terça-feira, 30 de julho de 2013

13 DE MAIO

Procissão de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal e comemoração da abolição da escravatura, no Brasil.

Neste dia, festejam-se na umbanda os "Pretos Velhos", entidades espirituais que se apresentam com a roupagem fluídica de escravos, como pretos ou pretas velhas. Entidades sábias e pacientes, aconselham os "filhos de fé", receitam remédios caseiros ou ervas, rezam "quebranto" e desfazem os "nós mágicos" que atrapalham a vida das pessoas. De acordo com sua fé ou necessidade, acenda uma vela roxa ao pé de uma árvore velha, ofereça um cachimbo de barro com fumo de rolo desfiado, um pratinho com canjica e um copinho de café amargo. Peça a estes espíritos ancestrais proteção e sabedoria, abrindo seus caminhos materiais e espirituais e aliviando seu sofrimento.

Nos países eslavos, homenageavam-se Purt Kuva, a velha da casa e Purt Kuguza, o velho da casa, espíritos protetores das casas, guardiões e curadores. Purt Kuva era uma deusa ancestral do destino conhecida, posteriormente, como uma mulher velha que aparecia na iminência de doenças ou desgraças. Se fosse devidamente reconhecida e agradada com oferendas de mingau, pão, panquecas e cerveja, ela ficava feliz e protegia a casa contra incêndio, roubos e os espíritos das doenças. Se fosse desrespeitada ou irritada, ela provocava doenças e azares. Quando uma  família se mudava para uma nova casa, antes de qualquer outra providência, colocava-se no chão da casa as oferendas para o Velho Casal, pedindo-lhes as bênçãos e proteção.

12 DE MAIO

Celebração de Cernunnos, o deus celta da vegetação, consorte da Deusa, senhor dos animais e guardião dos caminhos. Ele representa o principio gerador e fertilizador da vida, o protótipo da virilidade masculina. Venerado pelos druidas como Hu Gadarn, o Deus Cornífero, era representado com adornos de chifres em sua cabeça, barbudo, nu, usando apenas um colar chamado "torque", um escudo e uma lança. Seus símbolos eram o cervo, o touro e a serpente. Além de reger a vitalidade e a vegetação, Cernunnos era também, o guardião dos portais do mundo subterrâneo e das encruzilhadas, senhor da caça selvagem, recolhendo as almas. A Igreja Católica metamorfoseou-o na figura do Diabo, transformando sua sexualidade e liberdade de instintos em sinônimos de pecado, luxuria e perdição.

Comemoração de Luot-hozjik, a deusa eslava das florestas, protetora dos cervos e das renas. Ela vivia em uma colina coberta de liquens, tinha o rosto e os pés humanos mas o corpo peludo, como o de uma rena.

Na Lituânia, cultuavam-se Meza Mate e Veja Mate, a mãe da floresta e a mãe do vento. Filhas de Zeme, a Mãe Terra, elas protegiam as árvores, os animais e os pássaros.

Festival de Shashti, na Índia, dedicado ao deus da floresta e dos animais Aranya Shashti.

Parada dos gatos na Bélgica, homenageando os felinos, animais sagrados do Egito e "parceiros" das bruxas.

11 DE MAIO

Cerimonia da chuva na Guatemala, celebrada com danças de mulheres invocando as chuvas fertilizadoras, segurando moringas cheias de água, batendo tambores e sacudindo chocalhos. Invocava-se a deusa da chuva Xtoh e a deusa da terra Xcanil, derramando-se a água de cinco cocos sobre a terra.

Antiga comemoração russa das Russalkas, os espíritos da água, cuja dança noturna proporcionava o crescimento e a maturação das plantas. Vestidas com roupagens de folhas verdes e com serpentes nos cabelos, elas traziam a chuva para os campos. No final do verão, as Russalkas recolhiam-se em seus esconderijos no fundo dos rios, onde permaneciam até a primavera seguinte. Acreditava-se que as Russalkas era os espíritos das virgens afogadas e, para atrair sua boa vontade, lhe eram ofertados pão e sal. Na Romênia, nos períodos de seca, as moças das aldeias se cobriam com folhas e galhos verdes e dançavam nas ruas pedindo chuva, enquanto a multidão jogava sobre elas baldes de água, batia palmas e recitava orações para os espíritos da água. Com a cristianização, as Russalkas foram sincretizadas com o culto de Maria, resultando na figura de Mari- Russalka, protetora da água e dos salgueiros.

Na Austrália, homenageavam-se as irmãs Wawalag, duas deusas responsáveis pela fertilidade e procriação, representadas pela chuva e pela força vital das mulheres Foram elas as responsáveis pela civilização, ensinando-nos a usar certas plantas e raízes para comer, nomeando as criaturas da terra e transmitindo aos homens o dom da linguagem.

Os países eslavos celebravam, neste dia, Doda, a deusa da chuva e Ved-Ava ou Azer-Ava, a mãe das águas e da fertilidade.

Celebração dos "Santos do Gelo" e da "Sofia Gelada", versões cristianizadas dos antigos espíritos da natureza.

10 DE MAIO

Celebração de Cynosura, a deusa cretense das estrelas e dos planetas. Algumas lendas descrevem-na como a babá de Zeus enquanto ele esteve escondido - como criança - na gruta do monte Ida, em Creta. Como gratidão, Zeus transformou-a na Constelação da Ursa Menor. Outros mitos mais antigos mencionam Cynosura como uma deusa da Terra e do céu, mãe e guardiã da ilha, sendo que sua constelação - a Ursa Menor - servia de ponto de orientação aos navegantes.

Dia de Tien Hou, em Hong Kong, a rainha do céu, deusa do oceano a da estrela do norte, protetora dos marinheiros e dos pescadores. Apesar de ser uma deusa d'água, ela flutuava com as nuvens, consultando os ventos para descobrir e salvar os marinheiros em perigo. Tien Hou é idêntica à Qan (ou Chuan) Hou, a deusa da alvorada, regente dos rios, da pesca, dos animais aquáticos e das viagens.

Celebração de Ausrine ou Auseklis, a senhora da estrela da manhã, a deusa lituana da alvorada que acende todos os dias o fogo solar que ilumina a Terra. Ela tem duas irmãs: Zleja, a deusa da luz solar do meio-dia e Breksta, a deusa do crepúsculo e da escuridão. Ausrine é similar à deusa grega Eos, às Auroras eslavas e à Aarvak nórdica sendo todas deusas da alvorada.

Comemoração de Anaitis, a deusa persa da Lua, da água, do amor e da guerra, equiparada a Anahita e Ant.

Casamento sagrado do deus Shiva e da deusa Meenakshi, comemorado com oferendas de flores brancas, incenso e cânticos.

9 DE MAIO

Celebração de Perchta ou Berchta, antiga Deusa Mãe da Alemanha, Suíça e Áustria, que fertilizava os campos e os animais. Ela aparecia para os camponeses como uma mulher madura, com rosto enrugado, alegres olhos azuis, semblante sorridente, longos cabelos brancos e roupas esvoaçantes. Perchta não suportava a preguiça e castigava os preguiçosos com agulhadas e arranhões.

Lemúria, comemoração romana dos Lêmures, espíritos dos mortos que voltavam para visitar suas famílias e casas. Para homenageá-los, os familiares preparavam e ofereciam as comidas de seu agrado. As pessoas procuravam se purificar de qualquer ressentimento ou mágoa que tivessem em relação às pessoas falecidas por meio do perdão e da reconciliação. Para aqueles que haviam morrido mas não tinham túmulo, o chefe da família oferecia feijões pretos e recitava uma oração poderosa por nove vezes. Os feijões representavam o poder de regeneração e eram oferecidos, também, para as carpideiras ("ambasciatrice") que choravam os  mortos durante os velórios.

Neste dia, honre você também seus ancestrais fazendo um pequeno altar com flores e suas fotografias. Acenda uma vela branca e um incenso de rosas e ore pela paz de seus espíritos. Agradeça-lhes pela linhagem e os exemplos que lhe deixaram, levando alguns feijões para seus túmulos.

Dia da Mãe Terra na China.

8 DE MAIO

Celebração irlandesa da deusa Macha em sua tríplice manifestação de guerreira, esposa e rainha. Chamada de "Rainha dos Fantasmas", Macha, às vezes, era considerada uma metamorfose das deusas guerreiras Morrigan e Badb. Antes da chegada dos celtas, ela era venerada na Irlanda nos templos de Emain Macha, em  Ulster. Sua voz enfeitiçava os homens nos campos de batalha, atraindo-os para seu escuro reino da morte. Alguns pesquisadores equiparam Macha à deusa asiática Macha Alla ou Machalath, a senhora da vida e da morte e à deusa hindu Durga.

Comemoração de Mari, a deusa basca regente da chuva e da seca. Ela também punia todos os culpados de roubo, mentira e violência. Às vezes, aparecia como uma mulher madura, atravessando o céu em uma carruagem puxada por cavalos pretos. Mari morava em um lindo palácio nas nuvens, que ela substituía a cada sete anos. Podia aparecer, também, como uma árvore em chamas, uma nuvem branca, o arco-íris ou uma velha morando em cavernas, que se metamorfoseava em aves de rapina. Na mitologia hindu também existe Mari, a deusa que personifica a morte, senhora da chuva, da seca e das doenças contagiosas.

Neste dia, em Cornwall, na Inglaterra, começam as Danças Florais, provavelmente inspiradas nas celebrações romanas de Florália. Segundo as lendas, a criadora destas danças foi a deusa donzela Marian.

Dia da cegonha, na Dinamarca, reminiscência das antigas homenagens feitas para as Deusas Pássaros.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

7 DE MAIO

Celebração egípcia de Anuket, antiga deusa das águas e da fertilidade da Terra. Seu emblema era o búzio, sendo representada com quatro braços. Como símbolo da união da polaridade masculina e feminina, seu nome era "A Una". Criada por si mesma, Anuket era virgem; no entanto, gerou o deus solar . Ela era invocada durante as inundações do Nilo, nos templos de Aswan e da ilha sagrada de Seheil.

Thargélia, festival grego do deus Apolo, o lindo deus do dia e do Sol. Apolo, assim como sua irmã Ártemis, era filho de Zeus e de Leto, sendo venerado na ilha de Delfos. Apolo tinha múltiplas atribuições: musico, por tocar lira, poeta, curandeiro, protetor dos rebanhos e adivinho. Originariamente, o Oráculo de Delfos pertencia à sua irmã Ártemis mas, com o passar do tempo e o fortalecimento da sociedade patriarcal, as atribuições da Deusa foram delegadas ao Deus e Pythia passou a ser a sacerdotisa oracular de Apolo.

Festa de Serpari, procissão cristã com serpentes em Abruzzi, na Itália, reminiscência das antigas celebrações do poder transmutador e regenerador da Deusa. A serpente, antigo símbolo da Deusa, foi posteriormente considerada um símbolo fálico nas sociedades patriarcais e sinônimo do mal nas escrituras cristãs.

6 DE MAIO

Antiga comemoração da deusa loura irlandesa Inghean Bhuidhe, celebrando o inicio do verão. Esta deusa tinha duas irmãs: Lasair, que regia a primavera e Latiaran, que anunciava a chegada do outono. Seu culto sobreviveu à era cristã disfarçado no de outras santas, honrando Inghean com rituais e oferendas nas fontes sagradas.

Celebração grega das Horas, as deusas menores da natureza: Thallo, da primavera; Carpo, do outono; Eunômia, da ordem; Dicéia, da justiça e Eirene, da paz.

Estas deusas regiam a ordem natural dos ciclos anuais, das estações e do crescimento das plantas. Depois, tornaram-se também as deusas da natureza humana e regentes da ordem social.

Celebração dos deuses Fauna e Faunus, aspectos da deusa Diana, senhora dos animais. Regentes da fertilidade da Terra e dos animais, Fauna e Faunus eram os protetores das florestas e dos animais selvagens.

Dia consagrado à deusa eslava Vila ou Samovila, representando a força da natureza. Como protetora das florestas, dos animais e reguladora das chuvas, Vila aparecia para os caçadores como uma mulher bonita, com longos cabelos louros, asas coloridas e trajes brilhantes. Feroz protetora dos animais e de seus filhotes, ela não hesitava em matar aqueles que caçavam ou maltratavam os animais em seu habitat. Vila podia metamorfosear-se em serpente, cisne, falcão, cavalo ou redemoinho, iludindo e desviando os caçadores. Ela também era detentora dos segredos da cura com plantas e ervas. Se alguém queria ser por ela guiada, deveria ir bem cedo a uma floresta, fazer um circulo com galhos de bétula, oferecer-lhe uma ferradura e cabelos da crina de uma égua. Imitando o relinchar da égua e batendo com o pé direito sobre a ferradura, o suplicante podia chamar Vila e, quando ela aparecesse, saudá-la como a "Grande Irmã" e pedir-lhe a iniciação os segredos das ervas.

5 DE MAIO

Celebração de Iris, a deusa grega guardiã do arco-íris e mensageira de Hera. Iris formava o arco celeste, cujo espectro de cores representava todas as possibilidades de manifestação do Poder Divino. Seu nome foi dado, também, à parte do olho que mostra as variações possíveis de cores e sua planta sagrada, o íris, afasta as influencias negativas. Para buscar a água a ser usada nos juramentos, Iris era uma das poucas deusas do Olimpo que podia ir ao mundo subterrâneo.

Em várias outras mitologias, existem deusas e deuses guardando esta colorida ponte, que liga a Terra ao Céu: na Austrália, temos Jullungul; na África, Dan e na Escandinávia, o deus Heimdall, entre outros.

Kodomono Hi, o Festival dos Estandartes no Japão. Milhares de pessoas, entre adultos e jovens, soltam, neste dia, pipas coloridas em forma de dragões ou peixes, feitas de papel de arroz e bambu. Flamulas decoradas com os mesmos motivos enfeitam todas as casas. Para celebrar a entrada na puberdade, os rapazes recebem de suas mães estandartes em forma de peixes, para lhes dar coragem e perseverança ou dragões, que simbolizam o poder mágico e a sabedoria.

Festival do Dragão, na China, com procissões de barcos enfeitados com figuras de dragão. O dragão simboliza os poderes sobrenaturais do ar, da água, do fogo e da terra.

Dia da Artemísia na China. As mulheres chinesas confeccionam, neste dia, bonecas com folhas de artemísia e penduram-nas acima das portas e das janelas para afastar entidades e influencias negativas. A artemísia é considerada uma erva sagrada mágica, usada para purificação, proteção e para despertar e ativar a percepção psíquica em vários lugares do mundo, em várias tradições.

4 DE MAIO

Antiga celebração da deusa celta das flores Blodewedd. Segundo as lendas, ela foi criada a pedido do deus solar Llew Llaw, amaldiçoado por sua mãe Arianrhod para nunca se envolver com uma humana. Por meio da magia, esta deusa foi criada de nove espécies de flores mas, quando foi descoberta sua infidelidade, os mesmos magos que a criaram transformaram seu rosto florido em uma cabeça de coruja.
Mitos mais antigos consideram Blodewedd uma manifestação da Mãe Terra, como a senhora da vida e da morte, da mesma forma que Blathnat, a "Pequena Flor", filha do Rei das Fadas na Irlanda.

Dia do Espinheiro, árvore sagrada da Deusa. Chamada também de Árvore de Maio, o espinheiro representava os três aspectos da deusa: a pureza virginal, a fertilidade materna e a força destruidora da anciã, descrita na lenda de Cu Chula in como a "maldição do espinheiro". O espinheiro, quando localizado em lugares sagrados, era honrado colocando-se fitas ou pedaços de panos coloridos em seus galhos. Posteriormente, esse dia foi dedicado a Santa Mônica, marcando o começo da Lua do Espinheiro no calendário celta.

Festival da tríplice deusa celta Cerridwen, guardiã do caldeirão sagrado da transmutação e do renascimento.

3 DE MAIO

Ultimo dia de Florália celebração dedicada à deusa Flora iniciada em 28 de abril. Esta deusa romana personificava o florescimento de toda a natureza, inclusive a humana. Honrava-se o corpo da mulher com desfiles de mulheres nuas adornadas de flores. Invocava-se Flora para facilitar a concepção, pois a flor é o órgão sexual da planta. Durante seus festejos, soltavam-se lebres e bodes no meio das pessoas para atrair a fertilidade e jogavam-se feijões e tremoços sobre a multidão. Posteriormente, seus rituais sagrados degeneraram em orgias e Flora foi considerada a padroeira das prostitutas.
As mulheres que têm dificuldade em conceber podem, nesta data, invocar a ajuda da deusa Flora, oferecendo-lhe flores, sementes germinadas e frutos germinados.

Festival romano de Bona Déa, a deusa do bem-estar, período no qual as mulheres festejavam a deusa com rituais secretos proibidos aos homens. As estátuas masculinas eram cobertas e as mulheres reuniam-se na casa de uma matrona abastada, onde as Vestais dirigiam os rituais mantidos em segredo.

É um bom dia para se reunir com suas amigas, trocando confidências e divertindo-se. Porém, não esqueça de reverenciar o Sagrado Feminino, presente em cada mulher e manifestado na variedade das figuras femininas, unindo todos os corações apesar das diferenças e desencontros das personalidades.

2 DE MAIO

Comemoração da antiga deusa pré-helênica Helena Dendritus, a senhora das árvores. Segundo o mito, ela tinha dois irmãos, Castor e Pólux, nascidos de um ovo posto por sua mãe Leda, uma das manifestações lendárias da Deusa Pássaro. Helena era tão bonita e seus seios tão perfeitos que serviram de molde para os oleiros gregos aprenderem a modelar taças. Como uma deusa da vegetação, Helena era reverenciada em vários bosques, onde seus devotos colocavam nas árvores oferendas e estatuetas de argila. Seu nome era dado às rainhas, sendo a mais famosa delas Helena de Esparta, cuja beleza teria contribuído para a famosa guerra de Tróia.

Celebração de Hina, a grande deusa da Polinésia, senhora da morte, rainha guerreira e regente da lua.

Nesta data celebrava-se, também, Hellen, a deusa lunar da Beócia, regente do mar e das marés, deusa ancestral dos povos pré-iônicos, transformada, posteriormente, na deusa Helena e em Selene.

Dia de Ysahodhara, mulher de Buda e Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, nas Filipinas. Ambas comemorações são reminiscências dos antigos festivais das deusas.

1º DE MAIO

Comemoração de Asherah, a grande mãe dos semitas, celebrada como a Árvore da Vida com oferendas de frutas e fitas amarradas nas árvores. Considerada a própria força da vida, esta Deusa era invocada nos partos e nos plantios. Nos templos, era representada por um pedaço bruto de madeira chamado "asherah" mas, nos altares domésticos, estatuetas de argila mostravam-na como uma mulher-árvore, com os pés na terra e de cujo ventre nasciam todos os seres. Seu culto foi perseguido e depois abolido pelos hebreus patriarcais, mas sua força, profundamente enraizada nos corações dos homens, emergiu em outras culturas, sob outros nomes, como Ashnan, na Suméria e Athirat, no Egito.

Dia dedicado à deusa greco-romana Maia. Essa deusa do fogo regia o calor vital e a sexualidade. Durante suas festas, era permitida uma certa licenciosidade e liberdade sexual. Posteriormente, na Igreja Católica, esta data foi dedicada a Maria, a Rainha do Céu e, em lugar dos rituais sexuais de fertilidade, declarou-se Maio o mês dos casamentos.

Festival druídico celebrando a união da Deusa com o Deus e o renascimento do Sol, marcando a "morte" do inverno e o "nascimento" da primavera. Na madrugada deste dia, os Druidas recolhiam o orvalho dos campos para usa-lo em encantamentos de boa sorte. No decorrer do dia, concursos de poesias e musicas, competições esportivas e danças sagradas circulares. Os celtas celebravam, neste dia, Creiddylad ou Cordélia, a deusa do amor, da paixão e das flores de verão. Para conquistá-la, o deus do ar e o deus do mundo subterrâneo lutavam entre si.

Comemoração de Tanith, a deusa cartaginense representada como a regente do céu. Tanith era representada como uma criatura alada , com o zodíaco envolvendo sua cabeça, usando um vestido coberto de estrelas e segurando nas mãos o Sol e a Lua. Os povos púnicos chamavam-na de Mãe e acreditavam que tinham vindo de seu reino, o céu.

Celebração da deusa finlandesa Rauni, a guardiã do trovão. Sua árvore sagrada era a sorveira, uma árvore mágica nascida de seu amor com o deus dos relâmpagos, cujas folhas, frutos e galhos eram usados em rituais e encantamentos mágicos.

terça-feira, 23 de julho de 2013

MAIO

A deusa grega Maia, mãe do deus Hermes e a mais importante das "Sete Irmãs" - representadas pela constelação das Plêiades -, deu origem ao nome deste mês. Maia, também chamada de Maius pelos romanos, era a deusa do calor vital, da sexualidade e do crescimento, sendo homenageada durante o festival de Ambervália, que incluía rituais de purificação e de proteção da terra.

O nome anglo-saxão antigo do mês era Thrimilcmonath ou "o mês em que as vacas dão leite três vezes ao dia" e, na tradição Asatru, é Merrymoon. No calendário sagrado druídico, a letra Ogham correspondente é Duir e a árvore sagrada é o carvalho. O lema do mês é "fortaleça-se e cresça".

As pedras sagradas do mês são a ágata e a esmeralda. As divindades regentes são Maia, Bona Dea, Asherah, Blodewedd, Iris, Macha, Maeve, Diana, as deusas da vegetação e da água e os deuses Apolo, Pan e Cernunnos.

Os povos nativos denominaram este mês de Lua Alegre, Lua Brilhante, Lua Flor, Lua do Retorno dos Sapos, Lua do Leite, Lua do Plantio do Milho, Lua das Folhas e Mês da Alegria, entre outros.

Na tradição celta, o nome do mês era Mai e era considerado um período de liberdade sexual. Celebrava-se a fertilidade da natureza (vegetal, animal e humana) durante os fogos cerimoniais de Beltane.

Dos rituais antigos dedicados à deusa irlandesa da vida, da morte e da sexualidade Sheelah Na Gig, permaneceu o hábito de pendurar roupas velhas nos espinheiros, no quarto dia do mês, para afastar a pobreza e o azar.

Na Roma antiga, comemorava-se a deusa Bona Dea, a protetora das mulheres e homenageavam-se os Lêmures, os espíritos dos ancestrais, durante o festival de Lemúria, com oferendas em seus túmulos.

Os antigos gregos tinham os rituais de Kallynteria e Plynteria para a limpeza dos templos e das estátuas e festivais especiais para celebrar Pan, o deus da virilidade e da vegetação, Perséfone, a rainha do mundo subterrâneo e seu consorte, o deus Plutão.

Comemoravam-se também Diana, a deusa da Lua e da vida selvagem e as Parcas, as deusas do Destino.

Asherah, a Grande Mãe dos semitas, marcava o inicio do mês, celebrada com oferendas de frutas e fitas, como a Árvore da Vida nos bosques sagrados.

Perchta, a Deusa Mãe, era reverenciada na antiga Alemanha e as Três Mães (a tríplice manifestação da Deusa) em vários lugares da Europa.

Os celtas celebravam as deusas da guerra Macha e Maeve. Blodewedd, a deusa das flores e Cerridwen, a guardiã do caldeirão sagrado.

Na França, durante o festival das Três Marias, os ciganos festejam até os dias de hoje a deusa Sara Kali - posteriormente cristianizada como Santa Sara - com procissões, danças, casamentos e feiras. É a única celebração da Deusa ainda mantida viva, as Três Marias representando a trindade feminina encontrada na maior parte das antigas religiões e tradições.

As culturas eslavas celebravam a deusa da natureza Lada, os finlandeses a deusa da sorveira Rauni, enquanto que os povos nativos de vários lugares (Tibete, Rússia, Américas do Norte e Central) reverenciavam  os espíritos da natureza, as divindades da chuva e as deusas da Terra.

Rememorando os antigos rituais da união sagrada das polaridades ( o casamento da Deusa e  do Deus), dedique este mês a buscar sua harmonia pessoal, conciliando seus opostos, aparando as arestas e criando condições para atrair um parceiro compatível ou para aprofundar uma relação já existente.

30 DE ABRIL

Em vários lugares da Europa comemorava-se, na noite deste dia, o festival celta do fogo Sabbat Beltane, chamado de "A Noite de Walpurgis" na tradição saxã ou "O Dia de Vappu", na Finlândia.

Na tradição celta, os "Fogos de Beltane" reverenciavam a abundância da terra fertilizada pelos raios solares, comemorando-se com fogueiras, danças, musicas e com a encenação do "Casamento Sagrado" da Deusa da Terra com o Deus da Vegetação, representados por seus sacerdotes. Na Inglaterra e na Irlanda, mesmo nos dias atuais, esse festival ainda é festejado, na tradição Wicca, com fogueiras e danças ao redor de um mastro enfeitado com fitas ("May pole"), celebrando a união do Deus e da Deusa e a fertilização da Terra.

A Rainha de Maio é eleita, coroada com flores, permanecendo em seu trono durante as festividades. Nas danças tradicionais, fitas coloridas são trançadas ao redor do mastro. As meninas, vestidas com trajes folclóricos e usando guirlandas de flores, participam com muito empenho das danças, enquanto os rapazes, usando sinos nos tornozelos, encenam uma competição entre as forças triunfantes do verão e os males do inverno, as famosas "Morris Dances".

A antiga tribo celta dos Averni homenageava Akurime, a deusa da vida, da beleza e do amor, ofertando-lhe objetos bonitos, atos de amor ou algumas gotas de seu próprio sangue. Akurime era considerada a progenitora de todas as formas de vida, sua beleza ofuscando a das estrelas.

Comemore esta data acendendo uma vela vermelha ou pulando sobre uma pequena fogueira para se purificar. Coloque uma guirlanda feita de flores vermelhas e alecrim atrás da porta ou no telhado de sua casa para atrair a sorte. Use roupas de cor verde para simbolizar seu renascimento.

29 DE ABRIL

Na Indonésia, Dia do Arado, comemorando as deusas da terra e da fertilidade Indara, a criadora da vida e ser supremo, Ineno Pae, a mãe do arroz e Sago, a mulher das palmeiras.

Na Nigéria, celebração da deusa da agricultura Inna, protetora das propriedades, defensora contra os ladrões e da deusa Ii, a mãe das colheitas, invocada para garantir a abundância das plantações.

Antiga comemoração de Prosymna, a deusa pré-helênica da terra, da natureza e do mundo subterrâneo, ama-de-leite da deusa Hera e precursora de Deméter como deusa da terra.

Dia dedicado ao Arcanjo Rafael, o Anjo da Cura.

Acenda uma vela verde e peça às deusas da terra ou ao Arcanjo Rafael a energia física, fortalecendo sua saúde e a prosperidade material, defendendo-a das energias invasoras ou vampirizantes, dos aproveitadores e dos "parasitas" (astrais ou materializados).

28 DE ABRIL

 Inicio de Florália, as festas romanas dedicadas a Flora, deusa das flores e das alegrias da juventude. Durante os festejos, jogavam-se sementes sobre a multidão para atrair a fertilidade e a abundância.

Celebração de Chloris, a jovem deusa grega dos brotos e das sementes, namorada de Zéfiro, o deus do vento do oeste. Este casal de jovens e alegres deuses deslizava pelo céu, enfeitados com coroas de flores e tocando com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera.

Antiga festa no pais de Gales para Owen, a deusa solar, guardiã da roda dourada, o oposto de Arianrhod, a deusa lunar, guardiã da roda prateada. Owen era representada como uma linda mulher, com longos cabelos dourados, olhos violetas, bochechas de rosas e de cujas pegadas nasciam trevos brancos.

Comemoração de Cordélia, a deusa da natureza, regente da primavera na antiga Bretanha. Filha do deus do mar Lyr, Cordélia era, originariamente,considerada uma deusa do mar, cobiçada pelos deuses do ar e do mundo subterrâneo, que disputavam entre si sua conquista.

Aproveite esta data e colha algumas flores para presentear alguém ou para enfeitar a si própria ou a sua casa.

27 DE ABRIL

Celebração do Dia das Crianças na Islândia, comemorando as Deusas Meninas, filhas da deusa Madder-akka. Esta tríade de deusas - Sar-akka, Juks-akka e Uks-akka - ajudava a abertura do útero e a pélvis ao se iniciar o trabalho de parto. A parturiente devia comer um mingau de aveia e beber conhaque, enquanto as mulheres da família rachavam lenha, invocando a ajuda das deusas com preces e cantos.

Festa da deusa etrusca Zirna, regente da lua e da noite, representada por uma meia-lua pendurada no pescoço. Zirna era companheira de Turan, deusa predecessora de Afrodite, ligada à sexualidade, ao amor e à paz.

Celebração da deusa solar eslava Iarilo, criadora da vida e senhora da fertilidade. As mulheres ofertavam-lhe folhas de bétula e ovos frescos, pedindo proteção durante a gestação.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

26 DE ABRIL

Comemoração do Ano Novo em Serra Leoa com oferendas de sementes e orações para as deusas da fertilidade e da água.

Celebração de outras deusas da água em vários lugares da África:  Abenawa e Aberewa, protetoras da pesca em Gana; Afreketé, protetora do mar em Dahomey; Agiri, protetora dos rios em Benim; Harrakoi Dikko, a Mãe d'Água em Benim; Mukasa, protetora da pesca e Nagodya, protetora dos lagos em Uganda; Nummo, a Mãe d'Água primordial em Mali; Oxum, deusa da água e da sexualidade; Obá, deusa do rio e do amor e Yemanjá, a Mãe Universal, Senhora das Águas na Nigéria. As últimas três deusas foram sincretizadas nos cultos afro-brasileiros e relacionadas a santas católicas ou a manifestações da Virgem Maria.

Nos países bálticos, oferendas para as sereias Jurates. Filhas da deusa do mar Juras Mate e irmãs de Zeme, a deusa da terra, elas eram relacionadas aos poderes fertilizadores da água e à sedução dos homens, atraindo os marinheiros com seu canto.

Conecte-se a uma destas deusas e deixe-se embalar pelo som das ondas. Mergulhe no ventre primordial, nutra seu coração, cure suas feridas e lave sua alma. Renasça fortalecida e renovada, fluindo com o rio de sua vida, que a levará de volta à Fonte Original.

25 DE ABRIL

Festa africana da deusa da agricultura Tji Wara. Para garantir a abundância das colheitas, os camponeses invocavam sua bênção no ato do plantio e reverenciavam-na no momento da colheita, oferecendo-lhe os primeiros frutos e espigas de milho e, às vezes, sacrificando algum animal, salpicando, depois, seu sangue sobre a terra.

Na Estônia, comemora-se, neste dia, Ma-Emma, a Mãe Terra, com oferendas de leite, manteiga e lã, colocadas ao pé de árvores velhas ou sobre lajes de pedra. As mulheres iam em procissão, levando as oferendas e recitando esta oração: "Mãe, você me deu, agora eu lhe dou. Aceite de mim o que eu recebi de você."

Antigamente, em Roma, celebrava-se, neste dia, Robigália, o festival da deusa dos grãos Robigo, invocando sua proteção para proteger as plantações de milho das pragas e ervas invasoras.

Na Inglaterra, festeja-se "O Dia do Cuco". A chegada deste pássaro migratório, proveniente do sul, assinalava o início do verão.

Uma antiga prática divinatória recomendava que as moças desejosas de "ver" seus futuros maridos deveriam jejuar durante o dia e preparar um bolo com cevada e trigo. Ao cair da noite, deveriam colocar o bolo na soleira da porta e esperar algum presságio nos sonhos ou a aparição de um sinal ou símbolo no bolo.

24 DE ABRIL

Celebração de Mayahuel, a deusa pré-asteca detentora do poder visionário pelos sonhos e pelas alucinações, regente da Terra e do céu noturno. Ela era representada com quatrocentos seios, nutrindo as estrelas e a Terra ou como uma bela mulher sentada em um trono, cercada de tartarugas e serpentes, segurando um prato com plantas alucinógenas que induziam os sonhos e as visões. Segundo as lendas, ela se transformou em um cacto, de cuja polpa se fabrica o "pulque", uma bebida fermentada e alucinógena. Mayahuel é associada à Lua, à fertilidade, aos sonhos e ao estado de transe.

Sem recorrer a nenhuma substância que lhe afaste da realidade, procure encontrar sua "Visão Sagrada". Tome um chá de artemísia, faça uma meditação ao som de um tambor e transporte-se mentalmente para o reino de Mayahuel. Saúde-a e peça-lhe que revele os meios para transformar seus sonhos em realidade. Ou então que lhe envie algum sonho significativo para compreender melhor sua vida atual.

Dia dedicado à deusa romana Luna, a regente lunar dos meses, das estações e da lua minguante.

Dia de São Marco. Segundo as crenças celtas, na véspera deste dia, os fantasmas de todas as pessoas que iriam morrer no decorrer do ano poderiam ser vistos flutuando na frente das igrejas e por cima dos cemitérios. Para ver este acontecimento, o observador deveria permanecer acordado a noite toda, sentado na soleira da igreja. Caso adormecesse, ele não acordaria mais no dia seguinte.

23 DE ABRIL

Festival do Green Man, o deus verde da vegetação, o caçador Herne, uma das manifestações do deus Cernunnos, o principio masculino fertilizador da terra e consorte da Deusa.

Dia de São Jorge, no Brasil. Na Umbanda popular celebra-se o Orixá Ogum, a divindade iorubá do ferro, das lutas e da guerra. Aproveite esta data para sintonizar-se com esta energia guerreira para sua defesa e proteção. Acenda uma vela vermelha ou laranja, defume sua casa e seu carro, plante em um vaso de barro as plantas mais indicadas para defender sua casa ou local de trabalho, como espada e lança de Ogum, comigo-ninguém-pode, guiné-cabloco e losna.

Celebração egípcia de Neith, antiga deusa do céu, protetora das comunidades tribais, dos trabalhos manuais e dos artefatos de guerra. Um de seus nomes era Tehenut, significando "aquela que veio da Líbia" e o outro Mehueret, "a Vaca Celeste". Esta deusa tinha inúmeras atribuições, uma delas sendo a regência dos contratos de casamento. Nos casamentos realizados neste dia, os maridos eram obrigados a obedecer suas mulheres. Neith era representada com asas, chifres de vaca, uma coroa vermelha e um escudo. Seu totem era feito com duas flechas cruzadas, presas com uma pele de vaca.

Vinálias, antigo festival romano do vinho dedicado ao deus Júpiter e à deusa Vênus.

terça-feira, 9 de julho de 2013

22 DE ABRIL

Festival de Ishtar, na Babilônia, deusa que representava a força da vida e da luz, sendo reverenciada como a deusa da sexualidade e da fecundidade. Seu culto foi proibido pelos hebreus patriarcais e sua figura denegrida pelas Escrituras, passando a ser considerada como "A Mãe das Prostitutas" ou "A Grande Prostituta da Babilônia".

No Japão, festa do casal divino O-Yama-no-kami e Kemo-tama-yori-hine. Invocados para abençoar os casais com harmonia e fertilidade, eram reverenciados com cânticos, oferendas de frutos e encenações do ato sexual.

Cerimonia de Plenteria, em Roma, a lavagem ritualística do templo da deusa Minerva.

Dia da Terra, na Islândia, celebrando a chegada da primavera e homenageando Gerda, a severa deusa da terra, congelada pelo inverno, que despertava pelo toque de Freyr, o alegre deus da primavera e da vegetação.

Dia Internacional da Terra, celebrando Gaia, a Mãe Terra. É uma data indicada para orar pela paz e pela pureza do meio ambiente.

21 DE ABRIL

Festival da deusa egípcia Hathor, a rainha do céu, da Terra e da Lua, a criadora primordial, mãe de todas as divindades. Manifestada sob sete aspectos, as sete Hathor eram associadas aos sete planetas e consideradas as protetoras das mulheres, do casamento, da família, das artes, do amor, da musica e da astrologia. Eram elas que davam às pessoas as sete almas (ou corpos) ao nascer. Hathor foi reverenciada por mais de três mil anos, representada ora como mãe ou filha do Sol, com cabeça de vaca ou de leoa, ora como mulher, adornada com chifres lunares, ora como a árvore da vida e da morte. Em seu aspecto escuro como Rainha dos Mortos, Hathor aparecia como a Esfinge, a deusa Sakhmis ou Sekhmet, a deusa com cabeça de leão. Hathor foi venerada em Israel, em seu templo de Hazor, até 1100 a.C., quando seu templo foi destruído e seu culto proibido.

20 DE ABRIL

Palília, a festa da deusa romana Pales, protetora do gado e dos animais domésticos. Neste dia, os animais eram enfeitados com galhos verdes e passados pela fumaça das fogueiras para afugentar as más vibrações. Oferecia-se leite e bolo à Deusa, pedindo suas bênçãos.

Comemorações antigas das divindades com características taurinas, como Audhumbla, Asiat, Hera, Nut, Pales, Prithivi, Suki, Tefnut, A Mulher Búfala Branca e o deus Ápis.

Aproveite a data e defume ou benza seus animais de estimação e seus abrigos com essência e galhos de eucalipto. Invoque a proteção da deusa para seus amigos de duas ou quatro patas, com pelo, penas ou escamas, que correm, voam, nadam ou rastejam. Lembre-se da sua responsabilidade com a Mãe Terra e com seus irmãos de criação, contribuindo com o equilíbrio planetário.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

19 DE ABRIL

Celebração, nos países escandinavos, de Freyja, a deusa da fertilidade, da sexualidade, do amor e da magia. Ela era representada como uma linda mulher, enfeitada com joias de ouro e âmbar, vestindo um manto de penas de cisne, luvas de pele de gato e conduzindo uma carruagem puxada por gatos ou javalis. Nas línguas anglo-saxãs, o dia de sexta-feira foi nomeado em sua honra e, apesar da oposição da Igreja, o povo continua a casar-se neste dia para receber as bênçãos da Deusa.

Embora também seja regente da morte, sendo a chefe das Valquírias - as condutoras das almas dos mortos em combate -, Freyja não era uma deusa atemorizadora, pois sua essência era o poder do amor e da sexualidade, embelezando e enriquecendo a vida.

Encerra-se, neste dia, o Festival da Cereália, dedicado às deusas dos grãos Ceres e Ops em Roma, Deméter na Grécia e Damkina na Suméria. Ao contrario de Tellus Mater, que era a própria Terra, Ceres / Deméter era a força da natureza, do crescimento e da nutrição. Suas celebrações incluíam rituais de purificação da terra e de incentivo à abundância das colheitas.

18 DE ABRIL

Rava Navami, festival hindu consagrado ao deus Rama e à deusa Sita. Neste dia, durante um ritual, a terra era arada pelo rei ou chefe da comunidade, invocando as bênçãos das divindades para as colheitas.

Segundo a lenda, a deusa Lakshmi encarnou como uma moça, Sita, para poder casar-se com Rama, herói que era a encarnação do deus Vishnu. A missão de Sita, que nasceu da terra quando foi arada, era assegurar a destruição de Ravena, rei demoníaco vencido por Rama.

Celebração da Donzela das Bananas, equivalente indonésia de Sita, reverenciada como deusa da vegetação e do plantio e de Hainuwele, a Mãe das Palmeiras, a deusa da abundância e da colheita.

Thargelia, festival grego de purificação dedicado ao deus solar Apolo, à deusa lunar Ártemis e às Horas, as deusas das estações.Eram feitas oferendas de frutos e produtos da terra, agradecendo com cânticos e orações as dádivas dos deuses, pedindo suas bênçãos para a colheita.

Durante as cerimonias de Thargelia, todas as crianças, menos as órfãs, levavam galhos de oliveira, enfeitados com fitas brancas e vermelhas, figos, nozes, doces e vasilhas com vinho aos santuários. Dois homens adornados com colares de figos brancos encenavam um ritual de expulsão do mal, chamado Pharmakos, lutando com outros dois homens, escolhidos entre os prisioneiros e enfeitados com figos pretos. Os vencidos, considerados os "bodes expiatórios", eram chicoteados com galhos de espinhos e urtigas. Depois de alimentados com bolos de cevada, figos e queijos, eles eram expulsos da cidade, levando consigo os pecados e as mazelas da comunidade.

17 DE ABRIL

Celebração hindu de Rano Bai, a deusa da chuva, da fertilidade e da primavera. As mulheres estéreis reverenciavam-na, levando vasilhas com água de chuva para suas estátuas e pedindo-lhe que fertilizasse seus ventres.

Na Austrália, os aborígenes honram Wonambi, a deusa da chuva e da fertilidade, vista como uma serpente guardiã do arco-íris.

Comemoração de Rana Neida, a deusa polinésia da primavera e da chuva.

Celebre você também o poder purificador da chuva, passeando nela com a cabeça descoberta, "lavando" sua alma e seus aborrecimentos. Recolha água da chuva e guarde-a para seus rituais ou para lavar seus cristais, suas pedras e os objetos de seu altar.

Inicio do Festival das Carruagens no Nepal, dedicado ao deus da chuva Macchendrana, antigo e poderoso deus hindu

Na China, homenageava-se nas fontes d'água Xiumu Niangniang, a Mãe das Águas, na época das chuvas e inundações, pedindo-lhe que suas dádivas viessem na medida certa.

16 DE ABRIL

Celebração asteca de Coatlicue, a deusa da vida e da morte, representada adornada com serpentes, penas e colares de caveiras. Segundo a lenda, Coatlicue, embora fosse virgem, deu à luz o deus Quetzalcoatl, ficando grávida pelo toque das penas brancas que enfeitavam seus seios. Considerada a criadora primordial, preexistente a qualquer outra criação, ela governava também a morte, definindo o prazo de vida de todas as criaturas.

Festival da deusa egípcia Bast, a deusa solar com cabeça de gato que representava o poder fertilizador do Sol, enquanto que sua irmã, Sekhmet, com cara de leão, simbolizava o calor destruidor do Sol.

Festival anual Hiketeria, dedicado a Apolo, o deus grego do Sol.

Antiga data no calendário caldeu honrando Levanah, a deusa da Lua Minguante, controladora das marés. Posteriormente, Levanah foi renomeada pelos gregos como Selene e pelos romanos como Luna.

Nesta data, ocorreu uma das aparições de Maria à menina Bernadette, em Lourdes, na França. O local da aparição era um antigo lugar sagrado da deusa Perséfone.

15 DE ABRIL

Fordicália, festa romana para Tellus Mater, a Mãe Terra. Honrava-se, neste dia, a Deusa, sacrificando-se uma vaca prenha, símbolo da terra fértil desabrochando na primavera. Após queimar o embrião na fogueira, espalhavam-se suas cinzas nos campos para assegurar a fertilidade das colheitas. Tellus Mater era também invocada nos casamentos para abençoar a união com fertilidade e prosperidade. Nos funerais, os mortos eram entregues a Ela, para descansar em seu ventre à espera do renascimento.

No Japão festeja-se, neste dia, o "Falo de Ferro", Kanamara Matsuri, um antigo deus da fertilidade e da reprodução humana, invocado para curar a impotência e a esterilidade.

Na China, antigamente, os casais sem filhos e os homens de mais idade, iam em peregrinação aos templos da deusa Bixia Juangun, a senhora da fertilidade, pedindo suas bênçãos para a continuação de sua linhagem.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

14 DE ABRIL

Festival na Índia de celebração à deusa do mar Mariamma, conhecida em outras culturas como Mari, Mara, Tara, Tiamat, Stella Maris, Mer, Maerin, Mari Ana, Marah, Yemanjá ou Afrodite.

Celebração na Caldéia de Marah, a deusa protetora da água salgada, a Mãe das Águas Primordiais. Os gregos reverenciavam-na com o nome de Tethys e Amphitrite e os romanos como Salácia.

Dia considerado desfavorável às viagens marítimas, necessitando de muita oração e proteção espiritual das divindades do mar. Foi neste dia que o famoso transatlântico Titanic chocou-se com um iceberg e afundou, causando a morte de milhares de pessoas.

13 DE ABRIL

Kamo Tama Yori Hime, o casamento sagrado do deus Izanagino-mikoto e da deusa Izanami-no-kami, resultando no nascimento da criança Kami.

Festa hindu para os deuses Indra e Indrani, o casal divino que rege o amor, a sexualidade e a vida.

Celebração Sikh para o Ano Novo. Este festival - chamado de Vaisakhi ou Baisaki - é uma data religiosa, social e política. Diferente dos hindus, que celebram a colheita com oferendas, os peregrinos Sikhs vão aos templos de madrugada, tomam banhos de purificação e ouvem os ensinamentos dos gurus. Novos adeptos - homens e mulheres - são iniciados na Fraternidade dos Khalsa, que usam cinco emblemas como distintivos: um pente de aço, uma pulseira de ferro, uma espada pequena,  calças curtas e cabelos longos.

Festival budista da água, na Tailândia, lavando e purificando as estátuas, os altares e as pessoas, afastando, assim, os espíritos maléficos e os resíduos negativos.

Comemoração do nascimento, em 399 a.C, do grande mestre Mahavira, com cânticos, oferendas de flores, incenso e perfumes para suas imagens, além da leitura de seus ensinamentos.

Festival romano da primavera Libertas, celebrando a deusa da liberdade pessoal e da justiça.