Originalmente, o nome deste mês era Junonius, em homenagem a Juno, a deusa romana padroeira dos casamentos e das mulheres. Equivalente à deusa grega Hera. Juno era invocada nos casamentos para garantir a felicidade duradoura por seu aspecto de padroeira e protetora das funções e atributos femininos. Por isso, antigamente, as mulheres procuravam casar neste mês, tradição mudada pela Igreja Católica para o mês de maio, apesar da crença antiga de que casar neste mês traria azar.
Como governante da estação mais clara e quente do ano, Juno era a contraparte luminosa de Janus, o regente do mês de janeiro.
No hemisfério norte, durante este mês, percebia-se um acréscimo de energia psíquica, favorecendo a aproximação e o intercâmbio com os seres elementais e os espíritos da natureza, que poderiam se tornar acessíveis e visíveis desde que devidamente agradados e invocados.
Os nomes antigos deste mês eram Meitheamh para os irlandeses, Aerra Litha para os anglo-saxões e Brachmonath para os nórdicos. No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Tinne e a planta sagrada é o azevinho, O lema do mês é "energia e poder de decisão para enfrentar problemas e obstáculos". As pedras sagradas deste mês são a ágata, a pedra da lua, a alexandrita e a pérola. As deusas regentes são Juno, Carna, Cardea, Danu, Vesta, Anahita, Epona, Cerridwen e Kupalo.
Os povos nativos chamavam este mês de Lua dos Amantes, Lua de Mel, Lua dos Morangos, Lua da Rosa, Lua dos Prados, Lua do Sol Forte, Lua dos Cavalos, Lua da Engorda e Mês do Intervalo, entre outros.
No calendário rúnico, este mês é regido pela Runa Dagaz, que representa a "porta do ano", o portal para os mundos internos, a abertura que permite a entrada daquilo que é benéfico e obstruí a entrada das coisas ruins. Por isso, Junho era considerado a "porta do ano", abrindo os canais para o Sol entrar, fortalecendo as energias e consolidando os ganhos.
Neste mês, os povos europeus celebravam o Solstício de Verão com vários rituais, encantamentos, praticas oraculares, festas, fogueiras, danças e feiras. Nos países eslavos, o nome dos festivais variava (Kupalo, Jarilo, Kostroma, Sabotka, Kreonice ou Vajano), mas sua tônica era a mesma.
No Egito, durante a lua cheia, homenageava-se a deusa Hathor com o festival de Edfu. A procissão com a estátua da deusa, retirada de seu templo de Dendera durante a lua nova, culminava com sua chegada no templo de Horus, em Edfu, para o casamento sagrado destas divindades. Durante as faustosas celebrações, muitos casais aproveitavam os influxos auspiciosos do evento para imitar o exemplo dos deuses e se casar. A deusa lunar Hathor regia o amor, a beleza, a união e a fertilidade e, casar-se durante sua celebração na lua cheia, garantia suas bênçãos para o casal.
Também no Egito, celebravam-se as deusas Ísis e Neith com o Festival das Lanternas, enquanto que na Índia, um festival exclusivo de mulheres homenageava a deusa Parvati.
Na Grécia antiga, durante a lua nova, celebrava-se Ártemis - a deusa lunar padroeira das florestas e dos animais -, as Horas - deusas menores das estações - e as Dríades - as ninfas das árvores. Em Roma, comemoravam-se as deusas Carna - da saúde -, Cardea - a protetora das casas - e Hera e Vênus - as padroeiras das mulheres e do amor.
Os povos nativos norte-americanos festejam, neste mês, o retorno dos Kachinas, os espíritos ancestrais da natureza para sua morada subterrânea, após terem proporcionado o crescimento da vegetação. Os incas celebravam Inti Raymi, a grande Festa do Sol e a gratidão pela colheita do milho.
Guiada por todas essas informações das antigas celebrações, procure se fortalecer, reforçando suas características positivas, assumindo responsabilidades e tomando decisões. Abra uma nova porta para a entrada das energias luminosas e benéficas, celebre o solstício, o Sol e a Lua e reverencie as forças da natureza, entrando em contato com os seres elementais.
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