mãe. Originária da Frígia, na Anatólia, seu culto atravessou o Mediterrâneo. Era representada como uma mulher madura, com grandes seios, coroada com espigas de trigo, vestida com flores e folhas e carregando várias chaves. Era a deusa da fertilidade, da vida, da morte, da sabedoria e dos mistérios sagrados.

Celebração da deusa Prytania ou Britannia, a padroeira de Albion (Grã-Bretanha), cuja imagem aparece nas moedas inglesas.

Na Irlanda, reverenciava-se Emer, a deusa da luz solar, da beleza e do conhecimento. Emer representava todas as virtudes femininas, como a beleza, a eloquência, o talento artístico e musical, a suavidade, a lealdade e a sabedoria. Pedida em casamento pelo herói Cuchulain, ela disse que apenas aceitaria mediante provas de coragem, lealdade e responsabilidade.

Dia dedicado a Heimdall, o deus nórdico guardião de Byfrost, a Ponde do Arco-Iris, que liga o mundo dos homens ao mundo dos Deuses.

Dia do Arcanjo Gabriel, o protetor das mulheres que desejam engravidar e das almas dos fetos.  

23 DE MARÇO

No Egito, comemoração de Maat, a deusa da justiça e da verdade, guardiã da balança que analisava a pureza dos corações dos mortos, comparando-os à pena de avestruz de sua tiara.

Homenageava-se, também, Shait, a deusa egípcia do destino que acompanhava todas as pessoas, desde seu nascimento, observando suas virtudes e seus vícios, seus erros e suas realizações. Era Shait quem dava a sentença no julgamento final, após a avaliação da alma por Maat. Essa sentença era definitiva, sendo baseada na observação contínua e escrupulosa da vida do falecido.

Encerramento das celebrações de Athena / Minerva, Quintaria. Iniciadas no dia 19, consistiam de corridas, competições esportivas e musicais, peças de teatro e procissões com tochas. No final, os vencedores eram coroados com ramos de oliveira e a estátua da deusa era vestida com uma nova vestimenta ("peplum"), tecida pelas jovens ninfas.

Danças romanas Salii para expulsar os espíritos maléficos do inverno e estimular o crescimento das plantas com rituais mágicos.

22 DE MARÇO

Celebração de Bast, a deusa solar egípcia com cabeça de gato e padroeira dos gatos, um dos animais mais sagrados para os egípcios. Ao morrerem, todos os gatos eram embalsamados e depois enterrados na cidade sagrada de Bubastis, dedicada ao culto da deusa Bast.

Começava neste dia, em Roma, o festival do riso Hilária. As pessoas se alegravam, iam aos espetáculos e aos jogos esportivos. Esse festival originou-se nos antigos rituais da deusa Cibele, celebrando a ressurreição da Terra na primavera.

Celebração da deusa Ininni da Mesopotâmia. Uma antiga Deusa Mãe, Ininni brilhava com a luz do planeta Vênus e regia a água e a natureza na Terra. Apesar dessa energia venusiana, ela tinha também um aspecto marcial, como padroeira da guerra e dos répteis.

Dia consagrado à deusa hitita da sexualidade e do amor Inara, a esposa do deus do trovão Hooke.

Comemoração de Marzenna, antigo festival da primavera na Polônia, celebrando com cantos, danças e fogueiras, festejando o renascimento da natureza. 

21 DE MARÇO

Festival grego da criação do Ovo Cósmico, gerado pela deusa Eurínome e fertilizado pelo deus em forma de serpente Ophion.

Celebração da deusa celta da primavera Eostre ou Ostara, com oferendas de ovos coloridos colocados em ninhos de palha. Foram essas antigas celebrações que originaram os costumes atuais de presentear com ovos de chocolate na Páscoa.

Comemoração eslava da deusa Marzana ou Marena, senhora do tempo, da natureza e da vida. Em seu aspecto de Kostroma, ela é a Donzela que morre no inverno e renasce na primavera. Neste dia, sua efígie feita em palha era carregada em procissão até o rio e entregue à água, levando junto com ela os males da comunidade. As pessoas se banhavam e se jogavam na água para morrerem e renascerem, alternando o choro e o riso.

Na mitologia irlandesa, afirma-se que a cidade sagrada de Tara foi fundada neste dia pelas princesas Thea e Tephi

20 DE MARÇO

No hemisfério sul, Equinócio de Outono, assinalando a entrada do Sol no signo de Áries e o inicio de um novo Ano Zodiacal.

Os celtas celebravam, nesta data, o Equinócio da Primavera, denominado Sabbat Alban Eilir ou Ostara, simbolizando o renascimento da natureza e o desabrochar da vegetação.

Na antiga Grécia celebrava-se, neste dia, o retorno da deusa Perséfone do reino subterrâneo de Hades. Sua mãe, a deusa Ceres, feliz com seu retorno, celebrava-o enchendo a Terra com folhas e flores.

Dia de Iduna, a deusa escandinava que desempenhava a mesma função da Hebe grega, alimentando os deuses com comidas mágicas que os mantinham jovens e vigorosos. Os deuses nórdicos não eram imortais, eles dependiam das maçãs encantadas de Iduna para viverem eternamente.

Festival egípcio da primavera, celebrando a deusa Ísis.

Este dia é consagrado às deusas do Destino (Nornes, Parcas e Moiras), à deusa tríplice Morrigan (da mitologia celta), às Três Mães hindus (Lakshmi, Parvati e Sarasvati) e à deusa Fortuna.

Celebre o inicio do Ano Zodiacal começando um novo projeto, atitude, decisão ou compromisso. Revitalize suas energias, renove seu entusiasmo e desperte sua força de vontade e sua criatividade, invocando as bençãos das Deusas para a sua vida.   

19 DE MARÇO

 Inicio de "Panathenaea", o festival grego de cinco dias dedicado a Athena, a deusa da sabedoria, justiça e estratégia. Festejava-se Athena como a fonte da inspiração artística com competições artísticas, musicais e esportivas.

Quintaria, o equivalente romano da "Panathenaea", com celebrações para a deusa Minerva.

Na Índia, celebração de Sitala, a deusa das febres, invocada para curar as doenças contagiosas. Embora represente o poder destruidor da vida, Sitala também representa a capacidade de curar as doenças, sendo reverenciada em todas as aldeias e cidades e chamada de Mata (Mãe), tendo vários altares a ela dedicados.

Nesta data, invoque a energia da inteligência criativa representada por Pallas Athena / Minerva. Acenda uma vela amarela e faça alguns exercícios respiratórios, já que seu elemento é o ar, ligado ao plano mental. Relaxe e transporte-se, mentalmente, para seu templo interior procurando ler o livro de sua vida e descobrindo soluções e inovações para sua existência ou os meios para desenvolver e expressar sua habilidade mental ou manual.  

18 DE MARÇO

Celebração de Sheelah Na Gig, antiga deusa irlandesa da sexualidade que representava os princípios da vida e da morte. Era retratada por desenhos ou estatuetas grotescas de figuras femininas expondo seus órgãos genitais, simbolizando o portal da vida, enquanto seu corpo esquelético mostrava a decrepitude da velhice.

Para erradicar a força dessa energia intensa da sexualidade, a Igreja Católica usou essas figuras para representar "demônios", colocando-as como esculturas nas colunas ou paredes das igrejas. Até hoje ainda existem essas relíquias, mas seu significado simbólico perdeu-se devido à perseguição desenfreada ao poder da mulher, expresso por sua sexualidade, promovida durante séculos pela Igreja e pela própria sociedade patriarcal.

Ao se conectar à sexualidade alegre e explícita de Sheelah Na Gig, as mulheres resgatam seu poder e o direito de se expressarem, de forma livre e consciente.

Antigamente, na Finlândia, era homenageada, neste dia, Tuonetar, a Rainha da Morte, que vivia em uma ilha escura, Tuoneta, cercada de águas negras onde nadavam vários cisnes negros.  

17 DE MARÇO

Festival de Astarte. Mencionada no velho testamento como Ashtoreth (vergonha), corruptela de seu verdadeiro nome, Athtarath (o ventre), esta deusa era uma versão canãanita de Ishtar, a deusa da sexualidade e regente do planeta Vênus.

Conecte-se a essa Deusa poderosa: olhe para Vênus (a estrela matutina ou vespertina), faça seus pedidos, medite e, em seguida, olhe para um espelho ou para a superfície de um lago até perceber alguma imagem ou receber alguma mensagem ou intuição.

Liberália, festival romano dedicado à Libera, a deusa da fertilidade e da vegetação, padroeira da viticultura juntamente com seu irmão Liber. Filha de Ceres, ela foi identificada com a deusa grega Perséfone.

Neste dia, para celebrar o renascimento da vegetação, as mulheres idosas das comunidades se colocavam a serviço da Deusa. Enfeitadas com coroas de hera, elas sentavam-se nas encruzilhadas e vendiam panquecas recheadas com mel aos transeuntes. Os romanos compravam as panquecas e as ofereciam à Deusa, comendo um pedaço para reforçar sua virilidade.  

16 DE MARÇO

Dia dedicado a Morgen ou Morgan Le Fay, a Sacerdotisa de Avalon, a ilha sagrada da mitologia celta. Morgan ficou conhecida mundialmente com o livro "As Brumas de Avalon" como Morgana, a meia-irmã do Rei Arthur. Originariamente, ela era uma deusa "escura", que regia as Ilhas dos Mortos e presidia a morte e o renascimento dos heróis mortos em combates.

Em várias línguas celtas, "mor" significava mar, sendo os espíritos das águas chamados Morgans. A mais famosa deusa do mar recebeu o título Le Fay - A Fada. Na mitologia galesa, Morgan era considerada a Rainha de Avalon, o mundo subterrâneo dos mortos, para onde ela levou Arthur após seu desaparecimento deste mundo. Em outras lendas, Morgan pode ser uma maga e curadora, que vivia com suas oito irmãs na ilha de Avalon ou ainda um aspecto da deusa da morte Morrigan.

Por ser a maçã o simbolo de Avalon ("Avallach" significava maçã), comemore comendo uma maçã cortada na horizontal, observando o pentagrama formado pelas sementes. Medite sobre seu caminho espiritual, pedindo à Deusa que afaste as brumas das incertezas e ilumine sua busca, permitindo sua transformação e renascimento.

15 DE MARÇO

Dia de Rhea, a Deusa Primal, a Grande Mãe Terra, criadora de todos os seres, deusa da vegetação e dos novos ciclos.

Originariamente, ela não tinha consorte, reinando como uma deusa tríplice com vários títulos designando suas funções: Britomartis, a Donzela; Dictyna, a Mãe e Corônis, a Anciã e senhora da morte. Com a chegada dos invasores helênicos, ela foi transformada na esposa do deus Cronos e mãe da maior parte das divindades do Olimpo. Cronos, o Pai Tempo, devorava seus filhos para garantir sua supremacia e chegou a castrar seu próprio pai Uranus. Nos mitos antigos, era a própria Deusa que consumia o tempo, trazendo a vida e a morte para a Terra.

Celebração da deusa Cibele, na Anatólia, festejando-se o renascimento da terra na primavera pela volta de Attis, amado de Cibele, do mundo dos mortos. O festival era seguido por nove dias de jejum, abstinências e orações, visando a renovação das pessoas.

Dia de oferendas para os Espíritos e as Ninfas das Águas nos países celtas.

14 DE MARÇO

Diasia, uma celebração da Grande Deusa Serpente Ua Zit ou Uadjit, do Egito antigo.

Durante essa celebração, oficiavam-se rituais de exorcismo, purificação e expiação, oferecendo-se grãos de cevada para a Deusa e usando-se defumações para afastar as doenças.

Celebrações antigas para o Ano Novo em Gana com danças e rituais para afastar os maus espíritos e honrar os ancestrais.

Esta é uma data propicia para fazer um ritual pessoal para afastar a pobreza, a doença e os infortúnios.

Defume sua casa com incenso de mirra e benjoim; acenda uma vela verde untada com essência de hortelã e tome um banho de purificação com sal grosso, vinagre de maçã e a essência de seu signo. Visualize suas dificuldades financeiras e as soluções para resolvê-las. Invoque o poder transmutador da Grande Deusa Serpente para afastar os infortúnios, melhorar seus recursos e dar-lhe o equilíbrio e a sabedoria necessárias para saber usar bem o seu orçamento.

sábado, 23 de março de 2013

13 DE MARÇO

Holi, antigo festival dedicado à deusa do fogo Holika, celebrado com fogueiras de purificação e rituais de fertilidade. Atualmente, as celebrações são mais joviais e divertidas.

Na véspera, fogueiras são acesas para livrar as pessoas e os ambientes dos espíritos maléficos. No dia da festa, as pessoas se salpicam com pós coloridos e as crianças esguicham jatos de água com guache. Reencena-se, assim, a lenda das brincadeiras de Krishna, despejando água colorida sobre sua amada Radha, no dia de Holi.

Em Luxemburgo, celebra-se o retorno do Sol, simbolizando o começo da primavera, com fogueiras, danças e muita festa.

Dia da Purificação em Bali, combatendo a ação de Yami, o deus da morte. 

Comemoração da deusa chinesa do céu e da luz Ch'un Ti. Antiga deusa do dia e da alvorada, Ch'un Ti (ou Jun Ti) era representada com oito braços, um deles segurando o Sol e outro a Lua, às vezes com três cabeças. Na tradição do Budismo tântrico, ela aparece como uma deusa guerreira, com dezesseis ou dezoito braços, segurando várias armas (espada, lança, arco e flechas), um raio, um rosário, uma flor de lótus e um vaso com água.

Para se conectar à energia desta deusa, inscreva seu nome três vezes em uma vela branca e acenda-a, pedindo às deusas da Luz que iluminem sua mente e sua vida. Peça-lhes também que ajudem-na a encontrar as armas ou os meios para sair vencedora em suas batalhas.

Dia considerado muito favorável para rituais de Wicca e trabalhos mágicos de purificação e renovação.

12 DE MARÇO

Celebração de Belit Ilani, a "Estrela do Desejo" da Babilônia, amante de vários deuses e padroeira da procriação e da geração. É necessário fazer uma distinção entre outras deusas de nomes similares, como Belili, a deusa suméria da lua, da água e da sexualidade, equivalente à Ishtar e chamada de Beltis na Fenícia; Belit, a Deusa Mãe assíria, consorte dos deuses Bel, Enlil, Marduk ou Ashur; Beltis, a deusa do amor e da sexualidade da Fenícia, Caldéia e Babilônia, homenageada com rituais orgiásticos e equiparada à Astarte e Ishtar e Belit Seri, a senhora do mundo subterrâneo da Mesopotâmia e da Babilônia.

Belit Ilani ou Belit Ile, certas vezes era representada como uma mulher, segurando com seu braço esquerdo uma criança mamando enquanto que, com sua mão direita, a abençoava. Algumas fontes a consideram um dos atributos da deusa Astarte ou Ninlil.

Comemoração do martírio de Hypatia, "A Divina Pagã". Famosa filósofa e matemática, Hypatia foi assassinada na Alexandria, em torno de 400 d.C, por fanáticos cristãos enfurecidos com sua sabedoria, considerada exagerada para uma mulher e desafiadora para a sociedade.

11 DE MARÇO

Celebração da deusa grega Hypatia, uma das Musas que regia a arte, a ciência e a criatividade. Era venerada no templo de Delphi juntamente com suas irmãs Mese e Nete, cujos nomes significavam "uma das três cordas da lira".

De acordo com o local de seus cultos, o numero das Musas variava: eram três em Delphi e no Monte Hélicon, sete em Parnaso e nove em Atenas, embora elas conferissem sempre seus talentos e habilidades aos homens.

Dia de Hércules, o herói e semideus romano, o simbolo da coragem e da força física.

Um mito antigo relata uma luta entre Hércules e Hipolyta, a linda rainha das Amazonas. Filha do deus Ares, ela usava o cinto de ouro, sinal de sua soberania e poder. Os guerreiros gregos cobiçavam esse tesouro e foram em busca dele, liderados por Hércules, que foi desafiado por Hipolyta para uma luta. O desfecho dessa batalha é relatado de forma confusa e contraditória, dependendo da fonte. A versão patriarcal descreve a vitória de Hércules com a prisão ou a morte de Hipolyta.

Aproveite essa data para avaliar de que maneiras você pode aumentar sua força, usando sua coragem para mudar a si própria e à sua vida. Invoque, depois, as Musas, pedindo-lhes que ajudem-na a desenvolver suas habilidades inatas e seu potencial criativo ainda não manifestado. Invoque também Hipolyta para que ela a oriente na maneira de lutar e vencer, sem medo das oposições ou humilhações.

sexta-feira, 22 de março de 2013

10 DE MARÇO

Celebração de Al-Lat, Elath ou Alilat, a deusa árabe representando a criação  e a Terra.

Antigamente, Al-Lat era reverenciada em Meca sob a forma de um grande bloco de granito. Mulheres nuas dançavam ao redor da pedra invocando a "Senhora" e pedindo-lhe proteção e abundância. Os juramentos eram feitos em seu nome pois, como a Terra, ela era eterna e indestrutível. Recitava-se esta afirmação: "Eu juro pelo sal, pelo fogo e por Al-Lat, que é a maior de todos".

Al-Lat é uma deusa muito antiga, fazendo parte de uma tríade de deusas do deserto que incluem Al Uzza e Menat. Al-Lat representava a terra, a frutificação e a procriação humana e animal. Al Uzza era a deusa virgem da estrela matutina e Menat era a força do destino, a anciã senhora do tempo e da morte. O culto a Al-Lat foi abolido por Maomé, que transformou a deusa no deus Allah.

Festa de Anna Perenna, a deusa romana com duas cabeças, regente do tempo e da reprodução vegetal, animal e humana. Suas celebrações incluíam danças, libações e rituais de fertilidade para atrair a abundância da terra.  

9 DE MARÇO

Celebração de Ala ou Ane, a Mãe Terra das tribos Ibo na Nigéria, criadora da vida e senhora da morte. Ala cuidava e protegia seu povo, providenciando tudo o que favorecia e sustentava a vida. Ela deu as leis, ensinou os preceitos da moralidade, forneceu os meios para curar as doenças e estava presente no momento em que a alma fazia sua passagem. Nos templos e nas casas nigerianas encontram-se, até hoje, esculturas em madeira representando Ala cercada de crianças ou segurando inhames e uma faca nas mãos, símbolos da vida e da morte. Nas aldeias Ibo, há sempre uma árvore sagrada em que são colocadas as oferendas para Ala, fazendo-se os sacrifícios ritualísticos no início e no fim dos plantios.

Festa de Hsi Wang Mu, a Deusa Mãe do céu do oeste na antiga China, representando o princípio feminino Yin enquanto seu marido, Tung Wang Kung, representava o princípio masculino Yang. Essa deusa vivia em um palácio dourado nas montanhas Kun Lun, onde dava uma grande festa a cada três mil anos e distribuía aos outros deuses os pêssegos da imortalidade. As mulheres veneravam-na, agradecendo-lhe a dádiva da menstruação.

Celebração do casal divino grego, Afrodite e Adônis.

8 DE MARÇO

                      
Parabéns Mulheres, filhas da Grande Mãe, responsáveis
pela volta das Deusas à Terra e pela manutenção da
chama do amor e da fé no coração da
humanidade.


Dia Internacional da Mulher, data escolhida em lembrança a uma série de manifestações em protesto a um incêndio ocorrido em 1857, em Nova Iorque, em uma fábrica onde as operárias trabalhavam em condições desumanas.

Dia propício para lembrar as vítimas da opressão e da violência, passada e presente e celebrar o fortalecimento crescente das mulheres.

Dia da Mãe Terra na China, a antiga deusa ancestral Di Mu ou Di Ya, celebrando-se as dádivas da Terra com paradas nas ruas, fogos de artifícios, danças e músicas. As pessoas ofertavam "presentes de aniversário" para a Mãe Terra, colocando moedas, flores, incenso e bonecas de papel em buracos abertos e depois cobertos com terra, agradecendo-se por tudo aquilo que ela lhes dava.

7 DE MARÇO

Anthesteria, inicio da festa grega das flores e do vinho dedicada à deusa Flora e ao deus Dioniso. No primeiro dia, degustava-se o vinho da safra nova. No segundo, levavam-se guirlandas de flores aos templos. No terceiro, festejava-se o casamento sagrado entre o Deus e a Deusa, representados pelo Rei e pela Sacerdotisa, reverenciando-se ao final os ancestrais.

Em Roma, comemorava-se Junonália, procissão em homenagem à deusa Juno, a padroeira das mulheres e dos casamentos, Vinte e sete moças vestidas com túnicas brancas carregavam a estátua da deusa, feita em madeira de cipreste. Elas cantavam hinos e eram seguidas pela multidão, que levava oferendas de frutas e flores ao templo de Juno.

Antiga celebração do Dia das Mães na Inglaterra, quando presenteavam-se as Mães com pão fresco e sidra, reminiscencias das antigas celebrações das deusas da terra.

Faça um bonito arranjo de flores e frutas, incluindo alguns lírios brancos ou amarelos. Coloque ao lado algumas penas de pavão, alguns búzios e um prato branco com figos cobertos de mel. Invoque a deusa Juno para que ela abençoe e proteja sua família e seu relacionamento.  

6 DE MARÇO

Dia de Marte, o deus romano da guerra. Neste dia, celebravam-se também os deuses protetores dos lares.

Na Grécia pré-patriarcal, a precursora de Marte foi a deusa da guerra Enyo, "A Destruidora", transformada depois em sua filha e sua auxiliar nas operações de guerra.

Véspera de Junonália, em Roma, a celebração das mulheres e moças. Este dia era considerado nefasto devido à influência belicosa de Marte e, para amenizar os influxos deste dia, exaltava-se a paz e faziam-se preces e oferendas para as deusas Vênus e Juno.

Reverenciava-se, também neste dia, Eris, filha de Hera e Zeus, irmã de Ares, padroeira da guerra e da discórdia e chamada pelos romanos de Discórdia. Suas filhas, as Androktiasi, simbolizavam o sofrimento, a disputa, a fome, a chacina, a luta, a infração das leis e a matança. Os gregos lhes faziam oferendas para que se mantivessem afastadas de suas vidas.

Tenha cuidado neste dia! Evite qualquer empreendimento arriscado ou precipitado e fique atenta às energias belicosas, suas e dos outros. Mantenha-se afastada das interferencias e influencias marcianas. Procure relaxar e meditar, buscando os meios para manter seu equilíbrio. 

5 DE MARÇO

Celebração de Ísis, a deusa egípcia dos mil nomes, senhora da Lua e mãe do Sol, rainha da Terra e das estrelas, doadora da vida e protetora dos mortos. Filha primogênita da deusa do céu Nuit, irmã e esposa de Osíris, seu dia era comemorado com muita alegria, música e danças.

Em Roma, neste dia, celebrava-se Navigium Isidi, o dia em que a deusa Ísis abria o mar para a navegação, oferecendo sua benção aos navegantes.

Visualize Ísis como uma linda mulher com longos cabelos negros, pele morena, os olhos brilhando como duas contas de ônix, usando um vestido ricamente bordado com esmeraldas e rubis, adornada com uma tiara e várias pulseiras de ouro, estendendo suas asas iridescentes sobre você. Sinta-se aceita e amada, abrindo-lhe seu coração em uma prece profunda e sincera, pedindo-lhe que a abençoe e proteja sempre.

Na Austrália reverencia-se Julunggul, a deusa da fertilidade, representada como a serpente do arco-iris e relacionada à água doce ou salgada. Da mesma forma que Oxumaré na Africa, Julunggul pode se manifestar ora como mulher, ora como homem, ora andrógina.

Celebração, no Haiti, da deusa Aida Wedo, a deusa serpente do arco-iris. Ela desliza sobre a terra prometendo riquezas, manifestando-se na lenda do tesouro enterrado ao pé do arco-iris.

4 DE MARÇO

Dia de Rhiannon, celebrada na Irlanda e no Pais de Gales. Originariamente chamada de Rigatona, "A Grande Rainha", esta bonita deusa galesa regia tanto a alegria e o amor quanto a noite e a morte. Andava em um cavalo branco veloz, vestida com um manto de penas de cisne e acompanhada por pássaros mágicos, cujo canto acordava os mortos e adormecia os vivos. Rhiannon viajava pela Terra levando aos homens os bons sonhos e os pesadelos.

Antiga comemoração de Mora, a deusa eslava do destino. Como doadora da vida, ela era uma mulher alta e com pele branca; como a mensageira da morte, tinha a pele negra, olhos de serpente e patas de cavalo. O mesmo nome - Mora - pertencia a um Espirito Ancestral da antiga Alemanha, que atormentava as pessoas com pesadelos e se apresentava como uma égua negra ou como um morcego enorme.

Na Grécia dedicavam-se, neste dia, oferendas a Perséfone e Hecate, reverenciando seu poder protetor na passagem das almas para o mundo subterrâneo.

sábado, 9 de março de 2013

3 DE MARÇO

Hina Matsouri, o festival japonês das bonecas, celebração das três Deusas-Meninas Munakata, No-Kama e Hina Matsuri, filhas de Amaterasu, a Deusa do Sol. Neste dia, são feitos arranjos com bonecas em local de destaque da casa, sendo cercados de flores de cerejeira e comidas tradicionais (bolos de arroz "mochi"). As meninas recebem kimonos novos, bonecas vestidas em trajes tradicionais e doces.

Todas as meninas japonesas têm bonecas especiais, guardadas apenas para os arranjos deste dia, sem poder brincar com elas durante o resto do ano. As bonecas representam as ancestrais e também os valores tradicionais de dignidade, lealdade e tranquilidade, servindo como modelos a serem seguidos.

Nos templos de Osaka, as pessoas passam por rituais de purificação e oferecem bonecas às Deusas, orando pela saúde de suas filhas. Outras bonecas são "imantadas" com as doenças ou mazelas das pessoas, colocadas em barcos, sendo levadas em procissão até o mar e entregues às águas. Acredita-se que, à medida que os barcos afundam, as pessoas ficarão livres de seus males, transferidos para as bonecas.

Celebração das Deusas Tríplices de várias tradições.

Festeje sua criança interior, dando-se um presente condizente, como uma boneca ou um bicho de pelúcia, revendo seu álbum de fotografias e identificando suas antigas carências e as "compensações" atuais. Extravase, chorando ou rindo muito. Brinque um pouco e permita-se ser mais solta, menos rígida ou crítica em relação a si mesma. Seja gentil com sua criança interior. Prometa-lhe ouvi-la com mais atenção e amá-la sem restrições. Comemore esse reencontro deleitando-se com um sorvete ou bolo de chocolate.

2 DE MARÇO

Antiga comemoração de Maddar-akka, "A Velha", a deusa finlandesa da terra, da natureza, da cura e da magia. Mãe das deusas Juks-akka, Sar-akka e Uks-akka, ela era a padroeira dos partos e guardiã das almas das crianças até que elas estivessem prontas para nascer. Neste momento, ela transferia essa tarefa para Sar-akka (se a criança fosse do sexo feminino) ou para Juks-akka (se fosse do sexo masculino). A deusa Uks-akka podia mudar o sexo da criança antes dela nascer, de acordo com sua vontade.

Celebrava-se também Paivatar, a deusa virgem solar finlandesa que, segundo os mitos, fiava a luz do dia com os fios dourados do Sol. Vestida com uma túnica dourada, seu fuso era de ouro, assim como a carruagem na qual atravessava o céu.

Celebração na Bulgária da Vovó Março, uma das representações da deusa Anciã. Acreditava-se que, se as mulheres trabalhassem neste dia, a Vovó Março enfurecia-se e destruía as colheitas. Por isso, as mulheres passavam o dia orando e pedindo à Deusa a benção para que as colheitas fossem fartas.

Dia dedicado à deusa celta Ceadda, a guardiã das fontes sagradas e das águas medicinais e de Ceibhfhionn, a deusa irlandesa senhora da inspiração e da criatividade, guardiã da fonte do conhecimento que vigiava os homens para que não bebessem desta fonte sem sua permissão.

quarta-feira, 6 de março de 2013

1º DE MARÇO

Dia dedicado à deusa greco-romana Héstia ou Vesta, a guardiã da chama sagrada e protetora da família e da comunidade. Neste dia, os gregos renovavam em suas lareiras o fogo perpétuo, invocando a proteção de Héstia para seus lares.

Aproveite esta data e invoque a benção de Vesta para seu lar, acendendo uma vela branca e oferecendo à Deusa um pão (feito em casa) e um pouco de sal, em um prato branco virgem. Purifique sua casa queimando um tablete de canfora, mentalizando a queima das larvas astrais e mentais e a remoção dos maus fluidos. Reúna seus familiares e, de mãos dadas, orem pedindo harmonia e proteção. Em seguida, compartilhem do pão e do sal, deixando um pouco para colocar na terra.

Chisungu, ritual de iniciação feminina na Zâmbia. Começam neste dia e duram por algumas semanas as cerimonias de preparação das meninas para a entrada na puberdade. As moças permanecem reclusas, recebendo alimentação especial e os ensinamentos da "condição feminina" e das tradições dos antepassados. Em certas sociedades matrilineares africanas, ainda se preservam estes antigos ritos de passagem, infelizmente esquecidos e ignorados pelos países "civilizados", porém tão necessários para marcar essa importante transição na vida da menina-moça.

Na Romênia, neste dia, os namorados e amigos se presenteiam com pequenos medalhões ou berloques, presos com uma trança muito fina feita de fios de seda vermelhos e brancos. Antigamente, em vez dos enfeites prontos, as moças teciam minúsculas estrelas de cinco pontas ou de sete pontas nas mesmas cores, presenteando seus noivos ou maridos. Ninguém sabe ao certo o significado verdadeiro mas acredita-se que é um "sinal da primavera" e, possivelmente, uma reminiscência dos antigos ritos de fertilidade: o vermelho do sangue menstrual e o branco do sêmen criando a vida.

Celebração romana Matronália, dedicada à deusa Juno Lucina, a protetora dos recém-nascidos, das mulheres e da família.

MARÇO

Mês dedicado ao deus romano Marte ou Marvos, padroeiro da guerra e da agricultura. Marte apresentava-se sob três aspectos: como deus da guerra, chamava-se Gradivus; como deus silvestre dos campos e dos bosques, Silvanus e como padroeiro do estado romano, Quirinus. Sua consorte era Nerine ou Nereis, a deusa da guerra, equivalente à deusa romana Bellona.

Na Irlanda, este mês era chamado Mian Mharta, enquanto os saxões o chamavam Lentzinmonath, o mês da renovação. No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Nuin e a árvore é o freixo. O lema do mês é: "liberte-se das amarras e livre-se dos conflitos".

As pedras sagradas deste mês são o jaspe sanguíneo e a água-marinha. As divindades regentes são Marte, Vesta, Rhiannon, Ísis, Juno, Flora, Anna Perena, Ua Zit, Rhea, Astarte, Athena, Eostre, Sheelah Na Gig, Cibele, Bast, Maat, Ártemis, Ishtar e Anu.

Os povos nativos nomearam este mês de várias formas: Lua da Tempestade, Lua dos Ventos, Lua do Arado, Lua das Sementes, Lua do Corvo, Lua da Seiva e Mês da Renovação.

Para os romanos, este mês representava o início do Ano Novo, começando no equinócio da primavera, em torno do dia 21, data mantida até hoje como o início do Ano Zodiacal. Os gregos renovavam o fogo sagrado em suas lareiras, invocando a proteção da deusa Vesta para seus lares.

As mulheres romanas louvavam neste mês a deusa Juno Lucina, a protetora das crianças, das mulheres e das famílias. Na Grécia antiga, comemorava-se a chegada da primavera com competições esportivas e artísticas dedicadas à deusa Athena, com a festa das flores Anthesteria homenageando a deusa Flora e com as procissões de Junonália, para a deusa Juno.

Em Canaã celebrava-se a deusa Astarte com oferendas de ovos pintados de vermelho, simbolizando o despertar da natureza e a energia de um novo ciclo. Também na Europa, faziam-se oferendas de ovos coloridos para a deusa da fertilidade e do renascimento Eostre, cujo nome originou a palavra anglo-saxã Easter (Páscoa) e a raiz do nome do hormônio feminino, estrogênio. Nos países celtas, celebravam-se várias deusas: Rhiannon, do amor; Sheelah Na Gig, da sexualidade e Anu, da abundância.

As comemorações da deusa romana da terra, Cibele, reencenavam os antigos mistérios da morte/renascimento, representados pela ressurreição de seu filho e consorte Attis, enquanto que as celebrações da deusa Anna Perena visavam atrair a fertilidade, a prosperidade e a abundância da terra. No Egito, comemorava-se Ísis, a deusa dos mil nomes; Bast, a deusa solar; Ua Zit, a deusa serpente e Maat, a deusa da justiça.

No Japão, o festival dos bonecos Hina Matsuri homenageava as Deusas-Meninas, enquanto que na China comemorava-se a deusa do céu Hsi Wang Mu e na Índia as mulheres reverenciavam Gauri, a protetora dos casamentos.

O festival inca Pacha Puchy era dedicado ao amadurecimento da terra e das colheitas.

Neste mês celebra-se, na tradição Wicca, o Sabbat Ostara ou Alban Eilir, comemorando o renascimento da natureza e o desabrochar da vegetação, o crescimento e a renovação.

Para contra balançar as energias tempestuosas e belicosas marcianas recomendam-se, neste mês, exercícios de equilíbrio e centramento pessoal, bem como a renovação e a harmonização nos relacionamentos (afetivos ou profissionais). É um mês adequado para iniciar uma terapia corporal bio energética, desbloquear, liberar ou transmutar os sentimentos de raiva e belicosidade, reconhecer e se libertar das amarras ( hábitos mentais ou comportamentais, dependências, padrões repetitivos, complexos e fobias) e iniciar novos projetos e empreendimentos.

segunda-feira, 4 de março de 2013

29 DE FEVEREIRO

Segundo antigas lendas irlandesas, neste dia as mulheres poderiam propor casamento a seus namorados ou escolhidos. As monjas do Santuário de Santa Brighid, em Kildare, tentaram reivindicar esse direito e São Patrick permitiu-lhes essa  "liberdade de escolha" somente a cada sete anos. Face à insistência de Santa Brighid, o prazo foi reduzido para quatro anos, correspondendo aos anos bissextos.

A escritora e militante feminista Zsuzsanna Budapest vê nesta história o conflito criado entre a antiga cultura da Deusa - que considerava todos os atos de amor manifestações de sua essência - e a repressão eclesiástica patriarcal - que impedia a liberdade de expressão e de escolha das mulheres.

Dia dedicado à deusa Brighid, reforçando, assim, sua proteção no início e no fim deste mês, nos anos bissextos.

28 DE FEVEREIRO

Celebração, na Pérsia, da deusa da terra Zamyaz ou Zamyna, chamada de "o gênio da terra". Reverenciam-se várias deusas da terra e dos grãos, em várias partes do mundo, como Ceres, Deméter, Gaia, Tellus Mater e A Mãe do Milho.

Prepare, você também, uma pequena oferenda para a Mãe Terra. Coloque em um prato cevada ou trigo em grão e enfeite com folhas de louro e várias moedas. Acenda uma vela verde ou marrom e um incenso de louro ou patchouli. Acrescente algumas pedras ou um cristal, um pouco de terra vegetal e leve a oferenda a uma mata ou deixe-a sob uma árvore.

Medite um pouco a respeito de sua contribuição em favor da Terra, agradecendo à Mãe por seu sustento e por sua saúde, orando por todos aqueles que ainda não despertaram para a necessidade de zelar ou proteger a integridade de nosso planeta e do meio ambiente

Celebração de Erzulie, a deusa haitiana do amor e da sexualidade. Em seu aspecto benéfico, a deusa era a protetora dos namorados, porém, em seu aspecto escuro, ela promovia ciúmes, discórdias e vinganças.

Comemoração de Dione, antiga deusa pré- helênica, regente da sexualidade e da inspiração. Com atributos semelhantes a Juno e Diana, Dione foi, posteriormente, transformada em uma Oceânide.

27 DE FEVEREIRO

Dia da Anciã, uma das manifestações da Deusa Tríplice, detentora da sabedoria. A Anciã podia ser representada por inúmeras deusas, como Morrigan, Baba Yaga, A Mulher que Muda, Befana, Hecate, Cailleach, Edda, Hel ou Sedna. Esse aspecto da Deusa corresponde aos rituais de mudança e transformação, aos períodos de transição e à sabedoria da mulher pós- menopausa que, ao guardar seu sangue, adquire novas habilidades psíquicas, mentais e espirituais.

Celebração da deusa grega da natureza e do tempo Pyrrha, a filha da deusa da terra Pandora. Originariamente, Pandora - cujo nome significa "A Doadora" - era a própria terra, sua energia alimentando as plantas, os animais e os homens. Sob o nome de Anesidora - "aquela que dá as dádivas" -, a deusa era representada como uma mulher gigante saindo da terra por um túnel aberto com machados de pedra pelos gnomos. Com o advento da sociedade patriarcal, Pandora foi transformada em uma vilã, responsável por ter aberto a caixa com todos os males do mundo, assim como Eva, considerada no Velho Testamento como a causa original do pecado e dos males da humanidade.

26 DE FEVEREIRO

Dia de Hygéia, deusa dedicada à cura e à prevenção das doenças. Originariamente uma deusa do norte da Africa, Hygéia foi, posteriormente, adotada pelos romanos. Era representada como uma mulher robusta, madura, tendo uma serpente enrolada a seus pés.

Hygéia era um dos títulos da deusa Rhea Corônis, designando um de seus fartos seios. O outro seio era chamado de Panacéia, resumindo as qualidades desta Deusa. Posteriormente, os mitos patriarcais transformaram Hygéia e Panacéia nas filhas de Esculápio, o deus da cura.

Aproveite a data e faça uma reavaliação de seu estado de saúde e de seus hábitos alimentares, mentais e emocionais. Assuma um compromisso para cuidar melhor de seu corpo e comece já aquela dieta, exercício físico ou terapia, sem se desculpar ou adiar mais.

Um encantamento antigo nos ensina como nos livrarmos de algum mal específico. Escreva o nome da doença (ou descreva seus sintomas) em um papel verde. Dobre-o várias vezes e enterre-o sob uma planta, pedindo à Mãe Terra que livre você de todo o mal. Se a planta morrer, coloque outra em seu lugar e agradeça-lhe pelo serviço prestado.

Na tradição Wicca, a noite deste dia é chamada de "A Noite do Pentagrama". Para reafirmar sua conexão ou dedicação à Antiga Tradição, coloque um pouco de cinzas (recolhidas da fogueira de Yule) em seu caldeirão. Invoque a Deusa e trace, com seu dedo indicador coberto com as cinzas, o simbolo do pentagrama sobre seu coração assim que o relógio marcar meia-noite. Na falta das cinzas de Yule, recolha as cinzas de ervas sagradas queimadas em seu caldeirão, como sálvia, lavanda, manjericão ou cedro. 

25 DE FEVEREIRO

Dia de Nut, a Grande Deusa do Céu egípcia. Ela era representada como uma figura feminina, formando um arco sobre a terra, seu cabelo caindo como chuva e apoiando-se no céu estrelado.Pintada nos sarcófagos, ela era a Mãe que recebia a múmia, cuidando de seu corpo até a ressurreição

Celebração da deusa germânica da morte e da imortalidade Holla ou Holda, manifestada nos ventos frios do inverno. Ela recolhia as almas durante sua "Cavalgada Selvagem" e preparava os campos para os novos plantios, limpando com seu sopro os resíduos das colheitas anteriores. Há vários mitos e significados atribuídos a esta deusa antiga e complexa. Originariamente, era uma deusa guardiã da terra, das famílias e do fogo das lareiras. Os missionários cristãos transformaram-na no demônio, zeladora do fogo do inferno, padroeira das bruxas e ladra das crianças rebeldes.

24 DE FEVEREIRO

 "Shivaratri", comemoração hindu de Shiva, o deus da destruição e da renovação. Neste dia, as pessoas jejuavam e se reuniam em vigília em seu templo, acendendo lamparinas a óleo e orando a noite toda.

Shiva podia ser representado dançando, cavalgando um touro branco ou ornamentado com cobras e um colar de crânios. Era considerado um deus do ritmo cósmico, da cadeia metabólica e catabólica dos processos vitais e do ciclo nascimento/morte/renascimento. Sua consorte é a deusa Parvati e um de seus filhos é Ganesha, o deus com cabeça de elefante.

Em Roma, "Regifugium", comemoração inspirada em um antigo ritual de sacrifício ou substituição do Rei do Ano para que a terra se renovasse e frutificasse por meio de um novo rei. Este novo rei deveria ser escolhido pela Deusa e coroado por suas Sacerdotisas. Segundo as antigas crenças, quando a terra não produzia ou calamidades naturais aconteciam, a culpa era do Rei. Como sua energia não era mais capaz de fertilizar ou de proteger a terra, ele deveria ser sacrificado ou substituido. Esse ritual foi abolido com o advento das monarquias e da sucessão familiar ao trono.

Celebração nas Antilhas da deusa da fertilidade Attabei, a Criadora Primordial, cultuada por uma casta de sacerdotisas similares às Amazonas e com vários outros nomes, como Attabeira, Momona, Guacarapita,Iella e Guimazoa.