domingo, 14 de outubro de 2012

OUTUBRO

Mesmo após o acréscimo de novos meses, em várias mudanças de calendário, Octem - o oitavo mês do calendário romano antigo -  continuou assim sendo chamado.

Na antiga tradição européia, este mês chamava-se Lua de Sangue devido aos preparativos para o inverno, quando se caçava ou matava os animais que não serviam mais para a reprodução, defumando-se a carne. Na Irlanda, o mês chamava-se Deireadh Fomhair, sendo o nome anglo-saxão Winterfelleth e o nórdico Windurmonath.

Os povos nativos o denominavam de Lua do Sangue, Lua dos Mortos, Lua da Caça, Lua das Folhas que Caem, Lua da Vindima, Lua da Mudança de Estação e Mês do Tempo Mutável.

No calendário druídico, a letra Ogham correspondente é Ngetal e a planta sagrada é o junco. O lema do mês é "prepare-se, pois surpresas ou contratempos estão lhe aguardando".

Os celtas celebravam neste mês Cernunnos, o Deus Cornífero, o caçador, consorte da Deusa e representação do poder fertilizador masculino.

Na Grécia, o mês começava com o Festival da Thesmophoria, reservado apenas às mulheres. Durante três dias, reencenava-se o retorno da deusa Perséfone a seu reino no Mundo Subterrâneo. Invocavam-se também as deusas Deméter e Ártemis para punir todos aqueles que tinham ofendido ou agredido mulheres. As sacerdotisas liam as listas com seus nomes e acreditava-se que os culpados, assim amaldiçoados, morreriam até o final do ano. Durante os rituais da Thesmophoria, eram feitas oferendas de leitões nos altares montados nas frestas da terra, sendo os restos das oferendas do ano anterior misturados à terra recém-arada, invocando, assim, o poder fertilizador de Deméter. Nos países nórdicos, o Festival Disirblot celebrava a deusa Freyja.

Na Índia, celebra-se a deusa Durga, com o festival de quatro dias Durga Puja e a deusa Lakshmi, com o Festival de Luzes Diwalii. Lanternas e lamparinas são acesas por toda a parte e as famílias se reúnem em honra aos pais. Todos resolvem seus conflitos, invocando as bençãos das deusas com cânticos e orações.

No Tibet, comemora-se o fim da estação chuvosa, enquanto que no Havaí, inicia-se um longo festival chamado Makahiki, honrando o deus Lono com competições de dança sagrada (hula), surfe e muitas festas.

No último dia do mês, os celtas celebravam o Sabbat Samhain, o terceiro e último festival da colheita, reverenciando a Deusa em sua face escura, os ancestrais e comemorando o início do Ano Novo. Considerado um festival dos mortos, precursor das atuais homenagens prestadas a eles, Samhain era celebrado com fogueiras, oferendas às divindades e aos ancestrais, além de práticas oraculares.

As pedras sagradas do mês são a opala e a turmalina. As divindades regentes são Deméter, Perséfone, Ishtar, Durga, Lakshmi, Cernunnos, Cailleach, Freyja, Astarte, Ísis, Osíris e Hel.

Guiada pelas antigas crenças e tradições, dedique algum tempo, durante este mês, para descobrir, avaliar e superar suas perdas, sejam elas materiais ou emocionais. Liberte-se das mágoas e dos ressentimentos, cure suas feridas com o bálsamo do perdão, purifique seu ambiente e reverencie seus ancestrais. Encomende um culto aos antepassados, preparando também em sua casa, um altar especial para eles com fotografias, flores e cristais. Cuide de seus túmulos, orando para que encontrem a paz, a luz e a oportunidade para um novo renascimento.

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