sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

RITUAL - FORNACÁLIA OU FESTIVAL DOS FORNOS

Apesar de a Fornacália, ou Festival dos Fornos, que era celebrada em Roma a 20 de fevereiro, ser um período de alegria, é perfeitamente apropriado celebrá-la na fase da Lua Nova. A Deusa da Terra simbolizava o grão plantado que deve primeiro morrer para depois crescer. O caldeirão reciclante da Anciã (o terceiro aspecto da Deusa Tríplice) era frequentemente chamado de forno, simbolizando a formação de energia da matéria, ou do renascimento após a morte.
Como preparativo para está celebração da Lua Nova do Festival dos Fornos, asse um pão ou uma fornada de bisnagas. Se voce não tem habilidades para fazer, então pode optar por massas prontas para assar, à venda em supermercados.

Se possuir um altar, realize este ritual nele. Caso contrário, utilize uma mesa ou bandeja limpa. Coloque uma bisnaga ou fatia de pão num prato no centro da área. À direita, coloque um pires de sal e um cálice de suco ou vinho à esquerda. No centro, atrás do prato com o pão, uma vela preta ou azul bem escuro.
Acenda incenso de mirra. Comece voltando o incenso para o leste. Diga:

"Leste é o local de nascimento, a porta para a nova vida."

Volte-se para o sul e diga:

"Sul é a direção da maturidade, o portal da responsabilidade."

Volte-se para o oeste e diga:

"Oeste é a terra do envelhecer, o inicio do caminho que leva às terras que a memória não recorda."

Pare diante do norte diga:

"Norte é o local da escuridão e da morte, o ponto final do caminho espiralado. Mas é também o inicio da espiral crescente em direção a uma nova vida."

Posicione o incenso no altar. Tome em suas mãos um pedaço do pão e pense sobre as sementes plantadas, os grãos que morreram para renascer na farinha. Deixe seus pensamentos atingirem o ciclo da vida humana: nascimento, crescimento, morte e renascimento do seu próprio corpo.

"A Deusa Donzela e o Deus Fecundante plantam a semente da vida. Eles são plantadores, do mesmo modo que os fazendeiros plantavam o trigo que originou este pão. A Mãe e o Senhor dos Bosques originam a vida, dando a ela a forma necessária. São os moleiros e padeiros, assim como aqueles que conferiram a este pão sua forma única. No momento oportuno, quando a semente da vida estiver amadurecida, o Senhor Escuro e a Dama a ceifarão. Mas tal semente não será destruída. Assim como o fazendeiro que colhe as sementes de trigo para o próximo plantio, o Senhor Escuro e a Dama juntam as sementes de vida em suas mãos e as preparam para o próximo plantio - a próxima vida"

Mergulhe o pedaço de pão no sal:

"Esse sal representa a Terra e as águas da Terra. Toda vida deve ter alimento e água para crescer e sobreviver. Meu corpo foi inicialmente nutrido no ventre da Mãe Escura e regado com seu amor espiritual. Agradeço à Senhora e Seu Senhor por seus cuidados."

Coma o pão salgado. Erga o cálice:

"Assim como a fruta que deve ser colhida e amassada antes de se tornar uma bebida refrescante, todas as vidas devem ser temperadas por desafios e experiências. Nossas essências vitais transformam-se em novas formas, aromatizadas pelo velho ao mesmo tempo que adoçadas pelo novo. Que a Dama e Seu Senhor me confiram coragem para submeter-me a este processo com dignidade, assim como compreensão e orientação para que siga facilmente minha jornada."

Beba do cálice. Se souber utilizar o tarô, runas ou outros oráculos, este é um momento propício para consultar sobre seu futuro no que tange ao desenvolvimento espiritual e nos caminhos de vida de modo geral. Não é um bom período para questionar sobre amor, dinheiro, etc. Após terminar, de pé diante do altar, com seus braços erguidos, diga:

"Assim como sou parte do grão de trigo, sou também parte da Deusa e de Seu Consorte. Todas as criaturas e ciclos de vida estão entrelaçados numa eterna dança cósmica. As portas de todos os mistérios estão dentro de mim. Confiram-me a sabedoria para escolher o momento certo de abri-las"


Deixe o pão e o cálice no altar por algum tempo, para que os espíritos da Natureza possam desfrutar deles. Em seguida, deixe o pão do lado de fora da casa, para os pássaros e animais, e livre-se do vinho.








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