quarta-feira, 4 de setembro de 2013

SELENE E ENDÍMION

A deusa grega Selene, também conhecida por Mene, era irmã de Hélios (o Sol) e Eos (a Alvorada). Era uma das filhas dos Titãs Hipérion e Téia(ou Tétis). Apesar de inicialmente ser uma deidade diferente, após algum tempo Selene passou a ser associada a Ártemis e especialmente à romana Diana, que controlava a Lua.
Como deusa lunar, Selene era famosa por seus relacionamentos com deuses ou homens, sem jamais permitir-se ligações definitivas. Quando sentiu-se fascinada pelo belo pastor Endímion, passou a negligenciar sua tarefa noturna de conduzir a Lua pelos céus. Isso despertou a atenção dos outros deuses, que passaram a desconfiar desse estranho comportamento de Selene. Perceberam que a carruagem de Selene era constantemente desviada de sua rota celeste. Noite após noite, a deusa sentava-se ao lado do jovem adormecido, beijando-o suavemente e infiltrando-se em seus sonhos.
Finalmente, Zeus decidiu que algo deveria ser feito. Selene negligenciava suas tarefas e estava excessivamente pálida devido a seus encontros noturnos com o pastor. Zeus convocou Endímion e deu ao jovem homem uma escolha: morte da forma que lhe aprouvesse ou sono eterno durante o qual ele não envelheceria. Endímion preferiu adormecer.
Segundo a lenda, numa caverna Cariana no Monte Latmos, Endímion ainda dorme e Selene continua fugindo de suas rondas noturnas para visitá-lo. Enquanto Selene permanece ao lado de seu pastor adormecido, a Lua começa a desaparecer até que suma por completo. Quando ela retorna a suas atividades, a Lua volta a crescer até atingir a Lua Cheia. Mesmo que Endímion ainda durma e só veja a Deusa da Lua em seus sonhos, a lenda diz que ela já deu à luz cinquenta filhas dele.
Endímion simboliza a porção "adormecida" da mente humana, aquele algo impossível de ser identificado que sofre influencias das fases da Lua, especialmente nos sonhos. Assim como Endímion gerou cinquenta filhas durante seu sono, também nós somos fertilizados com ideias criativas durante nossos períodos receptivos de descanso, seja através dos sonhos, meditação ou devaneios.

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