terça-feira, 29 de setembro de 2015

A GRANDE MÃE DRAGÃO

- LUA NOVA -

A deusa Tiamat do Oriente Médio era a deusa do abismo primitivo. Seus seguidores a chamavam de A Dragão Fêmea, por vezes maligna, por vezes boa. Era representada, como dragão ou uma serpente marinha ou como parte animal, parte ave, parte serpente. Marduk tomou para si suas sagradas Tábuas do Destino. Ela regia a destruição, a vingança, a disciplina cármica, a água salgada, a guerra, o mal, o desespero, a magia negra, a morte, a regeneração e os rituais.
Conhecer a Mãe Obscura é uma necessidade se desejamos crescer espiritualmente. Temos que nos livrar do temor programado que nos foi incutido e perceber que ela é mais do que apenas a morte do corpo. A Mãe Obscura nos auxilia com o carma, a autodisciplina e o desespero. Tiamat pode nos auxiliar no desespero ao  mostrar o que ocasionou os problemas que nos afligem (normalmente trazidos de encarnações passadas) e o que o futuro pode nos reservar se nos desviarmos, ainda que levemente, de nosso caminho.

Para contatar Tiamat, a Mãe Obscura, acenda três velas pretas untadas do pavio à base com óleo de glicínia. Posicione as velas num padrão triangular, com duas na base e uma no topo. Acenda incenso de sândalo. Se possuir uma estátua de dragão, especialmente se for preta, coloque-a ao lado das velas. Vista-se de preto ou com túnicas bem escuras. Segure um pedaço de cristal em suas mãos enquanto se senta diante das velas acesas. Diga:

Dragão dos abismos escuros,
Mãe da magia negra, da regeneração,
Auxilie-me a aprender a disciplina,
Para que meu caminho cármico seja suave.
Erga sua mão contra os inimigos perigosos.
Conduza-me ao conhecimento dos verdadeiros rituais.

Leve o cristal à sua terceira visão, no centro de sua testa. Feche seus olhos e observe o agitado fluxo de imagens. Pode ser que veja cenas de vidas passadas que o estejam influenciando no presente. Não tente ver nada, deixe as imagens fluírem. Ao terminar, de pé diante das velas erga seus braços mostrando o cristal em uma das mãos. Diga:

O Sol é escuro em seus domínios.
E mesmo assim ele brilha, numa luminescência refletida,
Para me dar a compreensão, fortalecer minha fé,
E confortar-me na noite mais escura.
Não há fim para a vida e o crescimento
A não ser que a alma e a mente morram,
Para a verdade, o conhecimento e a abertura.
Diante de mim mãos gentis se abrem
Em compaixão e carinho.
Ó Grande Mãe Obscura, abençoe minha alma.

Apague as velas. Durma com o cristal sob seu travesseiro por sete dias. Preste muita atenção a seus sonhos e às coisas que lhe são ditas no dia-a-dia durante esse período.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

FESTIVAL DE SARASVATI

LUA CRESCENTE

Besant Panchami, às vezes chamado de Dawat Puja, é o Festival de Sarasvati na Índia. Sarasvati é a deusa do aprendizado, da escrita e dos livros contábeis. É também uma deusa de rio, que despeja uma torrente de energia. Sua imagem é a de uma bela mulher vestida de branco; em sua fronte há uma Lua Crescente. Ela rege as artes civilizadas como a musica, a matemática, o alfabeto, os calendários, a magia, os Vedas e claro, todas as áreas de aprendizado.
Na Índia, esse festival tinha início com a limpeza de todos os potes de tinta e das penas. Em nossa era de computadores, devemos limpar completamente tais equipamentos.. Na verdade, limpar toda área de escrita, tirando o pó de todos os livros e organizando os papeis pessoais, faz parte dessa categoria.
Os hindus consideram todas as vidas como uma participação da harmonia cósmica. Consideram todas as ações como uma forma de culto divino; diz-se que isso é um culto interno. No culto externo, seus rituais consistem de sons, ritmos, gestos, flores, luzes, incenso e oferendas, tudo isso servindo como auxilio para guiar a mente o mais longe do material e o mais perto possível do espiritual. Diz-se que isso atraí a divindade desejada para mais perto. Ao culto individual dá-se o nome de puja. O ritual é considerado necessário para estabelecer e manter contato com uma divindade especifica.

Para honrar Sarasvati, limpe sua área de escrita e seus instrumentos. Consiga flores frescas ou, na impossibilidade de obtê-las, tenha pelo menos um belo buquê de flores de seda. Arranje-as num vaso ou pote bonito. Tenha à mão incenso de sandalo ou lótus; pode ser em varinhas. Separe um papel em branco e uma caneta preta ou lápis, e uma vela branca num suporte à prova de fogo.
Tome um banho agradável e aplique seu perfume ou colônia predileta. Dirija-se ao seu local de culto trajando uma bela roupa ou nu. Não seja relaxado a ponto de ir vestindo um velho roupão de banho, com os cabelos desgrenhados! Você está indo  falar com uma deusa.
Como altar, pode usar qualquer coisa que já possua, ou arrumar uma bandeja grande o suficiente para conter todos os seus apetrechos. Arrume o vaso de flores, uma estátua ou figura de Sarasvati, ou pelo menos seu nome caprichosamente escrito em um cartão; o papel e a caneta; a vela; e o incenso no suporte. Toque musica indiana ou ao menos uma musica que lembre a Índia.
Acenda o incenso e suavemente, com suas mãos, direcione sua fragrância sobre o altar e sobre si mesmo. Acenda a vela. Sentado ou de pé, em frente ao altar, entoe o "OM" utilizado pelos hindus. Cante o OM até sentir seu poder vibrar dentro de seu corpo e de sua mente.
Junte suas mãos em oração e curve-se perante a estátua, tocando a ponta de seus dedos contra sua testa. Faça isso três vezes, e diga:

Estou no centro deste universo espiritual,
No interior do coração da mandala sagrada.
Suave Sarasvati, venho a ti para ajuda e bênçãos.

Escreva agora aquilo que deseja, o que pode ajudá-lo a obter sucesso em um novo projeto. Lembre-se, Sarasvati auxilia nas artes criativas, ciências, musica, poesia, aprendizado e ensino. Também ajuda com livros contábeis, mas não necessariamente com a finalidade do negocio em si. Ela dá inspiração, diligencia e sabedoria, todos os ingredientes necessários para o sucesso.
Coloque o papel em seu altar perante a imagem. Sente-se para uma rápida meditação, mantendo-se aberto para quaisquer vozes interiores que possam trazer sugestões..Visualize a ténue Lua Crescente no céu noturno, a mesma crescente que adorna a fronte de Sarasvati. Se nada surgir desta vez, não desanime. Ela lhe enviará algo mais tarde, talvez na forma de um sonho.
Cante o OM novamente. Curve-se com as mãos apertadas na direção da estátua e diga:

Bela Sarasvati, deusa da luz e da inspiração,
Revele-me o conhecimento de que preciso.
Atenda meus pedidos de modo benéfico.
Gratidão, amável deusa.

Deixe o  altar e permita que a vela se  consuma por inteiro. Retorne no dia seguinte e acenda mais incenso. Após cantar o OM e meditar brevemente, queime seu papel numa vasilha ou caldeirão metálico. Quando as cinzas esfriarem, espalhe-as no lado de fora de casa.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

DEMETER, A MÃE PROTETORA

 LUA CHEIA

A deusa Deméter era uma Mãe Terra, a Deusa do Milho, a Mãe Pranteante. As pessoas a honravam ao usar guirlandas de flores enquanto marchavam pelas ruas, geralmente descalças. Frutas e grãos da estação eram transformados em banquetes. Acreditava-se que pisar na terra descalço aumentava a comunicação entre humanos e a deusa.
Para os gregos, Deméter era a criadora do tempo e a responsável por sua medição em todas as formas. Seus sacerdotes eram conhecidos como Filhos da Lua. Essa deusa era representada como uma matrona com belos cabelos, trajando um robe azul e portando um feixe de trigo. Era coroada com espigas de milho ou com fitas e segurava um cetro. Os gregos diziam que Deméter lhes deu as primeiras sementes de trigo, ensinou-os a cultivar o solo e como produzir pão com  os grãos. Ela instituiu os Mistérios  Eleusinos.
Deméter era a protetora das mulheres e uma divindade do casamento, maternidade, amor materno e fidelidade. Ela regia as colheitas, o milho, o arado, iniciações, renovação, renascimento, vegetação, frutificação, agricultura, civilização, lei, filosofia da magia, expansão, alta magia e o solo.

Nesse ritual, use incenso de sândalo, olíbano, cassia ou pinho. Será necessário um bastão decorado com fitas coloridas, uma cesta de vime para depositar o bastão, um sino e uma maçã.
Abra o circulo como de costume, visualizando-o circundado por um circulo de fogo. Chame pelos quatro ventos para montarem guarda.
Fique de pé diante do altar, voltado para o leste. Erga seus braços em saudação. Diga:

Entre os mundos eu ergui este altar.
Fora do tempo, este rito conduz ao antigo caminho.
Onde poderei encontrar Deméter do grande Olimpo,
E conjurar alta magia. Apareça, eu ordeno.

Coloque o bastão decorado na cesta de vime e leve-a para o leste. Diga:

Perséfone retorna ao Submundo.
Não pranteie, Mãe Terra,
Pois a Criança Divina do Amor está aqui.

Vire a cesta para o sul, Diga:

Perséfone retorna ao Submundo.
Apesar de a luz enfraquecer,
Ela retornará à Terra.

Vire a cesta para o  oeste. Diga:

Perséfone retorna ao Submundo.
O frio do inverno se aproxima,
Mas apenas por um breve período.

Termine voltando a cesta para o norte e diga:

Perséfone retorna ao Submundo.
A Terra permanecerá em repouso
Até que a luz de seu Filho Divino
Torne a se fortalecer e brilhe sobre nós.

Posicione a cesta no chão diante do altar. Toque o sino três vezes. Apanhe a adaga ritual com sua mão de poder e a maçã com a outra.

Revele-me seus segredos ocultos
Para que eu possa compreender seus Mistérios Sagrados.

Corte a maçã na horizontal para revelar o pentagrama em seu interior. Contemple esse símbolo sagrado por alguns instantes. A seguir, diga:

Na vida está a morte, na morte está a vida.
Tudo deve obedecer à sagrada dança do caldeirão,
Era após era, para morrer e renascer.
Ajude-me a lembrar que cada inicio tem um fim
E que cada fim traz um novo inicio.

Morda um pedaço da maçã.Deixe o restante para compartilhar com os passarinhos. Diga:

Sagrada Mãe Deméter,
Conforte-me e proteja-me em meus períodos de dificuldades.
Instrua-me nos Mistérios.
Você e sua filha Perséfone possuem o poder
Para conduzir-me a um novo entendimento.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

ANUKET, A DOADORA DA VIDA

LUA CRESCENTE
 
O nome dessa divindade era grafado como Anuket, Anqet ou Anukis. Era conhecida como Aquela Que Aperta, e era a deusa das Cataratas do Nilo. Seu simbolo era a concha do cauri, (a concha usada no jogo de búzios na Umbanda e Candomblé) um antiquíssimo símbolo da Grande Deusa. Assim como muitas outras deusas egípcias, acreditava-se que Anuket havia-se originado de si própria. Como a segunda esposa do deus Khnemu (uma divindade lunar), ela possuía uma morada especial na ilha de Seheil. Era também cultuada em Elefantina juntamente com Khnemu.
Por vezes era representada como uma mulher vestindo grande coroa emplumada, por vezes possuindo quatro braços. Esses quatro braços representavam a união dos princípios masculino e feminino.
Anuket pode ser chamada para abençoar e dar boas-vindas a um novo bebê ou filhote de animal. Ela era chamada de a Doadora de Vida, tanto de humanos como de animais. As primeiras formas da Lua Crescente são um excelente período para bênção e recepção familiar a uma nova criança ou animal. Apesar desse ritual ter sido escrito para uma criança, é possível utiliza-lo praticamente do mesmo modo para animaizinhos.
 
Prepare um altar em miniatura numa mesa. Use uma toalha branca ou rendada. Coloque duas velas brancas ou prateadas sobre a mesa. Numa bela vasilha, derrame um pouco de água fresca e adicione algumas pétalas de rosa; coloque essa vasilha no centro do altar, entre as velas. Deixe seu sistro à direita da vasilha, e a Ank à esquerda. Acenda incenso de rosas. Pode deixar um vaso com flores coloridas ao lado. Coloque também um cálice com leite ou suco ao lado da vasilha de água. Se preferir, um cálice pode contar leite para a criança (ou animal) e o outro, suco ou vinho para os participantes.
Apanhe a criança em seus braços e segure-a de frente para o altar. Diga:
 
Eu apresento este(a) filho(a) de (nomes dos pais) aos Antigos Deuses.
Anuket, deusa da vida, eu lhe peço, abençoe-o(a).
(Toque levemente a testa da criança com a Ank).
Abra seus olhos para a eterna verdade da Existência.
Oriente-o(a) pela trilha espiritual que deverá seguir.
 
Passe a criança a um dos pais. Erga a vasilha de água com pétalas de rosa, dizendo:
 
Estas são as águas sagradas de Anuket.
Que Anuket sempre guie e proteja esta criança.
 
Recoloque a vasilha no altar. Molhe a ponta de seu indicador e toque a testa da criança, depois a boca e o coração.
 
Seja bem-vindo(a), pequeno(a), Você é amado(a).
A Deusa o(a) ama. Nós o(a) amamos.
Bem-vindo(a) a este mundo.
 
Faça com que um dos pais leve a criança ao seu lado, enquanto o outro carrega a Ank, caminhando no sentido horário ao redor da sala, iniciando no leste e parando em cada direção. Apanhe o sistro com  sua mão de poder e balance-o três vezes diante de cada direção. A pessoa que estiver segurando a Ank deverá erguê-la em apresentação em cada direção.
Dirija-se ao leste e diga:
 
Forças do Ar, Deidades do leste,
Concedam a esta criança a sabedoria e o verdadeiro conhecimento.
 
Volte-se para o sul. Diga:
 
Forças do Fogo, Deidades do sul,
Concedam a esta criança o crescimento espiritual de acordo com o Antigo Caminho.
 
Volte-se para o oeste. Diga:
 
Forças da Água, Deidades do oeste,
Concedam a esta criança a tranquilidade espiritual e emocional.
 
Termine voltando-se para o norte. Diga:
 
Forças da Terra, Deidades do norte,
Concedam a esta criança prosperidade e bem-estar.
 
Retorne ao altar e, de pé diante dele, deposite o sistro e a Ank. Apanhe o cálice de leite. Diga:
 
Anuket, doadora de vida, cuide desta criança.
Mantenha-a em suas mãos suaves,
Protegendo-a e orientando-a por todos os dias de sua vida.
 
Dê um pouco do leite para que a criança beba. Se for pequena demais para beber, molhe a ponta de seu dedo indicador no leite e ponha na boca da criança.
 
Vocês, (nomes dos pais), prometem perante Anuket,
Que amarão esta nova vida e cuidarão dela
Que ela confiou a seus cuidados?
 
Pais respondem:
 
Sim!
 
Apanhe o cálice de suco ou vinho. Diga:
 
Regozijem, pois Anuket abençoa a todos.
Bebam deste cálice e selem seu pedido à deusa.
 
Primeiro os pais, depois todos os demais presentes, tomam um gole do vinho ou suco.
Termine o ritual.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

RITUAL - A TÊMIS ORACULAR

Têmis é uma antiquíssima deusa da justiça, conhecida pelos romanos como Justícia. Juramentos eram prestados em seu nome ao se trajar seu sagrado manto púrpura. Ao prestar juramento deste modo, a pessoa dizia que, caso omitissem a verdade, a deusa poderia matá-la.
Têmis era a filha de Urano e Gea, e mãe de Atlas e Prometeu. De Zeus ela gerou as Horae e as Moerae. Era a conselheira de Zeus e respeitada por todos os olímpicos. Carregando uma balança, ela representava uma outra forma da Mãe Terra, personificando a lei e a ordem. Têmis protegia os inocentes e punia os culpados. Assim como a estátua da justiça de hoje, ela foi vendada, enquanto em eras antigas ela podia ver o passado, o presente e o futuro.
Essa era a deusa da consciência coletiva e da ordem social, da lei espiritual divina, paz, ajuste de divergências, justiça, encontros sociais, juramentos, sabedoria, profecia, ordem, nascimentos, cortes e juizes. Foi também a inventora das artes e da magia.

Execute esse ritual na Lua Crescente ou Cheia. Acenda incenso de jasmim ou lótus. Deite suas cartas ou o que tenha planejado utilizar em seu altar. Encha um cálice com suco vermelho escuro ou vinho, e deixe-o próximo ao seu local de trabalho. Acenda duas velas roxas, uma de cada lado do cálice. Erga suas mãos sobre seus instrumentos divinatórios e diga:

Deusa da Lua e da Magia,
Deusa dos Mistérios,
Mostre-me a resposta que venho buscando,
Revele-me todos os destinos.

Beba três goles da bebida. Embaralhe suas cartas e deite-as da maneira que lhe aprouver ( ou qualquer outro oráculo que você utilize). Após terminar o processo divinatório, levante-se, erga os braços e diga:

Honra àqueles que me ajudaram,
Agradeço livre e sinceramente,
Sua orientação será para sempre apreciada e aceita.
Assim seja.

As velas não precisam queimar até o fim, podendo ser reutilizadas para outros rituais divinatórios.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

AS PALAVRAS DE LILITH

"Eu sou a Senhora da Escuridão, a Alta Sacerdotisa, primeira entre todas as criaturas, a primeira a ouvir a verdade sussurrada...
Sou Lilith, a verdadeira mulher. Lilith, a não dominada, imortal, livre. Lilith, a Rainha do Succubus. Lilith, a Mãe das Trevas. Minha sabedoria é ser como eu sou.
Oh, filhas do mundo, por que não buscas prazer em todas as coisas?
Não ficarias alegre em desfrutar sem medo tudo o que tu desejasses?
Por que fazes vós submetem a servidão, a ninguém ou coisa, em vez de dominar a ti mesmo?
Por que temeis o prazer desta vida, em vez de vivê-la?
Por que não exploras o teu potencial e expande os teus limites?
Por que permites deixar um dogma vós cegar para tua razão e instinto?
Por que não vos busca sabedoria de todos os tipos, sem medo de conseqüência e conheça tudo o que queres saber, e explora as sombras que covardes temem?
Conheça de uma vez que todas as coisas eram mentiras, e que sou tão temida porque me recusei a ser dominada. Sabe que eu buscava o verdadeiro Criador, quando este se provou falso.
O amor que tu sentes, sintas sem remorso, não rejeite e ai sem culpa. Deixe o amor não se tornar um jugo sobre a tua garganta, ou um punhal no teu coração.
Nossas armas são potentes, se mantidas sempre afiadas. Deixa a tua espada cantar tão livremente quanto a tua voz.
Vós não deve ter orgulho em tudo quanto tens conseguido, aceitar e aprender com os teus fracassos? Por que permitir que qualquer o ônus de teus recompensas em ambos os casos? O que é teu é teu, e nenhum outro.
Tu sabe que todo o mal existe na limitação?
O único mal pode é a negação de si mesmo, ou a negação do outro.
Todos podem fazer o que quiserem, enquanto não privar outro de este direito!
Por que fazeis temer os poderes da tua carne,se a tua maior força reside na provocação do desejo, e a tua carne é como um instrumento de prazer?
Somos feitos para a nossa própria alegria e a alegria de nossos semelhantes.
Meu templo é o templo de carne. Sacrifícios para mim são luxúria, os gritos orgásmicos de êxtase. As ofertas que quero de ti são teu suor, lágrimas e prazeres molhadas da carne.
Mulheres, vós, que seriam as minhas filhas, deleitem-se com os presentes que eu já derramei sobre ti. Conheces e alegrai-vos, porque vocês são as minhas favoritas, cada um te despindo diante minha forma e as ferramentas de luxúria!
O medo não é o sangue da lua, mas marca minha sobre ti, um símbolo do meu prazer em ti é o poder que distribuí sobre ti. Os seus ritos em meu nome com este sangue sagrado nunca falhará.
Meu mandamento a ti é simples: Ter prazer em tudo o que és. Viver a vida, e sem luxúria não se pode viver.
Ouça então sempre os sussurros na escuridão, pois o Senhor das Trevas e Eu estamos de olho em ti.
Estas são as palavras de Lilith para seus filhos e filhas.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

FESTA DA VIDA DIVINA

A Festa egípcia da Vida Divina era uma celebração anual da Lua e das águas vitais que acreditavam virem dela. 
Tanto Ísis quanto Osíris estavam associados à Lua. Ísis significa, literalmente, "umidade", e diz-se que Osíris subiu à Lua em sua ressurreição. Em outro festival egípcio, uma procissão marchava até a praia ou margem do rio. Os sacerdotes portavam uma caixa sagrada na qual havia um pequeno barco de ouro. Dentro desse barco colocava-se água fresca, enquanto todos gritavam "Osíris foi encontrado". À água eram adicionadas especiarias e dava-se à mistura a forma de uma crescente.
Entretanto, a vida divina é mais comumente associada à Deusa Tríplice. Essa tríade de deusas era conhecida por muitas culturas ao redor do mundo sob muitos nomes. Para os gregos, a tríade era Perséfone, Deméter e Hécate. Para os romanos, Prosérpina, Ceres e Hécate. Para os celtas irlandeses, a Deusa Tríplice era Morrigan (ela própria tríplice), mas também Anu ou Danu, Badb e Macha. Em Gales, o trio consistia de Blodeuwedd, Arianrhod e Cerridwen.

 Para realizar na Lua Cheia. Material necessário: velas amarela e verde e um caldeirão. 
Após abrir o circulo e chamar os guardiães direcionais, diga:

"A colheita se completa.
Agora toda a vida repousa antes da chegada do inverno.
Luz e trevas se equilibram.
Este é o período de agradecer à Deusa Tríplice."

Acenda as velas amarela e verde com as velas do altar.
Cuidadosamente, leve as velas verde e amarela ao redor da área ritual, iniciando e terminando no leste, e no sentido horário. Em cada direção dos elementos, pare e diga:

"Eu trago a colheita deste ano
Abençoem esta safra, ó Senhoras da Vida Divina."

Apóie as velas sobre suportes no altar. Bata no caldeirão três vezes com seu bastão e diga:

"Da vida surge a morte.
Da morte novamente surge a vida.
O Universo  e tudo nele contido observam este ciclo,
Eternamente terminando, eternamente renovando.
Assim é com todos os humanos,
Tanto no físico como no mental.
Removam todas as sementes de pensamentos negativos 
que eu tenha plantado.
Que eu colha apenas as sementes de pensamentos que me tragam
alegria e abundância.
Ensinem-me a buscar coisas melhores.
Por isso eu honro e louvo
A Deusa Tríplice da Vida Divina."

Agora é um momento indicado para orientação e aprendizado através de técnicas divinatórias. Meditação visando receber instruções é também válido. Feche o circulo.