quinta-feira, 31 de outubro de 2013

HISTORIA DO HALLOWEEN

O Halloween é uma celebração anual muito comum em vários países. Mas que celebração é essa? E onde esse evento tão peculiar teve origem? Será um tipo de culto às coisa do mal? Ou será somente a continuidade de um rito pagão antigo? Apesar de ser um acontecimento tradicional em países como os Estados Unidos, o Reino Unido, dentre outros, o Halloween no Brasil começou a ser comemorado somente a poucos anos e, mesmo hoje ainda está restrito às capitais e grandes cidades.

A palavra Halloween tem sua origem na igreja católica e vem da contração feita de maneira errada da expressão "All Hallows Eve" que significa Dia de Todos os Santos, e corresponde ao dia Primeiro de Novembro, que no catolicismo é o dia de reverencia aos Santos mortos.  Mas no 5º Século Antes de Cristo, na Irlanda Céltica, o verão terminava oficialmente no dia 31 de outubro. Esse dia marcava o início do ano céltico e era comemorado com um feriado denominado Samhaim. A história diz que, naquele dia, os espíritos desencarnados de todos aqueles que morreram no decorrer do ano, voltavam na busca de corpos de pessoas vivas nas quais eles habitariam durante o ano que se iniciava. Acreditava-se que essa era a única esperança de vida após a morte (Panati). Os celtas acreditavam que todas as leis de tempo e espaço ficavam suspensas durante este tempo permitindo aos espíritos um inter-relacionamento com os vivos. (Gahagan).

Naturalmente, os que estavam vivos não queriam ser possuídos pelos espíritos dos mortos. Então, na noite de 31 de outubro, os habitantes dos vilarejos apagavam os fogos em suas casas, para torná-las frias e indesejáveis. Eles então se vestiam com roupas fantasmagóricas e realizavam desfiles barulhentos pela vizinhança, sendo tão destrutivos quanto possível, de maneira a assustar e amedrontar os espíritos que estavam a procura de corpos para possuí-los (Panati).

Durante a era  Romana, estes adotaram as práticas célticas como se fossem suas. Porém, na medida em que a crença na possessão foi perdendo terreno, a prática de se vestir como espantalhos, fantasmas e bruxas foi transformada de uma crença religiosa para um cerimonial apenas.

O costume do Halloween foi trazido para os Estados Unidos na década de 1840 pelos imigrantes irlandeses que saiam de seu país pela escassez de seu principal alimento, a batata. Nessa época, a travessura (brincadeira) favorita na Nova Inglaterra (nos Estados Unidos), era escrever sobre as paredes das casas e retirar as trancas dos portões (Panati).

O costume do trick-or-treating (travessura-ou-gostosuras : dê-nos coisas gostosas ou faremos travessuras) parece não ter origem nos célticos mas sim em costume europeu do século 9 chamado "Souling". No dia 2 de Novembro, Dia de Todas as Almas ou Dia dos Mortos, os cristãos andavam de Vila em Vila para ganharem as chamadas "Soul Cakes", ou tortas feitas com pedaços quadrados de pão e groselha. Quanto mais tortas recebiam, mais orações eles prometiam em memória dos parentes mortos daqueles que doavam as tortas. Naquela época, acreditava-se que os mortos permaneciam num limbo por um período de tempo após a morte e, através de orações, mesmo de estranhos, aconteceria a passagem do limbo para o céu.

A Abóbora-lanterna, (em inglês Jack-o-lantern) tem origem no folclore irlandês. Segundo a estória, um homem chamado Jack, que era um notório beberrão e trapaceiro, fez um trato com o Diabo que estava em cima de uma árvore. Jack então esculpiu a imagem de uma cruz no tronco da árvore, como uma armadilha para prender o Diabo onde estava, ou seja, em cima da árvore. Jack fez então um acordo com o Diabo: se ele nunca o tentasse ou atormentasse, Jack apagaria a cruz e o deixaria descer da árvore.

De acordo com o conto, depois que Jack morreu, sua entrada no céu foi negada por causa do seu trato com o Diabo, mas também lhe foi negada a sua entrada no inferno porque ele enganou o Diabo. Então o Diabo deu-lhe uma vela para iluminar o seu caminho através da fria escuridão. Então Jack colocou a vela dentro de um grande nabo, para mantê-la acesa por mais tempo. O nabo foi esculpido para ficar oco e com buracos para dar passagem a claridade emitida pela luz da vela.

Originalmente os irlandeses usaram nabos para fazerem suas Lanternas de Jack. Porém, quando os imigrantes chegaram aos Estados Unidos, eles encontraram as abóboras, muito mais adequadas do que  os nabos e, até hoje, é o símbolo mais marcante do evento.

Então, apesar de alguns cultos e trabalhos satânicos terem adotado o Halloween como seu feriado favorito, o dia não teve origem em nenhuma prática demoníaca como algumas pessoas suspeitam. Ele cresceu a partir dos rituais de celebração do ano novo pelos celtas e de rituais europeus na idade média. Hoje o Halloween é apenas o que cada um faz dele, bem ou mal.

Referencias:
Charles Panati, Extraordinary Origins of Everyday Things, 1987;
Joseph Gahagan, University of Wisconsin-Milwaukee, Personal letter, 1997

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

RECEITINHAS DA BRUXA: BISCOITOS DINAMARQUESES MARRONS

1 xícara de manteiga
1 xícara de açúcar
4 xícaras de farinha
1 colher (chá) de gengibre
1 colher (sopa) de casca de laranja
amêndoas sem casca para decorar
1/2 xícara de melaço
1/4 de colher (chá) de cravos
1 colher (chá) de canela em pó

Bata a manteiga e o açúcar. Acrescente os demais ingredientes. Amasse. Forme dois rolos e resfrie. Fatie os biscoitos bem finos e decore com meia amêndoa. Asse a 135ºC por 8 a 10 minutos. Podem ser congelados para armazenar.

RECEITINHAS DA BRUXA : PONCHE DE ERVAS

Essa é uma boa bebida não alcoólica para ser servida em encontros pagãos ou para qualquer reunião. Agrada até mesmo às crianças.

1 punhado de erva cidreira
2 punhados de borragem
1 punhado de menta
1 xícara de suco de abacaxi  ou de outra fruta
sumo de 6 limões e de 2 laranjas
900 ml de chá forte
2,7 l de gengibirra
xarope feito de 1 xícara de açúcar, fervido com 1/2 xícara de água

Despeje 1,3 litro de água fervente sobre a erva cidreira e deixe em infusão por 20 minutos. Coe o liquido sobre a borragem e a menta. Acrescente os sucos de frutas, o chá e o xarope. Refrigere por pelo menos 8 horas. Coe sobre uma vasilha para ponche. Acrescente gelo, um pouco mais de menta e gengibirra.

ILHAS ENCANTADAS


Na mitologia europeia o assunto mais frequente é o das ilhas dos Abençoados ou ilhas dos Afortunados, localizadas no mar ocidental, além do pôr-do-sol. Os irlandeses parecem ter mais ilhas, ou mais nomes para as mesmas ilhas do que qualquer outro povo. Algumas das mais conhecidas são: Tir Nan Og, o Reino dos Jovens; Tirfo Thuinn, o Reino sob as Ondas; Tire Nam Beo, Terra dos Vivos; Tirn Aill, o Outro Mundo; Mag Mor, a Grande Planície; Mag Mell, a Planície Suave; Tir Tairngire, a Planície da Felicidade.

Essas ilhas são consideradas os lares dos seres encantados, dos deuses ou dos mortos, são, como os nomes sugerem, reinos onde tudo é felicidade, paz e fartura. Não há geadas ou secas, pois é sempre primavera. Não há envelhecimento, doença ou trabalho, porque todas as coisas crescem em abundância sem que seja necessário arar ou semear e sempre há frutas nas árvores.

Os Tuatha de Danann fugiram antes dos irlandeses avançarem. Na terra de Tir Nan Og , os seres encantados tem tudo o que possam desejar... Eles passam o dia festejando, caçando, namorando e ouvindo bela música. Podem até entregar-se com paixão a batalhas, pois aqueles que morreram um dia, podem voltar para curar o próximo.

Algumas dessas ilhas flutuam e algumas ficam submersas, elevando-se acima da superfície somente à noite. Essas ilhas podem permanecer na superfície somente se o fogo ou o aço forem trazidos sobre elas, e Hy-Breasail permaneceu ali depois que um arco de fogo foi queimado sobre ela. Isso ainda afugenta aqueles que a procuram; no entanto, foi marcada em mapas antigos e várias expedições grandes têm sido organizadas pelos mercadores de Bristol, entre outros, para encontrá-la. Geralmente, é descrita como redonda, dividida em duas partes por um rio largo, o que não condiz com o relato de Platão sobre a Atlântida.

Há várias histórias de ilhas fantásticas, como por exemplo, a lenda do visitante Mael Duin que esteve em uma dessas ilhas que ficava vários metros abaixo do nível do mar e que ao seu redor a água esculpia penhascos, e outras mais estranhas ainda, habitadas por bestas monstruosas e sobrenaturais, ornamentadas por construções fantásticas. O rei Artur, viajando em seu navio mágico, Prydwen, visitou muitas dessas ilhas e, embora muitas das mais extraordinárias dessas visões sejam obviamente invenções dos poetas, pode-se agora, seguramente, declarar que a viagem extraordinária de St. Brendan e sua descoberta da ilha de Brendan foram baseadas na realidade.

Foi Manannan, filho de Lir, que como divindade superior do mar, tinha domínio sobre muitas dessas ilhas e foi ele quem convocou Bran, filho de Febal, para Emhain, a ilha das Mulheres. Acredita-se que era um país imenso, sustentado no mar por quatro pilares enormes de bronze, habitado exclusivamente por mulheres bonitas.

Durante a viagem, eles passaram pela ilha do Deleite, lá os habitantes se comportavam como se estivessem drogados, gesticulando, gritando e rindo. Quando um dos homens de Bran aterrissou na ilha, começou a agir da mesma forma, então Bran teve que seguir viagem sem ele.

Ao chegar em Emhain, encontraram muito mais do que esperavam e se divertiram como príncipes. Um ano havia se passado e então começaram a sentir saudade da Irlanda novamente e prometeram obedecer às censuras das mulheres de não colocarem os pés em terra seca, então eles partiram. Quando se aproximaram da costa da Irlanda, Bran chamou alguns dos habitantes e disse-lhes seu nome.

Eles responderam que o único Bran, filho de Febal, que eles conheciam, era aquele cuja viagem à procura da terra das mulheres era o tema de algumas de suas lendas mais antigas. Ao ouvir isso, um dos companheiros de Bran avançou para desembarcar, mas ao tocar na terra seca, imediatamente virou pó. Bran ficou algum tempo perto da praia para contar suas aventuras e então virou os barcos ergueu as velas, partiu e nunca mais foi visto novamente.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

DEUSA ASTARTE

 
Astarte, a Rainha do Paraíso, era conhecida por todo o Oriente Médio, até mesmo entre os hebreus. Era a divindade principal da cidade de Sídon. Outro de seus muitos nomes era Astoreth. Assim como muitas outras divindades lunares, esta deusa era constantemente descrita usando os chifres da Lua Crescente ou tendo uma cabeça de novilha com chifres.
Astarte não era apenas uma deusa lunar do amor, mas também uma deidade da prosperidade. Até mesmo as mulheres de Israel eram admoestadas por oferecer bebidas, incenso e bolos lunares a Astarte. Seus bosques sagrados, onde viviam as sacerdotisas do amor, eram frequentados pelos homens. Os profetas de fogo e enxofre de Israel que tentavam forçar o culto do deus único ao povo só obtiveram sucesso após destruir os templos e cortarem as árvores dos bosques da Rainha do Paraíso. Mas a deusa mergulhou no subsolo para permanecer como parte da nova religião, na pele de Shekinah. Os cristãos ainda a conhecem como Maria, a Rainha dos Céus.
Associada ao planeta Vênus e à Primavera, o seu dia da semana é a sexta-feira e o seu festival ocorre a 23 de Abril. Costuma ser representada nua tendo os seus rituais uma celebração à beleza e sexualidade. Em Sídon existia o culto à Deusa Astarte prestado por sacerdotes e sacerdotisas, no tempo dos romanos, provavelmente trazido pelos comerciantes orientais que habitavam a cidade na época. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

HINO A PÃ (de Mestre Therion)

Vibra do cio subtil da luz,
Meu homem e afã
Vem turbulento da noite a flux
De Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Do mar de além
Vem da Sicília e da Arcádia vem!
Vem como Baco, com fauno e fera
E ninfa e sátiro à tua beira,
Num asno lácteo, do mar sem fim,
A mim, a mim!
Vem com Apolo, nupcial na brisa
(Pegureira e pitonisa),
Vem com Artêmis, leve e estranha,
E a coxa branca, Deus lindo, banha
Ao luar do bosque, em marmóreo monte,
Manhã malhada da àmbrea fonte!
Mergulha o roxo da prece ardente
No ádito rubro, no laço quente,
A alma que aterra em olhos de azul
O ver errar teu capricho êxul
No bosque enredo, nos nás que espalma
A árvore viva que é espírito e alma
E corpo e mente - do mar sem fim
(Iô Pã! Iô Pã!),
Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
Meu homem e afã!
Vem com trombeta estridente e fina
Pela colina!
Vem com tambor a rufar à beira
Da primavera!
Com frautas e avenas vem sem conto!
Não estou eu pronto?
Eu, que espero e me estorço e luto
Com ar sem ramos onde não nutro
Meu corpo, lasso do abraço em vão,
Áspide aguda, forte leão -
Vem, está fazia
Minha carne, fria
Do cio sozinho da demonia.
À espada corta o que ata e dói,
Ó Tudo-Cria, Tudo-Destrói!
Dá-me o sinal do Olho Aberto,
E da coxa áspera o toque erecto,
Ó Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã Pã! Pã.,
Sou homem e afã:
Faze o teu querer sem vontade vã,
Deus grande! Meu Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Despertei na dobra
Do aperto da cobra.
A águia rasga com garra e fauce;
Os deuses vão-se;
As feras vêm. Iô Pã! A matado,
Vou no corno levado
Do Unicornado.
Sou Pã! Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
Sou teu, teu homem e teu afã,
Cabra das tuas, ouro, deus, clara
Carne em teu osso, flor na tua vara.
Com patas de aço os rochedos roço
De solstício severo a equinócio.
E raivo, e rasgo, e roussando fremo,
Sempiterno, mundo sem termo,
Homem, homúnculo, ménade, afã,
Na força de Pã.
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!

    Fernando Pessoa


- O "Hino a Pã" é uma tradução do Hymn to Pan, do prefácio do livro "Magick in Theory and Practice", de Aleister Crowley. Esta tradução foi publicada em outubro de 1931 em "Presença", de Pessoa.
(*) Mestre Therion é um dos nomes mágicos de Aleister Crowley.



Pã é o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na mitologia grega. Reside em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. É representado com orelhas, chifres e pernas de bode, amante da música, traz sempre consigo uma flauta. É temido por todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que é atribuídos a Pã; daí o nome pânico.
Os latinos chamavam-no também de Fauno e Silvano e tornou-se símbolo do mundo por ser associado à natureza e simbolizar o universo.
Em Roma, chamado de Lupércio, é o deus dos pastores e de seu festival, celebrado no aniversário da fundação de seu templo, denominado de Lupercália, nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro. Pã é associado com a caverna onde Rômulo e Remo foram amamentados por uma loba. Os sacerdotes que o cultuavam vestiam-se de pele de bode.
Nos últimos dias de Roma, os lobos ferozes vagavam próximos às casas. Os romanos então convidavam Lupercus para manter os lobos afastados.
Pã, era uma deidade amorosa cuja atividade predileta era perseguir e seduzir mulheres. Um dia, Syrinx, a filha do deus fluvial Ladon, caminhava pela margem do rio próxima aos bosques de Pã. Quando Pã a avistou, ele saiu em seu encalço, perseguindo por algum tempo a assustada ninfa. Por fim, quando estava perto o suficiente para alcança-la, a ponto de Syrinx poder sentir sua mão áspera e ouvir sua respiração em seu ouvido, ela gritou pedindo que seu pai a socorresse. O deus do rio a transformou então num feixe de juncos à margem do rio, próximo da água.
Incapaz de reconhecer sua derrota, Pã aguardou por um longo tempo, esperando que ela voltasse à sua forma original, o que jamais aconteceu. Por fim, o deus dos bosques cortou alguns dos juncos e os amarrou uns aos outros, lado a lado, com uma das extremidades fechadas. Quando assoprou por cima da extremidade aberta superior, percebeu ter produzido uma bela melodia. Desta forma, foi criada a Flauta de Pã.
Apesar de passar a ser representado como um ser lascivo após o domínio patriarcal, ele originalmente simbolizava simplesmente as forças masculinas da natureza. Era um filho da Terra, uma deidade da fertilidade, o Pequeno Deus. Os cristãos o transformaram em seu principal demônio.

domingo, 27 de outubro de 2013

AINE, RAINHA DAS FADAS

 
 
Aine era uma deusa primária na Irlanda dos celtas, associada ao Solstício de Verão e soberana da terra e do sol, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. 
O nome de Aine significa prazer, alegria, esplendor.
É irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos e era também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas Ana (Anu, Danu ou Don). Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício.
Os pagãos acreditavam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vinham a Terra em grande quantidade, pois era um período de grande equilíbrio entre Luz e Trevas. Se estivessem em paz com eles, acreditavam que, ao ficar de pé no centro de um anel-das-fadas seria possível vê-los. Era um período excelente para fazer amizade com as fadas e outros seres do gênero. 
Rainha dos reinos encantados e mulher do Lado, Aine era a Deusa do amor, da fertilidade e do desejo. Era filha de Dannann, e esposa e algumas vezes filha de Manannan Mac Liir, e mãe de Earl Gerald. Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos eram "A égua vermelha", plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.
Existem duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem ritos em honra a fada Aine. Uma, a três milhas a sudoeste, é chamada Knockaine, em homenagem a esta deusa. Nessa colina possui uma pedra que dá inspiração poética a seus devotos meritórios e a loucura à aqueles que são por Ela rejeitados.
Aine, a Deusa-Fada, segundo a tradição celta ajudava os viajantes perdidos nos bosques irlandeses. Diziam que para chamá-la bastava bater três vezes no tronco de uma árvore com flores brancas. Sempre que se sentiam "perdidos".

GREEN MAN


Existe um entalhe fascinante entre as antiguidades inglesas: um rosto que espia por entre folhas e vinhas. É o Homem Verde, uma misteriosa deidade dos bosques que cuida das florestas e especialmente de todas as variedades de árvores. Diz-se que ele tem forma humana, tez verde e se veste com folhas e cascas de árvore. Para aqueles que destroem indiscriminadamente bosques e árvores, o Homem Verde é um espírito maligno. Para aqueles que amam e usam de modo sábio as árvores, ele é uma tímida entidade que encoraja o crescimento da árvore. Segundo a lenda, ele oculta tesouros sob suas árvores frutíferas, mas torna a ocultá-los se os fazendeiros arrancam as árvores de seus pomares em busca dos tesouros.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

RELAÇÃO DOS BRUXOS COM SUA RELIGIÃO

A Bruxaria orienta que os poderes mágicos são latentes à todas as pessoas, porém devido ao nosso modo de vida estes poderes se atrofiaram. O que Bruxaria faz é desenvolver e ampliar esta força, assim como ensinar e auxiliar à providenciar uma atmosfera propícia na qual eles possam se manifestar.

Os Wiccanianos são praticantes de uma Religião tão antiga quanto o próprio mundo, por isso muitas das práticas e ritos têm sido adaptados à realidade de nosso mundo.

Bruxos são pessoas das mais variadas idades, posição social e raça que têm em comum uma Religião voltada ao reencontro de um caminho espiritual harmônico com a Terra e com as manifestações da natureza.

Os Wiccanianos são universalmente caracterizados pelo amor incondicional à natureza. Os pagãos acreditam que a volta da ligação com a natureza é o único caminho para uma vida harmônica e equilibrada, por isso todos os Ritos sagrados da Bruxaria estão centrados na Estação do Ano e fases lunares.

Os Bruxos provavelmente são os precursores dos movimentos ecológicos e de inúmeros outros movimento sociais que lutam e reivindicam igualdade entre os homens. A alegria e a satisfação de viver são as bases da Bruxaria, pois ela é uma Religião de amor e prazer que permite a manifestação da individualidade como é sentida, mas que também encoraja a responsabilidade social e ambiental.

Os Bruxos não acreditam no dualismo de opostos absolutos do “bem contra o mal”. A Bruxaria ensina que todas as coisas existentes têm o seu próprio lugar e funções e que devemos nos empenhar em harmonizar todas as coisas.

A Bruxaria tem sua própria filosofia sobre a reencarnação e vida após a morte. Porém cada Bruxo pode ter sua própria filosofa sobre o assunto, pois a Wicca não tem dogmas ou regras as quais todos devem seguir.

Os Bruxos acreditam que todos devem cultuar os Deuses à sua própria maneira, pois não existem leis que exijam que os Wiccanianos sigam uma maneira prescrita de liturgia.

Bruxos nunca comprometem seus filhos com a sua fé particular, pois acreditam que cada um deve seguir o seu próprio caminho. As crianças sempre são ensinadas à honrar sua família, amigos, a ter integridade, honestidade, a tratar a Terra como sagrada e a amar e respeitar todas as formas de vida.

O fanatismo é repudiado pelos pagãos, assim como o proselitismo é inadmissível. Bruxos nunca divulgaram sua Religião porta a porta. São extremamente discretos, pois acreditam que a aproximação à Bruxaria deve resultar de uma escolha individual.

O movimento neo- pagão sempre cresceu e continua a crescer sem que para isso pessoas sejam abordadas ou aliciadas à tornarem-se pagãos. A Bruxaria cresce em todo mundo por que seu senso de liberdade, religiosidade e amor à natureza fundem-se dando abertura e compreensão ao verdadeiro sentido de ser.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

OS ANIMAIS MÁGICOS

Certos animais foram associados à Deusa e ao Deus por centenas de anos. Muitos desses animais recorrem em diversas culturas que não mantiveram contatos entre si. Antigos líderes espirituais sabiam como se comunicar com o inconsciente coletivo, que é o depósito de todo o conhecimento, e como ouvir as vozes das deidades que lá falavam. Usar esses animais hoje, na meditação, em rituais (não significa sacrifica-los já que a wicca é contra isso, apenas deixa-los observarem o rito) ou encantamentos, intensificará seu contato com as forças arquetípicas dos Deuses! Isso não significa que os outros animais também são importantes, eles são sim, aliás todos são importantes e todos vem da deusa e do deus!


Boi
Na Grécia e em Roma, esse era considerado um animal lunar.


Cães de Caça
Matilhas de cães, como Alani de Diana, representavam as energias perigosas da Lua. Hecate sempre vagava pela noite com uma matilha de cães negros.


Cão
Cães vêm há muito tempo sendo associados a deidades lunares, especialmente deusas da Lua Crescente. Entre os nórdicos havia a história de Managarmr (cão lunar), o mais poderoso de todos os caninos sobrenaturais.


Cobra
Um símbolo da deusa, é o mesmo que espiral quando enrolada. por vezes cada volta da espiral marca um dia no calendário lunar. Linhas em zigue-zague representam cobras. Serpentes eram associadas à Lua Nova por serem consideradas relacionadas ao submundo. Algumas Deusas da lua nova eram retratadas como tendo cabelos de serpentes. Há gravuras mostrando Cibele oferecendo uma taça a uma cobra. Na mitologia mexicana, existem lendas da mulher serpente (Lua) que é devorada pelo Sol, numa descrição de um eclipse ou das fases da lua.


Coruja
A coruja caçadora noturna, com seus grandes olhos, há muito é associada à Lua. Para os egípcios a coruja era um símbolo de morte, noite e frio. Para os gregos, entretanto, era um símbolo de sabedoria e da deusa Athena. seus olhos vidrados a ligavam às deusas dos olhos, Lilith, Minerva, Blodeuwedd, Anat e Mari, entre outras. A coruja sempre foi associada à lua, à sabedoria, aos mistérios sagrados lunares e às iniciações.


Dragão
Apesar de inicialmente ligado a eclipses lunares e solares, os dragões estão associados à Lua. Essa noção de dragões e eclipses era comum na China, no norte da Ásia, na Finlândia, na Lituânia, no norte da África, na Pérsia. As lendas dizem que os dragões geralmente voam à luz do luar.

Gato
A palavra para gato em egípcio era Mau. Especialmente para os egípcios, essa era uma criatura lunar. Eram sagrados a deusas como Ísis, Bast, Ártemis, Diana, Freya. Quando Diana passou a ser conhecida como Rainha das Bruxas durante a Idade Média, o gato passou a ser associado à bruxaria, ou ao culto da deusa.


Lebre ou Coelho
Muitas culturas ao redor do mundo, incluindo o Tibete, a China, África, Ceilão e algumas tribos nativas americanas, diziam que a lebre vivia na Lua com as deidades lunares. Especialmente associada as deusas lunares.


Lobo
Muitos deuses e deusas, ligados à Lua, tinham também como símbolo o lobo. O lobo uiva para a Lua, assim como os cães; eles caçam e brincam ao luar. As sacerdotisas da Lua de muitas culturas eram adeptas de viagens astrais e transmutações, talentos normalmente praticados à noite. Também celebravam rituais, dançando e cantando a céu aberto, sob a Lua. Um festival romano, a Lupercália, honrava a deusa - loba Lupa ou Ferônia. Os nórdicos acreditavam que o lobo gigante Hati perseguia a lua e nos dias finais comeria esse corpo celeste.


Morcego
Criatura constantemente associada à Lua e à escuridão. Na China, sorte e felicidade; na Europa, criatura companheira da deusa Hel. Os cristãos tornaram - no mau e demoníaco numa tentativa de dissociar as pessoas da deusa.


Peixe
Em algumas culturas, a Lua era simbolizada por um peixe em vez de uma cobra. Algumas deusas lunares possuíam caudas de peixes, semelhante a sereias.


Porca
A porca branca tem sido associada a deidades lunares desde as terras celtas até o Mediterrâneo. Ligada a Astarte, Cerridwen, Deméter, Freya.



Algumas culturas viam uma rã, em vez de lebre, na lua. Em algumas partes da Ásia, da África e da América do Norte, a rã era um símbolo da Lua e da fertilidade.


Sapo
Símbolo lunar muito comum; por vezes chamado de rã. No Egito, Hekat, a deusa-sapo, estava ligada aos nascimentos.


Touro
Inicialmente esse era um símbolo lunar da Grande Mãe, com os chifres representando a Lua Crescente. Posteriormente, quando passou a representar deuses solares, ainda estava constantemente ligado a uma deusa lunar como Cibele e Attis.

Vaca
Símbolo feminino tanto da Terra como da Lua. Deusas egípcias conectadas tanto à Lua com à vaca eram Ísis, Hathor e Neith, entre outras.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

DEIDADES WICCANS: NOMES DAS DEIDADES

Os nomes dos Deuses variam de panteão para panteão, de acordo com a cultura de um povoado ou nação. Para os egípcios, por exemplo, Ísis seria a personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa, enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen.

O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos, enquanto que Mercúrio responderia pela mesma "pasta" para os romanos. Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.

A bruxa (ou o bruxo, como queira) é muito particular na sua crença. Ela pode se achar mais conectada com o panteão e a tradição egípcia, por exemplo, e cultuar Ísis, Bastet, Hathor, Thoth, Osíris, etc, ou se identificar mais com a história greco-romana e achar mais legal reverenciar os deuses deste panteão. A afinidade e atração por divindades de vários panteões é algo muito particular. Quem decide é você.

Os principais deuses e deusas - por exemplo - do panteão celta são:

Angus Mac Og - Deus da Juventude, do Amor e da Beleza na Irlanda Antiga. Um dos Tuatha de Dannan, Angus possuía uma harpa dourada que produzia música de irresistível doçura. Os seus beijos transformavam-se em pássaros que transportavam mensagens de amor.

Anu/Annan/Dana/Dannan - Deusa Mãe, da Abundância, sendo a maior de todas as deusas do panteão irlandês. Aspecto virginal da Deusa Tripla, formada com Badb e Macha, guardiã do gado e da saúde. Deusa da Fertilidade, da Prosperidade e do Conforto.

Arawn - Regente do Inferno, Annwn, o Submundo na tradição galesa. Representa a vingança, o terror, a guerra.

Arianrhod - Seu nome significa Roda de Prata ou Grande Mãe Frutuosa. Arianrhod é a Face Mãe da Deusa Tríplice para os povo de Gales. Honrada em especial na Lua Cheia, ela é a guardiã da Roda de Prata, símbolo do tempo e do karma. Senhora da Reencarnação.

Badb - Seu nome, que se pronuncia Baid, foi traduzido como Corvo de Batalha, ou Gralha Escaldada, que representaria o caldeirão da vida, conhecido em Gales como "Cauth Bodva". Badb, deusa da Guerra, é esposa de Net, também deus da Guerra. Irmã de Macha, a Morrigu, e de Anu. Aspecto Maternal da Deusa Tripla irlandesa. Associada ao caldeirão, aos corvos e às gralhas, Badb rege a vida, a sabedoria, a inspiração e a iluminação.

Banba - Deusa irlandesa que, juntamente com Fotia e Eriu, usava a magia para repelir os invasores.

Bel/Belenus/Belenos/Belimawr - Seu nome significa "brilhante", sendo o Deus do Sol e do Fogo dos irlandeses. Belenos dá seu nome ao festival de Beltane, ou Beltain, festa de purificação e fertilidade comemorada em 1º de maio no hemisfério norte. Belenos era ainda ligado à ciência, cura, fontes térmicas, fogo, sucesso, prosperidade, colheita e à vegetação.

Blodeuwedd - Seu nome foi traduzido como "flor branca", sendo representada, muitas vezes, com um lírio branco nas cerimônias de iniciação celtas de Gales. Criada por Math e Gwydion, o Druida, para ser esposa de Lleu, foi transformada em coruja por causa do seu adultério e da conspiração para a morte do marido. Aspecto virginal da Deusa Tríplice dos galeses, Blodeuwedd tinha por símbolo uma coruja. Seu domínio é o das flores, sabedoria, mistérios lunares e iniciações.

Boann/Boannan/Boyne - Deusa do rio Boyne, na Irlanda, mãe de Angus Mac Og com o Dagda.

Bran - O Abençoado. Bran era irmão do poderoso Manawydan ap Llyr e de Branwen, sendo filho de Llyr, do folclore galês. Associado aos corvos, Bran é o deus das profecias, das artes, dos chefes, da guerra, do Sol, da música e da escrita.

Branwen - Irmã de Bran e esposa do rei irlandês Matholwch. Vênus dos Mares do Norte, filha de Llyr, uma das três matriarcas da Grã-Bretanha. Branwen é chamada Dama do Lago, sendo a deusa do amor e da beleza no panteão galês.

Brigit/Brid/Brigid/Brig - Seu nome significa "flecha de poder". Brigit era filha do Dagda, sendo chamada A Poetisa. Outro aspecto de Danu, associada a Imbolc. Tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, fertilidade, lareira, todas as artes e ofícios femininos, artes marciais, curas, medicina, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, criação de gado, amor, feitiçaria, ocultismo.

Cernunnos - Seu nome deve ser pronunciado como se tivesse um "k": kernunnos. Deus Cornudo, Consorte da Grande Mãe, deus da Natureza, Senhor do Mundo. Comumente representado por um homem sentado na posição de lótus, cabelo comprido e encaracolado, de barba, nu, usando apenas um torque (colar celta) ao pescoço, ou ainda por um homem de chifres, sendo, por isso, errôneamente comparado ao diabo dos cristãos. Os seus símbolos eram o veado, o carneiro, o touro e a serpente. Deus da virilidade, fertilidade, animais, amor físico, natureza, bosques, reencarnação, riqueza, comércio e dos guerreiros.

Cerridwen/Ceridwen/Caridwen - Deusa da Lua do panteão galês, sendo chamada de Grande Mãe e A Senhora. Deusa da natureza, Cerridwen era esposa do gigante Tegid e mãe de uma linda donzela, Creirwy, e de um feio rapaz, Avagdu. Os bardos galeses chamavam a si mesmos de Cerddorion, filhos de Cerridwen. Há uma lenda que diz que o grande bardo Taliesin, druida da corte do rei Arthur, nascera de Cerridwen e se tornara grande mago após tomar algumas gotas de uma poderosa poção de inspiração que Cerridwen preparava no seu caldeirão. Cerridwen é ainda a deusa da Morte, da fertilidade, da regeneração, da inspiração, magia, astrologia, ervas, poesia, encantamentos e conhecimento.

Dagda - No folclore irlandês, o Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Pai dos deuses e dos homens, o Arquidruida, deus da magia, da terra. Rei supremo dos Tuatha de Dannan, mestre de todos os ofícios, senhor de todos os conhecimentos. Teve vários filhos, entre eles Brigit, Angus, Midir, Ogma e Bodb, o Vermelho. O Dagda tinha uma harpa de carvalho vivo que fazia com que as estações mudassem quando assim o ordenasse. Deus dos magos e sacerdotes, senhor dos artesãos, da música e das curas.

A Dama Branca - Conhecida em todos os países celtas, era identificada como Macha, Rainha dos Mortos, a forma idosa da Deusa. Simbolizava a morte e a destruição. Algumas lendas chamam-na de Banshee, aquela que traz a morte.

Danu/Dana/Dannan - Principal Deusa Mãe dos irlandeses, às vezes identificada com Anu. Mãe dos Tuatha de Dannan, Povo de Dana, o Povo Mágico, descendente dos deuses, que se escondeu com a chegada dos cristãos às terras celtas. Outro aspecto da Morrigu, Danu é a patrona dos feiticeiros, dos rios, das águas, dos poços, da prosperidade e abundância, da sabedoria e da magia.

Druantia - "Rainha dos Druidas", deusa ligada à fertilidade, às atividades sexuais, às árvores, à proteção, ao conhecimento e à criatividade.

Dylan - Filho da Onda, Dylan era o deus do mar para os antigos galeses, sendo filho de Gwydion e Arianrhod. Seu símbolo era um peixe prateado.

Elaine - Aspecto virginal da Deusa no panteão galês.

Epona - Seu nome significa "grande cavalo", sendo homenageada em Gales como deusa dos cavalos. Seus atributos incluíam ainda a fertilidade, a maternidade, a prosperidade, os animais, a cura e a colheita.

Eriu/Erin - Filha do Dagda, Erin era uma das três rainhas dos Tuatha de Dannan da Irlanda.

Flidais - Deusa da floresta, dos bosques e criaturas selvagens do povo irlandês. Viajava numa carruagem puxada por veados e tinha a capacidade de mudar de forma.

Goibniu/Gofannon/Govannon - Era o Grande Ferreiro do povo irlandês, semelhante a Vulcano. Foi ele quem forjou todas as armas dos Tuatha de Dannan. Estas armas sempre atingiam o alvo e toda ferida provocada por elas era fatal.Deus dos ferreiros, dos fabricantes de armas, da ourivesaria, fabricação da cerveja, fogo e trabalho com metais em geral.

Gwydion - O Grande Druida dos galeses. Feiticeiro e bardo do Norte de Gales, seu símbolo era um cavalo branco. Rege a ilusão, as mudanças, a magia, o céu e as curas.

Gwynn ap Nud - Rei das fadas e do submundo na tradição galesa.

Gwythyr - Oposto de Gwynn ap Nud, Gwythyr era o senhor do mundo superior, também no folclore galês.

Herne - O Caçador, era associado a Cernunnos, o Deus Cornudo, e acabou sendo, também, associado à floresta de Windsor.

O Homem Verde (Green Man) - O Homem Verde tinha os mesmos atributos de Cernunnos, sendo igualmente uma divindade cornuda que habitava as florestas. Deus dos bosques, seu nome, em galês antigo, é Arddhu (O Escuro) ou Atho.

Llyr/Lear/Lir - No folclore galo-irlandês, Llyr era o deus do mar e da água, sendo considerado, ainda, senhor do mundo subterrâneo. Llyr era pai de Manawyddan, de Bran e de Branwen.

Lugh/Luga/Lamhfada/Llew/Lug/Lug Samildanach/Llew Llaw Gyffes/Lleu/Lugos - Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco. Sua festividade é Lughnasadh, outra festa da colheita. Era filho de Cian e de Ethniu. Tinha uma espada e uma funda mágica. Lugh era carpinteiro, pedreiro, ferreiro, harpista, poeta, druida, médico e ourives. Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a água, as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias.

Macha - O Corvo. Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês. Um dos aspectos da Morrigu, era reverenciada também em Lughnasadh. Após uma batalha, os irlandeses cortavam as cabeças dos vencidos e ofereciam a Macha, sendo este costume chamado de A Colheita de Macha. Deusa protetora da guerra, e da paz, Macha regia também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os machos.

Manannan mac Lir/Manawyddan ap Llyr/Manawydden - Filho do deus do mar, Llyr, era homenageado como uma das principais divindades do mar pelos irlandeses. Reverenciado ainda como protetor dos navegadores, deus das tempestades, da fertilidade, da navegação, dos mercadores e do comércio. Tinha uma armadura mágica que se dizia ser impenetrável.

Math Mathonwy - Deus da feitiçaria, da magia e do encantamento no folclore galês.

Merlin/Merddin/Myrddin - Figura já conhecida do círculo da mitologia arturiana, este era o Grande Feiticeiro, o Druida Supremo dos galeses. Dizia-se que aprendeu sua magia (que não era pouca) com a própria Deusa, sob os nomes de Morgana, Viviane, Nimue ou Rainha Mab. A tradição diz que Merlin dorme numa caverna de cristal depois de enganado por um encantamento de Nimue. Merlin era o senhor da ilusão, da profecia, da adivinhação, das previsões, dos artesãos e ferreiros. Diz-se ainda que tinha grande habilidade de mudar de forma.

Morrigu/Morrigan/Morrighan/Morgan - A Morrigu era tida como a Grande Rainha, Senhora Suprema da Guerra, Rainha dos Fantasmas e Rainha Espectro, pois possuía uma forma mutável. Reinava sobre os campos de batalha, ajudando com sua magia. Representa o aspecto idoso da Deusa Tríplice, sendo associada aos corvos e gralhas. Patrona das sacerdotisas e feiticeiras.

Nuada/Nuda/Nodons/Nodens/Lud/Llud Llaw Ereint - No folclore galo-irlandês, era reverenciado como o senhor dos deuses, como Júpiter. Possuía uma espada invencível, guardada pelos Tuatha de Dannan. Nuada era o deus da cura, da água, dos oceanos, da pesca, da navegação, dos carpinteiros, ferreiros, harpistas, poetas e narradores de histórias.

Ogma/Oghma/Ogmios/Grianainech/Cermait - Herói semelhante a Hércules, Ogma tinha uma enorme maça com a qual defendia seu povo, os Tuatha de Dannan, sendo eleito seu campeão. A tradição diz que foi ele quem inventou o alfabeto ogham, utilizado pelos antigos druidas, baseado em árvores consideradas mágicas. Ogma rege a eloquência, os poetas, escritores, a inspiração, a força física, a linguagem, a literatura, as artes, a música e a reencarnação.

Rhiannon - Grande rainha dos galeses, Rhiannon era a protetora dos cavalos e das aves. Rege os encantamentos, a fertilidade e o submundo. Aparece sempre montando um veloz cavalo branco.

Scathach/Scota/Scatha/Scath - Seu nome traduzia-se como A Sombra, Aquela que combate o medo. Deusa do submundo, Scath era a deusa da escuridão, aspecto destruidor da Senhora. Mulher guerreira e profetisa que viveu em Albion, na Escócia, e que ensinava artes marciais para os guerreiros que tinham coragem suficiente para treinar com ela, pois era tida como dura e impiedosa. Não foi à toa que o adestramento do herói Cu Chulainn foi levado a cabo por ela mesma, considerada a maior guerreira de toda a Irlanda. Scath era ainda a patrona dos ferreiros, das curas, magia, profecia e artes marciais.

Taliesin - Taliesin o Bardo, foi o druida chefe da corte de Arthur, um dos maiores reis da Inglaterra. Dominava a arte da escrita, a poesia, a sabedoria, a magia e a música. Taliesin é tido como patrono dos druidas, bardos e menestréis.


© Copyright 2000, Wanderley Mayhé Jr.

DEIDADES WICCANS: O DEUS E A DEUSA

Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições. Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as formas de vida.

Princípio Feminino ou Grande Mãe

A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação. É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade. É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado. A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna. Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na imaginação popular. A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!

Princípio Masculino ou Deus Cornífero

Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina, nasceu da Deusa, sendo seu complemento, e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria. Da mesma forma que o sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios de Morte e do Renascimento. Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem, eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra os ciclos da nossa própria vida. Para alguns, pode parecer meio incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é preciso perceber o verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram, e, para ele, tudo retornará. E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens, pelo seu poder de promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a Humanidade. O sentido profundo do simbolismo na Bruxaria só pode ser verdadeiramente entendido através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos Deuses.


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domingo, 20 de outubro de 2013

DEIDADES WICCANS: ADÃO, LILITH E EVA

Jeová, Deus dos Hebreus, em cujos mandamentos assentam-se as raízes da nossa civilização judaico-cristã - é o melhor exemplo do Deus patriarcal. Ele é um Deus guerreiro, que esmaga os inimigos do seu povo eleito com toda a sua força poderosa, esperando em troca fidelidade e obediência aos seus mandamentos. Ele trabalha com o medo. O mito de Lilith mostra bem essa passagem do matriarcado para o patriarcado. Recusando-se a submeter-se à Adão, tentava igualdade com ele. "Por que devo deitar-me sob ti?" - ela questiona, e é punida por Jeová, que envia um anjo para expulsá-la do Paraíso. Blasfemando e criando asas, numa demonstração de liberdade, Lilith abandona o Paraíso e voa para o Mar Vermelho, onde dá início a uma dinastia de demônios. Mas Adão fica, e sente-se só.

Jeová então cria Eva, a mulher, condenada eternamente à inferioridade. Como enunciava Santo Agostinho, a mulher não era a imagem de Deus - apenas o homem era. Ela era, no máximo, a imagem de uma costela. Embora a personagem do Deus cristão seja bem mais suave do que seu antecessor - o Deus de Jesus é piedoso e compreensivo, enquanto Jeová distribui medo e castigos, na opinião de muitos a totalidade feminina encontra-se cindida na mitologia cristã: maternidade e sexualidade. A Virgem e Maria Madalena. Nos Evangelhos Apócrifos, Madalena é tida como líder ativa no discipulado de Cristo. O Evangelho de Felipe relata a união do homem e da mulher como símbolo de cura e paz, e estende-se ao relacionamento de Cristo e Madalena, a companheira do Salvador. Contrapondo-se à figura de Madalena, a Virgem está associada apenas ao lado maternal do feminino, estático e protetor.

Sempre retratada através da Virgem, de Madalena, Hera, Ísis, Deméter, Atena, Diana, a Lua, a Natureza, Hecate, Afrodite, Lilith e tantas outras, a figura da Deusa vem ressurgindo, cada vez mais e com mais força.


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ORAÇÃO PARA FREYA

 

"FREYA!
 
Senhora das Idisis, da Fertilidade, do Poder, do Amor e da Paixão,
Ajude-me a encontrar meu caminho!
Senhora da Mulheres, Deusa Suprema do Feminino, mostre-me a chave da Magia e Justiça!
Senhora dos Gatos e da Guerra, oriente-me nos momentos difíceis e me dê agilidade e coragem para superar meus obstáculos!
Senhora da Riqueza, dai-me energia pura e restauradora do teu Amor.
Minha alma e coração te pertencem e honrarei teu nome eternamente!
Em nome do Fogo, do Ar, da Terra e da Água,
Poderosa Rainha dos Vanir, mais bela e querida entre todas as Deusas,
Derrame suas bênçãos sobre mim!”.

Que Freya ilumine nossos caminhos hoje e sempre!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O CREDO DAS BRUXAS


Ouça agora a palavra das bruxas,
os segredos que na noite escondemos,
Quando a obscuridade era caminho e destino.
e que agora à luz nós trazemos

Conhecendo a essência profunda,
dos mistérios da Água e do Fogo,
e da Terra e do Ar que circunda,
Manteve silencio o nosso povo.

O eterno renascimento da Natureza,
a passagem do Inverno e da Primavera,
compartilhamos com o Universo da vida,
que em um Circulo Magico se alegra.

Quatro vezes por ano somos vistas,
no retorno dos grandes Sabás,
No antigo Halloween e em Beltane.
ou dançando em Imbolc e Lammas,

Dia e noite em tempo iguais vão estar,
ou o Sol bem mais perto ou longe de nós,
Quando, mais uma vez, bruxas a festejar, 
Ostara, Mabon, Litha ou Yule saudar,

Treze luas de prata cada ano tem,
e treze são os Covens também,
Treze vezes dançar nos Esbás com alegria,
para saudar a cada precioso ano e dia.

De um século à outro persiste o poder,
Que através das eras tem sido levado,
Transmitido sempre entre homem e mulher,
desde o princípio de todo o passado.

Quando o circulo magico for desenhado,
do poder conferido a algum instrumento
Seu compasso será a união entre os mundos
na terra das sombras daquele momento.

O mundo comum não deve saber,
e o mundo do além também não dirá,
Que o maior dos Deuses se faz conhecer
e a grande Magia ali se realizará

Na Natureza, são dois os poderes,
com formas e forças sagradas,
Nesse templo, são dois os pilares,
que protegem e guardam a entrada.

E fazer o que queres será o desafio,
como amar a um amor
que ninguém vá magoar,
essa única regra seguimos à fio,
para a magia dos Antigos se manifestar

Oito palavras o Credo das Bruxas enseja:

Sem prejudicar a ninguém, faça o que você deseja!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

DIAS DE PODER

No passado, quando as pessoas viviam em conjunto com a natureza, o passar das estações e os ciclos lunares tinham um profundo impacto em cerimônias religiosas. Por ser a Lua vista como um símbolo da Deusa, cerimônias de adoração e magia aconteciam sob sua luz. A chegada do inverno, as primeiras atividades da primavera, o quente verão e a entrada do outono também eram marcadas por rituais.

Os wiccanos, herdeiros das religiões pré-cristãs da Europa, ainda celebram a Lua cheia e observam as mudanças das estações. O calendário religioso wiccano possui treze celebrações de Lua Cheia e oito Sabbats, ou dias de poder.

Quatro desses dias (ou melhor, noites) são determinados pelos solstícios e equinócios, o início astronômico das estações. Os outros quatro rituais baseiam-se em antigos festivais folclóricos (e, de certo modo, aqueles do Oriente Médio). Os rituais estruturam e ordenam o ano wiccano, além de nos lembrar do infinito ciclo que perdurará muito depois de partirmos.

Quatro dos Sabbats - talvez os que há mais tempo são observados - eram provavelmente associados à agricultura e aos ciclos reprodutivos dos animais. São eles o Imbolc ou Candlemas (1° de Agosto), Beltane (31 de Outubro), Lughnasadh ou Lammas (2 de fevereiro) e Samhain (1 de maio). Estes são nomes celtas, muito comuns entre os wiccanos, apesar de existirem muitos outros.

Quando a observação cuidadosa do céu levou a um conhecimento comum do ano astronômico, os solstícios e equinócios (por volta de 21 de março, 21 de junho, 21 de setembro e 21 de dezembro - as datas corretas variam de ano para ano) foram incorporados à estrutura religiosa.

Quem foram os primeiros a cultuar e gerar energia nesses períodos? Esta questão não pode ser respondida. Entretanto, esses dias e noites sagrados são a origem dos 21 rituais wiccanos.

Muitos deles ainda sobrevivem em suas formas seculares e religiosas. Celebrações do May Day (Dia de Maio), Halloween, Dia da Marmota e até mesmo o Dia de Ação de Graças, para citar alguns populares feriados americanos, estão conectados a antigos cultos pagãos. Versões altamente cristianizadas dos Sabbats também foram preservadas pela Igreja Católica.

Os Sabbats são rituais solares, assinalando pontos do ciclo anual do Sol, e constituem apenas metade do ano ritual wiccano. Os Esbats são as celebrações wiccanas da Lua Cheia. Nesta data, nós nos reunimos para cultuar Aquela Que É. Não que os wiccanos omitam o Deus nos Esbats - ambos são normalmente reverenciados em todas as ocasiões.

Anualmente, ocorrem de 12 a 13 Luas cheias, ou uma a cada 28 ¼ dias. A Lua é um símbolo da Deusa, bem como uma fonte de energia. Assim, após os aspectos religiosos dos Esbats, os wiccanos costumam praticar magia, desfrutando do maior poder energético que, crê-se, exista nesses períodos.

Alguns antigos festivais pagãos, desprovidos de suas qualidades sagradas pelo domínio do Cristianismo, se degeneraram. O Samhain aparentemente pertence agora aos fabricantes de doces nos Estados Unidos, enquanto o Yule foi transformado de um dos mais sagrados dias pagãos num período de grosseiro comercialismo. Até mesmo os ecos do nascimento de um salvador cristão são pouco audíveis diante do zumbido eletrônico das máquinas registradoras.

Mas a velha magia permanece nesses dias e noites, e os wiccanos os celebram. Rituais variam enormemente, mas todos se relacionam à Deusa e ao Deus, e à nossa morada, a Terra. A maioria dos ritos acontecem à noite, por motivos práticos assim como para gerar certo clima de mistério. Os Sabbats, sendo baseados no Sol, são mais normalmente celebrados ao meio-dia ou na aurora, mas hoje isto é raro.

Os Sabbats nos contam uma das histórias da Deusa e do Deus, de sua relação e de seus efeitos sobre a fertilidade da Terra. Muitas são as variações desses mitos, mas eis aqui um relativamente comum, entrelaçado a descrições básicas dos Sabbats.

A Deusa dá à luz um filho, o Deus, no Yule. De modo algum isto é uma adaptação do cristianismo. O solstício de inverno é há muito visto como um período de nascimentos divinos. Diz-se que Mitras nasceu nesse período. Os cristãos simplesmente o adotaram a seu uso em 273 E. C. (Era Comum).

O Yule é uma época de grande escuridão e este é o menor dia do ano. Povos antigos notaram tais fenômenos e suplicaram às forças da natureza que aumentassem os dias e diminuíssem as noites. Os wiccanos ocasionalmente celebram o Yule pouco antes da aurora, e a seguir observam o nascer do sol como um final apropriado para seus esforços.

Uma vez que o Deus é também o Sol, isto assinala o ponto do ano no qual o Sol também renasce. Assim, os wiccanos acendem fogueiras ou velas para saudar o retorno da luz do Sol. A Deusa, inativa durante o inverno de Sua gestação, repousa após o parto.

O Yule é remanescente de antigos rituais celebrados para acelerar o fim do inverno e a fartura da primavera. Para os wiccanos contemporâneos, é um lembrete de que o produto final da morte é o renascimento, um pensamento reconfortante nestes dias de desassossego.

O Imbolc assinala a recuperação da Deusa após dar à luz o Deus. Os períodos mais longos de luz A despertam. O Deus é um jovem desejoso, mas Seu poder é mais sentido nos dias mais longos. O calor fertiliza da terra (a Deusa), fazendo com que as sementes germinem e brotem. Assim ocorre o início da primavera.

Este é um Sabbat de purificação pelas forças renovadoras do sol, após a vida reclusa do inverno. É também um festival de luz e fertilidade, antigamente marcado na Europa por grandes queimas, tochas e fogos de todas as formas. O fogo representa nossa própria iluminação e inspiração, assim como a luz e o calor.

O Imbolc é também conhecido como festa das Tochas, Oimelc, Lupercalia, Festa de Pã, Festival do Floco de Neve, Festa da Luz Crescente, Dia de Brigit, e provavelmente muitos outros nomes. Algumas wiccanas seguem o antigo costume escandinavo de usar coroas com velas acesas, mas muitos outros usam velas em suas invocações.

Este é um dos períodos tradicionais para as iniciações em covens e rituais de autodedicação, que podem ser praticados ou renovados nesse período.

Ostara, o Equinócio da Primavera, e também conhecido como Ritos da Primavera e Dia de Eostra, assinala o primeiro dia da real primavera. As energias da natureza mudam subitamente do repouso do inverno para a exuberante expansão da primavera. A Deusa cobre a terra com seu manto de fertilidade, despertada de Seu repouso, enquanto o Deus se desenvolve e amadurece. Ele caminha pelos campos a verdejar, e delicia-se com a abundância da natureza.

No Ostara, as horas do dia e da noite são as mesmas. A luz está ultrapassando a escuridão; a Deusa e o Deus impelem as criaturas selvagens da Terra a reproduzir-se.

Este é um período de iniciar, de agir, de plantar encantamentos para ganhos futuros, e de cuidar dos jardins rituais.

O Beltane marca a chegada da virilidade do jovem Deus. Agitado pelas energias em ação na natureza, Ele deseja a Deusa. Eles se apaixonam, deitam-se entre a relva e os botões de flores, e se unem. A Deusa fica grávida do Deus. Os wiccanos celebram o símbolo da fertilidade da Deusa em ritual.

O Beltane é há muito celebrado com rituais e festas. Os Maypoles (Mastros de Maio), símbolos fálicos supremos, eram o ponto central dos rituais das antigas vilas inglesas. Muitas pessoas acordavam na alvorada para colher flores e ramos verdes nos campos e jardins, usando-os para decorar os Maypoles, seus lares e a si mesmos.

As flores e folhas simbolizam a Deusa; o Maypole, o Deus. O Beltane marca o retorno da vitalidade, da paixão e da consumação das esperanças.

Os Maypoles são por vezes utilizados atualmente por wiccanos durante os rituais do Beltane, mas o caldeirão é um ponto central mais comum da cerimônia. Representa, obviamente, a Deusa - a essência da feminilidade, o objetivo de todo desejo, o igual mas oposto do Maypole, símbolo do Deus.

No passado, pulava-se sobre fogueiras para estimular a fertilidade, a purificação, a saúde e o amor. O fogo novamente representa o Sol, celebrado neste período de dias mais longos.

O Meio do Verão é uma época clássica para magia de todos os tipos.

Lughnasadh é a época da primeira colheita, quando as plantas da primavera murcham e derrubam seus frutos ou sementes para garantir nosso consumo e para assegurar futuras safras. Misticamente, também o Deus perde Sua força enquanto o Sol nasce mais longe ao Sul a cada dia, e as noites tornam-se mais longas. A Deusa observa entre lamento e regozijo ao perceber que o Deus está morrendo, ao mesmo tempo que vive dentro dela como Seu filho.

Lughnasadh, também conhecido como Véspera de Agosto, Festa do Pão, Lar da Colheita e Lammas, não é necessariamente observado neste dia. Originalmente, coincidia com a primeira ceifada.

À medida que o verão passa, os wiccanos recordam seu calor e fartura no alimento que comemos. Cada refeição é um ato de sintonia com a natureza, e somos lembrados de que nada no universo é constante.

O Mabon, o Equinócio de Outono, é a conclusão da colheita iniciada no Lughnasadh. Mais uma vez o dia e a noite tem a mesma duração, equilibrados enquanto o Deus se prepara para abandonar Seu corpo físico e iniciar a grande aventura rumo ao desconhecido, em direção à renovação e ao renascimento pela Deusa.

A natureza retrocede, recolhe sua fartura, preparando-se para o inverno e seu período de repouso. A Deusa curva-se diante do Sol que enfraquece, apesar do fogo que queima dentro de Seu útero. Ela sente a presença do Deus mesmo enquanto Ele enfraquece.

No Samhain, a Deusa se despede do Deus. É um adeus temporário. Ele não está envolto em trevas eternas, mas prepara-se para renascer pela Deusa no Yule.

Antigamente, o Samhain, também conhecido como Véspera de Novembro, Festa dos Mortos, Festa das Maçãs, e Todos os Santos, marcava um período de sacrifício. Em alguns lugares, esta era a época de sacrifícios animais para assegurar comida durante as profundezas do inverno. O Deus - identificado com os animais - também tombava para garantir a continuidade de nossa existência.

O Samhain é um período de reflexão, de análise do ano que se finda, de ajustar contas com o fenômeno da vida sobre o qual não exercemos controle - a morte.

O wiccano sente que nesta noite a divisão entre as realidades físicas e espirituais é estreita. Eles recordam seus ancestrais e todos os que já se foram.

Após o Samhain, os wiccanos celebram o Yule, completando assim o ciclo do ano.

Certamente, há muitos mistérios enterrados aqui. Por que o Deus primeiro o filho e depois o amante da Deusa? Isto não é incesto, mas simbolismo. Na história da agricultura (um dentre muitos mitos wiccanos), a constante alternância da fertilidade da Terra é representada pela Deusa e pelo Deus. Este mito fala dos mistérios do nascimento, da morte e do renascimento. Celebra os maravilhosos aspectos e belos efeitos do amor, e honra as mulheres que perpetuam nossa espécie. Também indica a grande dependência que os homens têm em relação à Terra, ao Sol e à Lua, e os efeitos das estações em nossa rotina.

Para povos agrícolas, o ponto principal deste ciclo místico é a produção de alimentos por meio da união entre o Deus e a Deusa. O Alimento - sem o qual todos morreríamos - está intimamente ligado às deidades. Na verdade, os wiccanos vêem a comida como mais uma manifestação da energia divina.

Assim, ao observar os Sabbats, os wiccanos sintonizam-se com a Terra e com as deidades. Eles reafirmam suas raízes na Terra. A prática de rituais nas noites de lua cheia também fortalece sua conexão com a Deusa em particular.

O wiccano sábio celebra os Sabbats e os Esbats, por serem estes períodos de poder real e simbólico. Honrá-los de algum modo é parte integral da Wicca.

Fonte: 'Guia Essencial da Bruxa Solitária', de Scott Cunningham    

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

DEUS ODIN


Na Granideum (mitologia nórdica), Odin (Wotan) era o maior dos deuses vikings, governante de Asgard e senhor de todas as magias. Possuía a lança Gungnir, que nunca errava o alvo e cujo cabo havia runas que ditavam a preservação da lei. Possuía também um cavalo de oito patas chamado Sleipnir. Odin também era o deus da sabedoria. Ele atirou um de seus olhos no poço de Mimir em troca de um gole de sabedoria. Ele se enforcou ou dependurou-se na árvore cósmica, Yggdrasil, para obter as Runas e foi revivido por magia em seguida. Ele se mantinha informado sobre os acontecimentos em toda a parte através de seus dois corvos, Hugin (Pensamento) e Munin (Memória), que vigiavam o mundo e contavam tudo o que se passa e o que já se passou no mundo. Odin se tornou proeminente no panteão devido ao seu gosto pela batalha. Essa qualidade lhe conferiu popularidade entre os vikings quando eles começaram a atacar objetivos fora da Escandinávia. No salão de sua grande fortaleza, Valhala, ele reunia os abatidos em batalhas. Chamados de einherjars (mortos gloriosos), esses guerreiros eram preservados por Odin para ajudar os deuses na batalha final contra os gigantes no Ragnarok. Tem diversas amantes e concubinas, mas a sua esposa é Frigga. Odin não era exatamente um guerreiro, mas inspirava os guerreiros a se lançarem freneticamente na batalha, sem nenhum sentimento e nenhum temor. Os rituais de enforcamento faziam parte da veneração a Odin, sendo que o suicídio por enforcamento era considerado um atalho para o Valhala. 
Odin é a figura central do panteão germânico, o rei dos deuses; os germânicos, povo dado a luta e guerras, viam nele o protótipo da bravura, da altivez e do valor; os escandinavos dos últimos séculos pagãos, os Vikings aventureiros, terror do ocidente cristão foram os derradeiros a combater invocando o nome de Óðinn (Odin). Ao lado do deus Loki, é a personagem de mais complexa personalidade dentro do panteão germânico, o que fez com que, embora seu nome fosse exaltado por muitos poetas, permanecesse obscuro para o camponês simples, mais identificados com Þórr (Thor) e Freyr devido a suas características de deuses agrários. Odin era tido em alta consideração pelos jarls e outros membros da nobreza nórdica, embora as pessoas comuns o temessem e venerassem Thor. Odin seria assassinado durante o Ragnarok por Fenrir, o lobo gerado por Loki. A veneração a Odin diminuiu à medida que os vikings desistiram de atacar e optaram por ocupações mais pacíficas.

domingo, 13 de outubro de 2013

O NASCIMENTO DE ATENA


A historia de Zeus e Atena pode ser uma maneira metafórica de explicar a conquista da sociedade matriarcal, na qual as deusas não seriam relegadas silenciosamente ao segundo plano.
Zeus era o rei dos deuses gregos e governava o Olimpo com mão forte. Fidelidade e lealdade não faziam parte de seu vocabulário, pois dedicava boa parte de seu tempo a seus casamentos, seduzindo e violentando uma longa lista de deusas e mortais. Sua primeira esposa foi Métis, cujo nome significa sabedoria, mas ele logo a engoliu, assim como a seu filho, tão logo soube que o bebe seria mais poderoso que ele. A partir daí, seria o pai de muitas outras crianças, mortais e imortais.
Em meio a suas bebedeiras, orgias e criação de mais filhos, Zeus passou a sofrer de terríveis dores de cabeça, tão terríveis que ele implorou a um de seus filhos, o deus Hephaestus, por ajuda. Hephaestus tinha uma vaga ideia acerca do problema, pois ele arrebentou a cabeça do pai com um machado. Atena, que havia sido engolida antes de seu nascimento, pulou para fora da cabeça. Estava já completamente crescida, vestindo armadura e carregando sua lança - o bastante para dar a qualquer deus uma boa dor de cabeça!
Atena era uma deusa absolutamente casta, uma raridade entre os deuses olímpicos, e só ajudava àqueles que julgava merecedores. Entre seus outros atributos, Atena era a deusa grega da tecelagem, uma característica geralmente associada à Lua. Seu animal de companhia era uma coruja, um animal também associado à Lua.

sábado, 12 de outubro de 2013

O DESPERTAR DA DEUSA


"Ouvi vós as palavras da Grande Mãe, desde os tempos antigos chamada entre os homens de Ártemis, Astarte, Diana, Melusine, Cerridwen, Arianrod, Baich e de muitos outros nomes.
Sempre que tenhas necessidade de alguma coisa, uma vez por mês, e melhor ainda quando a lua estiver cheia, reuni-vos em algum lugar secreto e adorai a Mim, que sou a Rainha de todas as bruxas. Ali vos reunireis, vós que desejais aprender todos os feitiços. Eu vos ensinarei coisas desconhecidas e sereis livres de toda escravidão. Como um sinal de que sois realmente livres, estareis nus em vossos rituais e dançareis, cantareis, banquetear-vos-ei, fareis musica, fareis amor - tudo em Meu louvor. Pois é Meu o êxtase do espírito e é Minha a alegria de viver na Terra, pois minha Lei é o Amor sobre a Vontade.
É Minha a porta secreta da juventude. É Minha a Taça do Vinho da Vida; é Meu o Caldeirão de Cerridwen, é Meu o Cálice Sagrado.
Sou a Deusa graciosa que concede o dom da alegria ao coração do Homem. Na terra proporciono alegrias inimagináveis; na morte, dou paz, descanso e êxtase. E nada peço em sacrifício.
Ouvi vós as palavras da Deusa da Estrela, Aquela cujos pés esmagam a hoste dos céus, Aquela cujo corpo circunda o Universo.
Eu sou a Beleza da Terra Verde e da Lua entre as Estrelas, o Mistério das Aguas e o desejo no coração do Homem.
Erguei-vos e vinde para dentro de Mim! De Mim tudo se origina, a Mim tudo retorna. Diante da minha face sereis envoltos no arrebatamento do Infinito. Que minha adoração esteja dentro do coração que rejuvenesce.  Todo ato de amor e prazer são meus rituais....
Vós que pensais buscar-Me, sabei que vossa busca e anseio de nada vos valem se não conhecerdes o Mistério, que se o que buscais não encontrais dentro de vós, jamais encontrareis fora de vós.
Pois vede! Tenho estado convosco desde o começo e sou o que se atinge ao fim do desejo".

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

CRISTAIS RELACIONADOS AOS 4 PONTOS CARDEAIS


- NORTE (terra): agata musgo, esmeralda, olivina, sal, turmalina negra.

- SUL (fogo): âmbar, obsidiana, rodocrosita, rubi, granada.

- LESTE (ar): topazio, citrino, mica, calcita amarela, crisopazio.

- OESTE (agua): água-marinha, calcedonia, jade, lapiz-lazuli, pedra-da-lua, sugilita.

PEDRAS DO DEUS



Todas as pedras laranjas e vermelhas; pedras associadas ao Sol e a Marte; pedras regidas pelo ar e pelo fogo, como: pedra do sol (imagem), cornalina, rubi, granada, calcita laranja, diamante, olho-de-tigre, topázio, hematita e turmalina vermelha.

PEDRAS DA DEUSA






Todas as pedras rosa, verde e azul, aquelas ligadas à Lua ou Vênus; pedras regidas pela água e pela terra, como: pedra da lua (imagem), peridoto, esmeralda, turmalina rosa, quartzo rosa, quartzo azul, água-marinha, berilo e turquesa.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

FAUNO DOS BOSQUES






Fauno era uma deidade romana dos campos, bosques, pastores e da profecia. Sua aparência lembrava em alguns aspectos o Pã grego, com seus curtos chifres, orelhas pontudas e pés com cascos. Antigas descrições dizem que Fauno possuía as pernas e a cauda de um gamo e o corpo de pele suave, os braços e a face de um belo jovem. A ele atribui- se a invenção da charamela, uma espécie de flauta.
Seus seguidores, os faunos, eram belos jovens com pequenos chifres e orelhas pontudas, mas não necessariamente seus pés tinham cascos. Ao contrario de Pã e seus seguidores, Fauno e seus faunos eram criaturas gentis que apreciavam dançar com as ninfas dos bosques. Não constituíam ameaça às mulheres humanas. Fauno toca gaita e enche os bosques e campinas com sua musica envolvente. Era neto de Saturno.
Outro de seus nomes era Lupercos; era honrado na celebração da Lupercália, durante a qual seus sacerdotes executavam os ritos nus. Esta celebração da Lupercalia com um aspecto da deusa Juno mostra sua forte conexão com a terra, os animais e humanos. Representa a muito antiga força primitiva necessária para fertilizar e equilibrar a Grande Deusa.
Nós, humanos, devemos honrar os poderes de Fauno/Pã na Terra e dentro de nós mesmos, ao invés de aceitar a vergonha geralmente associada a esses poderes. No entanto, sempre havia um propósito por trás das ações de Fauno; ele não cedia a conquistas sexuais descontroladas apenas para ver quantos parceiros poderia ter. Ele não desperdiçava seus poderes, mas os utilizava com sabedoria e visando a bons resultados. Ao mesmo tempo, Fauno conhecia os prazeres a serem experimentados na vida, não apenas através do sexo, mas também da musica. Ele expressa esse prazer quando alguém preparado penetra seus domínios mais interiores buscando por iniciação espiritual.
Havia outro lado de Fauno, assim como Pã. Ele podia incutir as terríveis e obscuras emoções do panico irracional nos humanos e animais que invadissem suas áreas especiais sem seu consentimento. Ele normalmente assume este aspecto quando tentamos penetrar nos domínios do Outro Mundo para os quais ainda não estamos preparados. O medo cego e o panico que tal pessoa sente faz com que se retire imediatamente. Tais emoções foram criadas para proteger àqueles que não compreenderiam as experiências místicas ou delas se beneficiariam, ou que buscam tais experiências pelas razões erradas.