No antigo calendário romano, Septem era o sétimo mês. Apesar da mudança do calendário e do acréscimo de outros meses, seu nome permaneceu o mesmo e Pomona, a deusa romana padroeira dos frutos e das arvores frutíferas, foi escolhida sua regente.
O nome irlandês deste mês era Mean Fomhair, o anglo-saxão Haligmonath e o nórdico Witumonath. Os povos nativos o chamavam de Lua do Vinho, Lua da Cantoria, Lua do Esturjão, Lua da Madeira, Lua quando o Gamo bate a pata no chão e Mês Sagrado, entre outros.
No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Muin e a planta sagrada é a videira. Seu lema é "para tomar as decisões certas e fazer as escolhas corretas, entre em contato com sua voz interior".
As pedras sagradas são a safira azul e a olivina. As deusas regentes são Ariadne, Asase Yaa, Deméter, Gauri, Medusa, Meditrina, Mami, Nephtys, Perséfone, Radha, Themis e Tonantzin.
Neste mês, em vários lugares no hemisfério norte, era celebrado o equinócio de outono, chamado pelos celtas de Sabbat Mabon ou Alban Elfed. Reconhecia-se e comemorava-se a diminuição da luz, do calor e do ritmo da vida, à espera dos meses de atividade reduzida e de introspecção. Começava a regência das "Deusas Escuras", as Senhoras da Noite, do mundo subterrâneo, da morte, da reencarnação e dos mistérios espirituais. Os povos celtas e escandinavos consideravam este mês um tempo para o desenvolvimento do ser, olhando para dentro e alem de si mesmo, observando a realidade em sua totalidade e não apenas o mundo cotidiano. O espirito iniciava sua ascensão em espiral, saindo de Abred - o mundo material - para Gwynvyd - o mundo da iluminação espiritual.
A mais famosa cerimonia grega - os Grandes Mistérios Eleusínios - homenageava as deusas Deméter e Perséfone. Cercados de profundo mistério e silencio, esses rituais eram reservados apenas aos iniciados e reencenavam os mistérios da morte e do renascimento. Outra importante festa grega era dedicada à deusa Themis, guardiã da ordem social e da consciência coletiva, protetora dos inocentes e executora dos que transgrediam a lei.
No Egito, a cerimonia do "Acendimento dos Fogos" celebrava os deuses e as deusas, colocando-se lanternas e tochas em todos os altares e estatuas. Festejava-se, também, Thot, o deus lunar com cabeça de ibis, senhor das palavras sagradas e das leis da magia.
Na China, reverenciava-se a Lua durante o festival de Yue Ping, no qual as pessoas presenteavam os amigos com bolos em forma de meia-lua ou lebre. Na Índia, a deusa Gauri era homenageada com doces feitos com mel, os quais eram depois comidos pelas pessoas para terem mais doçura em suas vidas.
Também os incas celebravam a Lua, na forma da deusa Mama Quilla, durante o ritual de purificação e agradecimento Citua, próximo ao equinócio.
A entrada do Sol no signo de Libra e as antigas celebrações do equinócio proporcionam, neste mês, oportunidades para buscar o equilíbrio entre a luz e a escuridão, a razão e a emoção, a matéria e o espirito. É um tempo propicio para organizar sua vida e buscar soluções para seus problemas físicos, mentais, emocionais e espirituais.
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