No tempo dos gregos e romanos, Cibele era chamada de A Mãe dos Deuses. O grande Sófocles a chamava de Mãe de Tudo. Seu culto teve início na Anatólia Ocidental e na Frigia, onde era conhecida como "A Senhora do Monte Ida", e estendia-se até a Grécia e Roma. Cibele era a deusa dos mortos, da fertilidade, da vida selvagem, agricultura, leis e da Caçada Mística. Tamborins, pratos e tambores, lhe eram sagrados.
Desde os primórdios e avançando nas religiões patriarcais, a Lua Nova simboliza predição, iluminação, mistérios sagrados e muitas das energias de cura. Esta fase da lua era também relacionada ao Submundo e às serpentes. Serpentes vivem normalmente em buracos escuros, e muitas culturas antigas consideravam suas tocas como um elo com o Submundo, o que tornava as serpentes animais sagrados.
Por volta do século V, uma estátua de Cibele sentada em um trono e flanqueada por leões foi erguida em seu templo em Atenas. Os romanos decoravam suas estátuas com rosas.
Cibele possuía seus próprios Mistérios Sagrados - pelos quais a rosa tornou-se um símbolo da reencarnação e do mundo secreto da deusa - do mesmo modo que as deusas Perséfone e Deméter. Seu culto, suas cerimônias eram celebradas à noite, pois ela era a Rainha da Noite. Era também conhecida por possuir uma profunda sabedoria a qual compartilhava apenas com seus seguidores legítimos.
Há muitas lendas acerca da relação de Cibele e Attis. Algumas historias contam sobre como ela encontrou o garoto abandonado que cresceu para se tornar seu amante, e que mais tarde morreria acidentalmente durante uma caçada. Outra historia diz que o belo Attis era o neto/amante de Cibele. Encontrar mulheres que sucumbissem a seus encantos não era problema para Attis. Quando Cibele descobriu, seu ciúme doentio o enlouqueceu; ele decepou seus órgãos genitais com uma foice em lua num acesso de remorso. Todas as lendas terminam da mesma forma: Cibele vela por ele até que ele renasce.
Março era o período dos Mistérios de Cibele-Attis. A morte e o renascimento de Attis formavam a parte principal dessas cerimonias secretas e sagradas. Durante a procissão pelas ruas, não era raro ver jovens rapazes devotos que, tomados pelo frenesi do momento, castravam a si mesmos. Todos os sacerdotes de Cibele eram castrados em homenagem a Attis. Muito antes do advento do deus solar Mitra, Cibele era honrada com o sacrifício de touros e pelo batizado de seus seguidores com o sangue do touro.
Quando Attis renasceu, Cibele voltou a ser feliz, como atestam as alegres celebrações finais de seus Mistérios de Primavera. Esse alegre festival era chamado de Hilária.
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