terça-feira, 8 de outubro de 2013

FAUNO DOS BOSQUES






Fauno era uma deidade romana dos campos, bosques, pastores e da profecia. Sua aparência lembrava em alguns aspectos o Pã grego, com seus curtos chifres, orelhas pontudas e pés com cascos. Antigas descrições dizem que Fauno possuía as pernas e a cauda de um gamo e o corpo de pele suave, os braços e a face de um belo jovem. A ele atribui- se a invenção da charamela, uma espécie de flauta.
Seus seguidores, os faunos, eram belos jovens com pequenos chifres e orelhas pontudas, mas não necessariamente seus pés tinham cascos. Ao contrario de Pã e seus seguidores, Fauno e seus faunos eram criaturas gentis que apreciavam dançar com as ninfas dos bosques. Não constituíam ameaça às mulheres humanas. Fauno toca gaita e enche os bosques e campinas com sua musica envolvente. Era neto de Saturno.
Outro de seus nomes era Lupercos; era honrado na celebração da Lupercália, durante a qual seus sacerdotes executavam os ritos nus. Esta celebração da Lupercalia com um aspecto da deusa Juno mostra sua forte conexão com a terra, os animais e humanos. Representa a muito antiga força primitiva necessária para fertilizar e equilibrar a Grande Deusa.
Nós, humanos, devemos honrar os poderes de Fauno/Pã na Terra e dentro de nós mesmos, ao invés de aceitar a vergonha geralmente associada a esses poderes. No entanto, sempre havia um propósito por trás das ações de Fauno; ele não cedia a conquistas sexuais descontroladas apenas para ver quantos parceiros poderia ter. Ele não desperdiçava seus poderes, mas os utilizava com sabedoria e visando a bons resultados. Ao mesmo tempo, Fauno conhecia os prazeres a serem experimentados na vida, não apenas através do sexo, mas também da musica. Ele expressa esse prazer quando alguém preparado penetra seus domínios mais interiores buscando por iniciação espiritual.
Havia outro lado de Fauno, assim como Pã. Ele podia incutir as terríveis e obscuras emoções do panico irracional nos humanos e animais que invadissem suas áreas especiais sem seu consentimento. Ele normalmente assume este aspecto quando tentamos penetrar nos domínios do Outro Mundo para os quais ainda não estamos preparados. O medo cego e o panico que tal pessoa sente faz com que se retire imediatamente. Tais emoções foram criadas para proteger àqueles que não compreenderiam as experiências místicas ou delas se beneficiariam, ou que buscam tais experiências pelas razões erradas.

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